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O envelhecimento saudável
Publicado em 10 de janeiro de 2021
Por Jornal Do Dia
A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu que esta década (2020-2030) será a do envelhecimento saudável, conforme definição em assembleia ocorrida em agosto de 2020. A intenção é buscar melhorar a vida das pessoas idosas, suas famílias e comunidades por meio de ações coletivas que possibilitem: mudança sobre como pensamos, sentimos e agimos em relação à idade; desenvolvimento de comunidades que estimulem as habilidades dos idosos; prestação de cuidados integrados centrados nas pessoas e serviços primários de saúde que atendam aos idosos; e fornecimento aos idosos de acesso a cuidados de qualidade a longo prazo.
A Década do Envelhecimento Saudável, segundo a OMS, é uma oportunidade para reunir governos, sociedade civil, agências internacionais, profissionais, academia, mídia e setor privado para que em dez anos de ação, seja possível melhorar a vida das pessoas idosas, de suas famílias e as comunidades em que vivem.
Estas ações que estão sendo estimuladas pela OMS surgiram porque percebe-se que as populações em todo o mundo estão envelhecendo em um ritmo mais rápido do que no passado e essa transição demográfica, na visão da OMS, terá impacto em quase todos os aspectos da sociedade.
Segundo as estatísticas da OMS, já existem mais de 1 bilhão de pessoas com 60 anos ou mais, a maioria vivendo em países de baixa e média renda. Muitos não têm acesso nem aos recursos básicos necessários para uma vida com sentido e dignidade. Muitos outros enfrentam múltiplas barreiras que impedem sua plena participação na sociedade.
O conceito definido pela OMS sobre envelhecimento saudável, aponta que envelhecer com saúde é o que todos aspiram. A OMS define que envelhecer com saúde é manter a capacidade funcional que permite que você faça as coisas que você valoriza. Isso significa preservar sua capacidade física e mental à medida que envelhece – também significa fazer mudanças em nossos ambientes (moradia, transporte, espaços públicos, etc.) para que sejam acessíveis e apoiem pessoas idosas com necessidades e capacidades variadas.
Destacarei adiante algumas sugestões definidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e que poderão contribuir para o envelhecimento saudável:
1 – Cuidar dos direitos e bem estar das pessoas idosas, através do apoio às suas escolhas de emprego, bem como fornecendo uma rede de segurança para eles e suas famílias. De forma específica isto envolve: ter políticas de aposentadoria flexíveis; assegurar pensões mínimas financiadas por impostos; proporcionar aos trabalhadores mais velhos acesso à educação ou formação profissional, requalificação ou outros meios para manter a sua empregabilidade, de forma a que possam permanecer na força de trabalho por mais tempo; mudar as atitudes dos empregadores sobre o valor e as contribuições dos trabalhadores mais velhos; fornecer assistência social dentro de casa e na comunidade para idosos pobres e sem apoio familiar, etc.
2 – Melhoria da nutrição das pessoas idosas. Os idosos são mais vulneráveis à insegurança alimentar, por conta disso, sugere-se que ocorram melhorias na densidade de nutrientes dos alimentos, particularmente vitaminas e minerais; ingestão de energia e proteínas, mas o principal seria apoiar pessoas idosas pobres, isoladas e solitárias para que possam ter acesso a refeições saudáveis.
3 – Otimização das oportunidades de boa saúde, garantindo que os idosos possam manter a independência e aumentar sua participação social e econômica na sociedade, o que também irá possibilitar reduzir os custos com saúde. De forma específica, seria importante: garantir o acesso contínuo e equitativo à prevenção, promoção, tratamento e reabilitação de doenças; desenvolvimento de sistemas robustos e integrados de saúde e cuidados de longo prazo orientados para maximizar a função na velhice; e disponibilização de medicamentos e tecnologias assistivas que auxiliem na manutenção da capacidade funcional.
4 – Educação de qualidade para os idosos, pois a aprendizagem não cessa na vida adulta. A OMS entende que o acesso contínuo a oportunidades de treinamento e educação é importante na terceira idade para permitir que os idosos sejam equipados com os conhecimentos e habilidades para melhor gerenciar a sua saúde. Com a educação contínua é possível para o idoso manter-se atualizado sobre os desenvolvimentos em informação e tecnologia e, ainda, é possível uma melhor adaptação às mudanças que o envelhecimento traz (a exemplo de aposentadoria, viuvez, etc). A educação também possibilita que exista o fomento ao contato com outras gerações e isto gera interesse pela vida.
Apresentei alguns dos tópicos de ações que necessitamos desenvolver para que seja possível vivermos em uma sociedade em que as pessoas tenham a oportunidade de uma vida longa e saudável, com ambientes mais amigáveis aos idosos. Precisamos valorizar o que as mudanças demográficas apontam de oportunidades e o envelhecimento é uma dádiva que podemos ter!