Quarta, 15 De Janeiro De 2025
       
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O Futuro da Educação


Publicado em 27 de agosto de 2022
Por Jornal Do Dia Se


O título acima é o de uma publicação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) com 189 páginas e que apresenta um panorama mundial sobre as perspectivas da educação ao redor mundo. Sobre o tema, cabe o registro de que foi estabelecida na UNESCO, especificamente na Comissão Internacional sobre os Futuros da Educação em 2019, que foi o de reimaginar como o conhecimento e a aprendizagem podem moldar o futuro da humanidade e do planeta.
O ponto central da discussão é como assegurar o direito à educação de qualidade para cada criança, cada jovem e cada adulto, e realizar de forma plena o potencial transformador da educação como um caminho para futuros coletivos sustentáveis.
O relatório foi elaborado no decorrer de dois anos e envolveu um processo de consulta global com a participação de um milhão de pessoas, além de governos, instituições, organizações e cidadãos de todo o mundo, na perspectiva de construção de um novo contrato social para a educação, que nos ajude a construir um futuro mais pacífico, justo e sustentável para todos.
Para quem tiver interesse na publicação, informo que a mesma está disponível em acesso livre ao abrigo da licença Attribution-ShareAlike 3.0 IGO (CC-BY-SA 3.0 IGO) (http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/igo/).
No prefácio da publicação, a Diretora Geral da UNESCO, Audrey Azoulay, resgata o papel da educação no enfrentamento dos desafios mundiais e sinaliza a sua fragilidade que ficou evidenciada no auge da crise da pandemia da COVID-19, pois tivemos aproximadamente 1,6 bilhão de estudantes afetados pelo fechamento de escolas em todo o mundo.
Além disso, entendo que cabe ressaltar uma das prioridades da UNESCO, o direito à educação. Para a entidade internacional, a educação é um direito humano básico que trabalha para tirar homens e mulheres da pobreza, nivelar as desigualdades e garantir o desenvolvimento sustentável. Mas a instituição alerta que em todo o mundo 258 milhões de crianças e jovens ainda estão fora da escola por razões sociais, econômicas e culturais.
A UNESCO aponta que a educação é uma das ferramentas mais poderosas para tirar crianças e adultos excluídos da pobreza e é um trampolim para outros direitos humanos fundamentais. É o investimento mais sustentável. O direito à educação de qualidade já está firmemente enraizado na Declaração Universal dos Direitos Humanos e nos instrumentos jurídicos internacionais, a maioria dos quais é resultado do trabalho da UNESCO e das Nações Unidas.
“A ampliação da desigualdade social e econômica, a mudança climática, a perda da biodiversidade, o uso de recursos que extrapola os limites planetários, o retrocesso democratico e a automação tecnologia disruptiva são as marcas da nossa atual conjuntura histórica, na segunda década do século XXI. Essas múltiplas crises e desafios que se sobrepõem restringem nossos direitos humanos individuais e coletivos e tem resultado em danos para grande parte da vida na Terra. Embora a expansão dos sistemas educacionais tenha criado oportunidades para muitos, e para muitos outros restou a educação de baixa qualidade.” Esta mensagem que consta no relatório deve ser uma bússola direcionadora de futura ação para os candidatos a cargos nestas eleições de 2022. Importante que o capítulo de educação das propostas dos candidatos aborde o tema.
Do relatório da UNESCO, julguei importante destacar adiante, algumas das propostas para renovar a educação, a saber:
A pedagogia deve ser organizada com base nos princípios de cooperação, colaboração e solidariedade. Ela deve promover as capacidades intelectuais, sociais e morais dos estudantes, para que trabalhem juntos e transformem o mundo com empatia e compaixão. Também há o que “desaprender”, como vieses, preconceitos e polarizações hostis. A avaliação deve refletir esses objetivos pedagógicos, de modo a promover crescimento e aprendizagem significativos para todos os estudantes. Vejo aqui o processo de aprendizagem como um processo de transformação do ser humano.
Os currículos devem enfatizar a aprendizagem ecológica, intercultural e interdisciplinar que apoie os estudantes no acesso e na produção de conhecimento. Ao mesmo tempo, a aprendizagem deve desenvolver a capacidade de criticar e aplicar esse conhecimento. Os currículos devem abarcar uma compreensão ecológica da humanidade que reequilibre a maneira pela qual nós nos relacionamos com a Terra como um planeta vivo e como o nosso único lar. Vê-se aqui a questão da agenda de sustentabilidade que é pauta constante das reuniões de conselho de grandes, médias e pequenas empresas em todo o mundo.
A disseminação de desinformação deve ser combatida por meio da alfabetização científica, digital e humanística, que desenvolva a capacidade dos estudantes de distinguir a falsidade da verdade. Ensinar os alunos a trabalhar sempre com a busca da verdade é um caminho fundamental na construção de uma cidadania plena.
Em termos de conteúdos, métodos e políticas educacionais, devemos promover a cidadania ativa e a participação democrática. Esta proposição da UNESCO entendo que vem evoluindo muito nas escolas e Universidades brasileiras.
Muitos outros pontos são relevantes para discutir o futuro da educação, mas em conclusão, gostaria de ressaltar a importância do professor e todos os demais profissionais que são envolvidos no processo de educação do nosso país, pois entendo particularmente que é através da educação de qualidade, em todos os níveis e segmentos (público ou privado) que vamos transformar o Brasil.

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