Segunda, 20 De Maio De 2024
       
**PUBLICIDADE


O Futuro do nosso clima


Avatar

Publicado em 26 de agosto de 2023
Por Jornal Do Dia Se


Saumíneo Nascimento – [email protected]

Entidades internacionais tendo na liderança, a Organização Meteorológica Mundial (WMO na sigla em inglês), acabam de divulgar uma espécie de censo climático que irá auxiliar no monitoramento das mudanças climáticas e para setores sensíveis ao clima.
Assim, entendo que necessitamos abordar mais o tema, pois neste ano de 2023, a Terra acaba de ter seu mês de julho mais quente já registrado e o gelo do mar foi o mais baixo já registrado, além disso, pelo quarto mês consecutivo, a temperatura global da superfície do oceano atingiu novo recorde. Some-se ainda, que os relatórios mensais de monitoramento climático do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia, da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos e da NASA confirmam o ritmo extraordinário das mudanças climáticas como resultado dos gases de efeito estufa que retêm o calor na atmosfera.
Sabe-se que o clima descreve eventos naturais de curto prazo, a exemplo de neblina, chuva, neve, nevascas, tempestades de vento e trovoada, ciclones tropicais, etc. em um local e horário específicos. E este tema do clima e o seu futuro tem ganhado destaque entre as principais preocupações da humanidade.
Discutir e analisar de forma permanente o nosso clima, deve ser pauta das principais ciências em seus estudos, pois as mudanças climáticas e o futuro do nosso clima estão envolvidos em mais perspectivas de riscos de desastres naturais.
Do ponto de vista conceitual, a Organização Meteorológica Mundial entende que os perigos naturais são eventos meteorológicos e climáticos severos e extremos que ocorrem em todas as partes do mundo, embora algumas regiões sejam mais vulneráveis a certos perigos do que outras. Os riscos naturais tornam-se desastres quando a vida e os meios de subsistência das pessoas são destruídos.
Mesmo que tenhamos na atualidade uma sólida base mundial de observações meteorológicas, composta de mais de 10.000 estações meteorológicas de superfície tripuladas e automáticas, 1.000 estações aéreas superiores, 7.000 navios, 100 bóias ancoradas e 1.000 à deriva, centenas de radares meteorológicos e 3.000 aeronaves comerciais especialmente equipadas e que medem os principais parâmetros da atmosfera, superfície terrestre e oceânica todos os dias, 30 satélites meteorológicos e 200 de pesquisa, ainda assim, não conseguimos tanta exatidão nas previsões climatológicas. E esta é uma variável importante para as ações que devem ser planejadas para mitigar os efeitos de mudanças climáticas.
Por conta de toda a tecnologia que foi apontada tem-se que uma previsão do tempo para cinco dias hoje é geralmente tão confiável quanto uma previsão para três dias há duas décadas. Além disso, verifica-se que perspectivas de até uma semana, especialmente em regiões temperadas de latitudes médias, estão se tornando cada vez mais confiáveis. Portanto, temos muitas ferramentas para entender e acompanhar o que ocorre com o nosso clima e com isso planejarmos o que devemos fazer para garantir melhor qualidade de vida para todos nós que habitamos a terra.
Registre-se que alguns fenômenos climatológicos como El Niño Oscilação Sul (ENSO) (El Niño, La Niña e fases neutras) podem ser previstos com até um ano de antecedência. As previsões climáticas sazonais podem ser feitas com até um mês, três meses ou seis meses de antecedência, embora essas previsões climáticas sejam de natureza probabilística. Essas previsões, muitas vezes de centros mais avançados, são disponibilizadas globalmente para todas as nações.
Pressão do ar, temperatura, cadeias de montanhas, correntes oceânicas e muitos outros fatores se combinam para produzir uma enorme quantidade de variáveis interativas que podem alterar o clima em maior ou menor grau. No entanto, uma maior compreensão da ciência, além do uso de poderosos modelos de computador, continua a melhorar nossa capacidade de fazer previsões mais precisas com prazos de entrega mais longos.
O ponto que quero ressaltar neste breve ensaio é sobre o nosso papel enquanto usuários da natureza, de como devemos utilizar os recursos naturais e o que podemos fazer para que nossas ações possam amenizar as mudanças climáticas.
Nesta linha é importante ressaltar uma fala recente do Chefe de Monitoramento do Clima na Organização Mundial de Meteorologia, Dr. Omar Baddour: “O aumento das concentrações atmosféricas de gases de efeito estufa está mudando o clima da Terra muito mais rápido do que antes. Como resultado, os tomadores de decisão em setores e indústrias sensíveis ao clima, como gerenciamento de água, energia, saúde, agricultura e viticultura, podem basear decisões importantes em informações que podem estar desatualizadas”.
Há que se destacar também o que podemos fazer com o uso de tecnologias avançadas para a criação de microclimas adequados à sobrevivência nos diferentes territórios do mundo, como exemplificação tem-se, a semeadura de nuvens que é empregada em muitos países para aumentar a precipitação em áreas atingidas pela seca, reduzir o tamanho do granizo que se forma nas tempestades, reduzir a neblina nos aeroportos e até provocar neve nas principais estações de esqui.
Que cuidemos do futuro do nosso clima e tendo como premissa importante o que está estabelecido no Acordo de Paris sobre mudanças climáticas.

**PUBLICIDADE



Capa do dia
Capa do dia



**PUBLICIDADE


**PUBLICIDADE