Sábado, 11 De Janeiro De 2025
       
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O médico que foi à UTI, venceu a Covid evoltou à linha de frente


Publicado em 07 de agosto de 2020
Por Jornal Do Dia


Samuel Rodrigues já está de volta no combate a doença

 

O médico que foi à UTI, venceu a Covid e
voltou à linha de frente
A história é de superação, força e boa vontade. Há 30 dias, o médico intensivista do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), Samuel Rodrigues da Silva, deixava o hospital onde estava internado para tratar a Covid-19. Seu estado era grave, precisou de UTI e intubação e, devido à insuficiência de oxigênio no cérebro, sua mente se alternava entre lucidez e a falta dela. Mas ele venceu a infecção e, recusando os 30 dias para a recuperação a que tinha direito, voltou ao trabalho 15 dias após a alta médica. "Precisava continuar cuidando dos pacientes, salvando vidas", disse o médico que se declara um apaixonado pelo trabalho com pacientes críticos.
O médico relembra o que viveu quando adquiriu a Covid-19 e o caso se agravou. " Fui para UTI e precisei ser intubado para superar uma atelectasia (colapso de um segmento do pulmão alterando a relação ventilação/perfusão – passagem de líquido através do sistema circulatório ou linfático para um órgão ou tecido). Debilitado e com 15 quilos a menos, vivi a experiência comum a seus pacientes: senti o que eles sentem e confesso que não é das melhores sensações, não", revela.
Segundo ele, o processo de melhora começou a partir do momento em que foi intubado. "Muita gente tem medo da intubação orotraqueal, mas na verdade é o que salva", atestou ele, ressaltando que a experiência com a proximidade da morte engrandeceu sua história de vida, inclusive no campo profissional. "Em meus momentos de lucidez me preocupava em como minha esposa falaria para o meu filho que ele não tinha mais pai caso eu viesse a óbito. Pensava também em como iria nascer Marina, a bebê no ventre de uma amiga, detectada com um probleminha de saúde", relatou.
Desde o início da pandemia, o intensivista Samuel Rodrigues escolheu trabalhar somente com paciente Covid-19. "Hoje nós temos uma carência de profissionais na área de Medicina Intensiva, uma realidade que atinge o Brasil e o mundo. Então, me dispus desde o primeiro dia a trabalhar com esse paciente que tem uma necessidade de cuidados intensivos porque um paciente que se agrava com a Covid tem que estar dentro de uma UTI", informou o médico que atua no Huse; no Hospital Regional de Itabaiana, onde responde pela Diretoria Clínica da unidade; e no Hospital da Polícia Militar, onde é coordenador Clínico.
O intensivista mora com a esposa, o filho e os sogros. Por estar exposto ao novo coronavírus adota cuidados preventivos para reduzir as possibilidades de contágio. À exceção de sua mulher, ninguém mais na casa teve a doença. Entre as medidas de proteção por ele adotadas estão entrar na casa somente depois de se desfazer de roupas e sapatos em local específico na área externa da residência, higienizar bem as mãos, não abraçar o filho na volta do trabalho e não falar com as pessoas que vivem na casa antes do banho. Ele salientou que a família usa máscaras dentro de casa, principalmente os sogros idosos.
Ensinamentos – A pandemia tem uma face terrível, mas como tudo de bom ou de ruim que acontece, lições são deixadas, segundo avalia o médico. "Do ponto de vista pessoal , o novo coronavírus traz a seguinte reflexão: que a gente tem que viver um pouquinho mais; se amar um pouquinho mais; saber dividir as coisas, pois não somos nem oito nem oitenta, existe um meio termo; que tem coisas que não gosto no meu colega, mas que posso aprender a conviver com isso; ser mais tolerante.  A pandemia reforçou que nós somos todos iguais", opinou.

A história é de superação, força e boa vontade. Há 30 dias, o médico intensivista do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), Samuel Rodrigues da Silva, deixava o hospital onde estava internado para tratar a Covid-19. Seu estado era grave, precisou de UTI e intubação e, devido à insuficiência de oxigênio no cérebro, sua mente se alternava entre lucidez e a falta dela. Mas ele venceu a infecção e, recusando os 30 dias para a recuperação a que tinha direito, voltou ao trabalho 15 dias após a alta médica. "Precisava continuar cuidando dos pacientes, salvando vidas", disse o médico que se declara um apaixonado pelo trabalho com pacientes críticos.
O médico relembra o que viveu quando adquiriu a Covid-19 e o caso se agravou. " Fui para UTI e precisei ser intubado para superar uma atelectasia (colapso de um segmento do pulmão alterando a relação ventilação/perfusão – passagem de líquido através do sistema circulatório ou linfático para um órgão ou tecido). Debilitado e com 15 quilos a menos, vivi a experiência comum a seus pacientes: senti o que eles sentem e confesso que não é das melhores sensações, não", revela.
Segundo ele, o processo de melhora começou a partir do momento em que foi intubado. "Muita gente tem medo da intubação orotraqueal, mas na verdade é o que salva", atestou ele, ressaltando que a experiência com a proximidade da morte engrandeceu sua história de vida, inclusive no campo profissional. "Em meus momentos de lucidez me preocupava em como minha esposa falaria para o meu filho que ele não tinha mais pai caso eu viesse a óbito. Pensava também em como iria nascer Marina, a bebê no ventre de uma amiga, detectada com um probleminha de saúde", relatou.
Desde o início da pandemia, o intensivista Samuel Rodrigues escolheu trabalhar somente com paciente Covid-19. "Hoje nós temos uma carência de profissionais na área de Medicina Intensiva, uma realidade que atinge o Brasil e o mundo. Então, me dispus desde o primeiro dia a trabalhar com esse paciente que tem uma necessidade de cuidados intensivos porque um paciente que se agrava com a Covid tem que estar dentro de uma UTI", informou o médico que atua no Huse; no Hospital Regional de Itabaiana, onde responde pela Diretoria Clínica da unidade; e no Hospital da Polícia Militar, onde é coordenador Clínico.
O intensivista mora com a esposa, o filho e os sogros. Por estar exposto ao novo coronavírus adota cuidados preventivos para reduzir as possibilidades de contágio. À exceção de sua mulher, ninguém mais na casa teve a doença. Entre as medidas de proteção por ele adotadas estão entrar na casa somente depois de se desfazer de roupas e sapatos em local específico na área externa da residência, higienizar bem as mãos, não abraçar o filho na volta do trabalho e não falar com as pessoas que vivem na casa antes do banho. Ele salientou que a família usa máscaras dentro de casa, principalmente os sogros idosos.

Ensinamentos –
A pandemia tem uma face terrível, mas como tudo de bom ou de ruim que acontece, lições são deixadas, segundo avalia o médico. "Do ponto de vista pessoal , o novo coronavírus traz a seguinte reflexão: que a gente tem que viver um pouquinho mais; se amar um pouquinho mais; saber dividir as coisas, pois não somos nem oito nem oitenta, existe um meio termo; que tem coisas que não gosto no meu colega, mas que posso aprender a conviver com isso; ser mais tolerante.  A pandemia reforçou que nós somos todos iguais", opinou.

 

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