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O nocaute em João Alves


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Publicado em 28 de julho de 2016
Por Jornal Do Dia


O pré-candidato a prefeito Valadares Filho (PSB) em seu discurso ontem na oficialização do apoio do PSC e Cia ao seu nome, destacou a formação de um novo grupo político. Disse que sabia da sua responsabilidade de liderar esse arco de aliança formada à bas

O pré-candidato a prefeito Valadares Filho (PSB) em seu discurso ontem na oficialização do apoio do PSC e Cia ao seu nome, destacou a formação de um novo grupo político. Disse que sabia da sua responsabilidade de liderar esse arco de aliança formada à base do diálogo, da renovação política e administrativa.
Ressaltou que não vai transformar a eleição em discurso político, sendo o foco a cidade e seus problemas. "Farei um programa de governo em realidade com o momento, ouvindo o trabalhador, a classe empresarial e sindical. Vamos gastar menos com a prefeitura e mais com as pessoas e a cidade", declarou, enfatizando que fará uma campanha alegre, propositiva e de muita esperança por uma Aracaju muito melhor e mais digna, sem guardar rancor nem tristeza.

O nocaute em João Alves

Desde que João Alves Filho (DEM) assumiu em 1º de janeiro de 2013 a Prefeitura de Aracaju que não é boa a relação política entre ele e o bloco político liderado pelo senador Eduardo Amorim (PSC) e o deputado federal André Moura (PSC). A mágoa do agrupamento foi pelo fato de ter apoiado a eleição de JAF e ele não ter convidado o pessoal, sequer, para tomar um café na prefeitura até hoje.
Ao bloco de Amorim e André não foi oferecido qualquer secretaria ou empresa municipal. Nenhuma das lideranças e deputados indicou, sequer, uma merendeira ou vigilante de escola do município.
Quando começou a discutir a sucessão municipal deste ano João Alves, em momento algum, ofereceu a indicação do vice. Só queria garantir apoio à sua reeleição e a disputa para o governo do estado em 2018.
Como a política é uma via de mão dupla, estava claro que o agrupamento político de Eduardo e André não ia cair na mesma esparrela da eleição passada de apoiar João e ficar a ver navios.
Lá atrás André Moura foi o primeiro a declarar publicamente que achava muito difícil apoiar novamente João Alves. Defendeu candidatura própria do bloco, com o nome do senador Amorim, ou apoio a um outro candidato que não fosse o do governador Jackson Barreto (PMDB).
Já recentemente, após várias conversas com os pré-candidatos João Alves e Valadares Filho (PSB), o senador Amorim começou a dizer a aliados que achava muito difícil apoiar a reeleição do prefeito.
Na sexta-feira passada, quando começaram as especulações de que o PSC e Cia tinham batido o martelo pela pré-candidatura de Valadares Filho, João Alves e os aliados mais próximos foram atrás de Eduardo e André para uma nova conversa, em que ofereceu a vice. Já foi tarde.
Ontem de manhã, no auditório da Aease, o bloco oficializou apoio a Valadares Filho, indicando como vice o deputado estadual Antônio dos Santos. O agrupamento chegou forte, com sete partidos: PSC, PP, PR, PTB, PTC, PRTB e PMB. Partidos esses que se somaram aos outros cinco já conquistados por VF: PDT, Pros, PSL, PSDC e PSB.
O projeto do novo bloco político formado hoje por 12 partidos, bem costurado por André Moura, não é só a nível de Aracaju, mas de Sergipe. E não somente para as eleições deste ano, mas, também de 2018.     
Com o apoio do PSC e Cia, Valadares Filho se fortalece muito e terá o maior tempo durante o programa eleitoral gratuito no rádio e na televisão. Essa adesão carimbou o seu passaporte para o segundo turno, que deve ser com o pré-candidato Edvaldo Nogueira (PCdoB).
Edvaldo se fortaleceu com o apoio do governador Jackson Barreto e com as novas adesões que deve receber: o PSD do deputado federal Fábio Mitidieri e o PRB do prefeito Heleno Silva (Canindé) e do deputado federal Jony Marcos.
Já o prefeito João Alves foi o que só perdeu. Ficou sem o apoio do PSC e Cia e de muitos vereadores da base aliada que fizeram opção de acompanhar os Amorim e André Moura no apoio a Valadares Filho. O PRTB é um deles. A legenda tem os vereadores Anderson de Tuca, Augusto do Japãozinho e Ivaldo José, que, inclusive, é líder do prefeito na Câmara Municipal.
Trocando em miúdos, o barco de João Alves – que não está bem nas pesquisas e tem uma rejeição assustadora – afundou com a ida dos aliados para os braços de Valadares Filho. Hoje ele é carta fora do baralho.

Muito prestigiada
A oficialização do apoio do PSC e Cia a pré-candidatura de Valadares Filho (PSB) foi em clima festivo e com a participação do presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, e o presidente nacional do PSC, pastor Everaldo Pereira. Além das lideranças dos dois agrupamentos políticos da capital e interior.

Visão de futuro 1
Em seu discurso, o senador Eduardo Amorim (PSC) explicou que desistiu da sua pré-candidatura por precisar pensar não só na capital, mas no estado. "A união do nosso bloco em favor de Valadares Filho não representa somente uma aliança em Aracaju, mas o surgimento da renovação política e administrativa para Sergipe. Nosso projeto inicia por Aracaju e, posteriormente, irá agregar todo nosso Sergipe", afirmou o senador que entregou a VF o seu plano de governo municipal.

Visão de futuro 2
Para o presidente estadual do PSC, André Moura, a decisão de apoiar Valadares Filho e indicar o pastor Antônio para a vice aconteceu de forma horizontal, compartilhada por todo o agrupamento. "É um compromisso por Aracaju e também por Sergipe agora e no futuro. Um futuro que começa por Aracaju e Valadares Filho", declarou, enfatizando a união de forças pelo estado.

Recado
Ao usar da palavra, o senador Valadares (PSB) disse que espera que a campanha eleitoral seja um exemplo de respeito a democracia, sem "xingamentos e ataques pessoais". Ressaltou que espera do pré-candidato Valadares Filho e aliados firmeza na defesa de Aracaju e nos ataques que serão digeridos por aqueles que não se conformam com a aliança que estão fazendo. "O povo quer ação, trabalho, desenvolvimento e cumprimento das promessas. A junção é para valer e para mudar Aracaju", frisou.

Pegou mal
Deu o que falar a ausência do prefeito Fábio Henrique (PDT/Socorro) ou alguma liderança do PDT no ato político de apoio a Valadares Filho. Não faltou quem especulasse se o PDT não estaria recuando da adesão após pressão do governador Jackson Barreto (PMDB) para que o partido aliado e com cargos no governo não venha a compor com os irmãos Amorim e André Moura, que são oposição ao governo.

Dando explicação
Percebendo isso, Valadares Filho, em seu discurso, disse que Fábio Henrique tinha ligado para ele reafirmando apoio ao seu nome e que continuaria no projeto. Fábio, inclusive, tinha confirmado presença à tarde na reunião de VF com aliados para discutir coligações e programas de governo.

Com JB
Ainda segundo informações chegadas à coluna, Fábio Henrique, a esposa deputada Silvia Fontes e o irmão Adilson Júnior terão hoje um novo encontro com o governador para discutir as eleições em Aracaju e São Cristóvão.

Sucessão
em Socorro 1
Chegou também ontem à coluna a informação de que o pré-candidato a prefeito de Socorro, Zé Franco (PSDB), analisa a possibilidade de desistir de disputar a eleição pelos processos de inelegibilidade que tem no Tribunal de Contas da União (dois) e no Tribunal Federal da 5º Região (um). Tem receio de não conseguir reverter a situação até as eleições ou até mesmo de poder disputar e, sendo eleito, perder o mandato como o ex-presidente da Assembleia, Luciano Bispo (PMDB).

Sucessão
em Socorro 2
Segundo a fonte, Zé Franco e o prefeito Fábio Henrique (PDT) estudam a possibilidade de apoiar para prefeito o pastor e deputado federal Jony Marcos (PRB), que é pré-candidato no município. E, em troca, o PRB apoiar Valadares Filho em Aracaju.

O que pensa 1
Em conversa com a coluna, Jony Marcos admitiu que teve uma conversa com Zé Franco e Fábio de que ele seria uma alternativa após Franco esgotar todas as opções de conseguir ser candidato. Disse que precisa de todas as garantias de que pode ser o nome em Socorro para que possa compor com eles e apoiar Valadares Filho. "Se não tiver motivação, preferimos apoiar para prefeito em Socorro o padre Inaldo (PCdoB) ou ser candidato. E em Aracaju apoiar Edvaldo Nogueira (PCdoB), que é o candidato do governador".

O que pensa 2
Prosseguiu Jony: "Se querem nossa força, vão ter que dar espaço. O PRB em Aracaju ia apoiar Valadares Filho indicando o vice. Depois decidiram que o vice era o pastor Antônio, que é um amigo nosso muito querido. Ele votou comigo para deputado federal e eu com ele para deputado estadual. Aplaudimos com louvor essa articulação deles, que é boa para Valadares Filho e para Amorim. Quando for bom para o PRB a gente conversa".

O que pensa 3
Ressalta ainda: "O PRB, que é um aliado do governador, indo apoiar Valadares Filho pode ser interpretado como um rompimento, pois no projeto está a formação de um novo grupo político. Se houver uma aliança em Socorro, com o grupo me apoiando, a aliança em Aracaju seria justificada. O argumento é que o governador ficou com o padre, que não votou com ele em 2014, ao invés de Jony e Heleno. Então Jony, Heleno e Fábio Henrique podem ficar com Valadares Filho".  Jony tem uma nova conversa hoje com Zé Franco e Fábio Henrique.

Se explicando a JAF
O líder do prefeito na Câmara Municipal, vereador Ivaldo José (PRTB), conversou ontem à tarde com João Alves (DEM) para explicar a posição do seu partido em apoiar Valadares Filho. Disse que esperava uma aliança dele com Eduardo Amorim e André Moura, mas que o seu grupo decidiu apoiar Valadares Filho e como é um político de grupo vai também apoiar o pré-candidato do PSB. Ressaltou que ele e os outros dois vereadores do PRTB continuarão dando sustentação ao seu governo na Câmara até o final de dezembro, sem qualquer restrição do seu bloco.

O motivo
À coluna, Ivaldo José disse que há três eleições vota com Eduardo Amorim e que na Câmara apenas dá sustentação a João Alves. "Não criamos essa situação. Acreditávamos na união do prefeito com Amorim. Vamos apoiar Valadares Filho e continuar na bancada do prefeito, sem qualquer impedimento", disse Ivaldo, enfatizando que JAF foi "compreensivo".

Coerência
Na próxima terça-feira, quando começam os trabalhos legislativos do segundo semestre na Câmara Municipal, o vereador Ivaldo José deverá entregar a liderança do prefeito na Casa, por achar que não é coerente comandar a bancada governista quando estará apoiando para prefeito Valadares Filho.

Veja essa…
De uma liderança política após ouvir o discurso do senador Valadares elogiando o colega Eduardo Amorim, após terem se estranhado nas eleições de 2010, quando disputavam o Senado na coligação de Marcelo Déda e não tinham uma boa relação política desde então: "Me lembrei de Ulisses Guimarães que dizia que "Política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou".

Curtas
Dois boatos circularam forte ontem. Um que João Alves pode desistir de disputar a reeleição e lançar a chapa Robson Viana (PEN) para prefeito com José Carlos Machado (PSDB) de vice.

E o outro que o governador Jackson Barreto tomará do prefeito Fábio Henrique a Secretaria de Turismo, se continuar na mesma coligação que o senador Eduardo Amorim e André Moura, passando para o deputado federal Fábio Mitidieri, que deixou de apoiar Valadares Filho por conta do apoio do PSC e Cia.

O senador Valadares reafirmou ontem à imprensa que não disputará a reeleição para o Senado em 2018. "Não sou candidato, mas não vou sair da política. Ainda tenho muita energia para trabalhar pelo povo", disse.

O deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), ex-líder de João Alves na Assembleia e ex-líder da oposição, disse ontem que fez tudo para que fosse mantida aliança entre João Alves e Eduardo Amorim. Mas como é homem de grupo, vai entrar de corpo e alma na campanha de Valadares Filho.

O deputado estadual Robson Viana (PEN), cotado para ser o vice de João Alves, almoçou ontem com o governador Jackson Barreto. No cardápio as eleições municipais em Aracaju.

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