Domingo, 05 De Janeiro De 2025
       
**PUBLICIDADE
Publicidade

O piloto sumiu


Publicado em 15 de maio de 2020
Por Jornal Do Dia


 

Demitido pelo presidente Jair Bolsonaro em plena 
pandemia, o ex ministo da Saúde Luiz Henrique 
Mandetta continua sendo consultado a respeito da crise sanitária. Ontem, entrevistado pelo colunista de um portal de notícias, o médico fez uma previsão assustadora: Para ele, o pior ainda está por vir, o surto está só começando.
Mandetta é consultado porque o seu substituto evita qualquer atrito com o chefe na condução da pasta. A política em curso reza: apertem os cintos, o piloto sumiu. 
Para não ter a cabeça posta a prêmio, o ministro Teich é obrigado a fazer vista grossa para o negacionismo da presidência da República, não pode assumir o protagonismo necessário para combater o coronavírus. O seu papel está reduzido a divulgar estatísticas, recolher corpos, por assim dizer, apontar o número de mortos.
No que diz respeito ao coronavírus, o presidente e os seus ministros mais próximos pouco ajudam e muito atrapalham. O chanceler Ernesto Araújo, por exemplo, não perde a oportunidade de criar atrito com o maior parceiro comercial brasileiro. A sua visão rasteira do cenário internacional, de viés ideológico alucinado, já o fez resvalar em xenofobia. Para ele, coronavírus é apelido. O verdadeiro nome do mal seria o comunismo, pai do "vírus chinês".
O governo joga com a vida dos brasileiros. Dependesse de Bolsonaro, o comércio não teria fechado. Por sua vontade, a cloroquina seria administrada de modo generalizado, apesar dos efeitos colaterais mais severos e da eficácia discutível. Ciente dos efeitos da economia no humor coletivo, Bolsonaro só se preocupa mesmo é com o próprio pescoço.
Na eventualidade de o comércio abrir as portas sem mais nem menos, como Bolsonaro deseja, o presidente e os ministros que lavam as mãos ante o poder devastador do covid-19 terão de responder por todos os mortos e infectados.

Demitido pelo presidente Jair Bolsonaro em plena  pandemia, o ex ministo da Saúde Luiz Henrique  Mandetta continua sendo consultado a respeito da crise sanitária. Ontem, entrevistado pelo colunista de um portal de notícias, o médico fez uma previsão assustadora: Para ele, o pior ainda está por vir, o surto está só começando.
Mandetta é consultado porque o seu substituto evita qualquer atrito com o chefe na condução da pasta. A política em curso reza: apertem os cintos, o piloto sumiu. 
Para não ter a cabeça posta a prêmio, o ministro Teich é obrigado a fazer vista grossa para o negacionismo da presidência da República, não pode assumir o protagonismo necessário para combater o coronavírus. O seu papel está reduzido a divulgar estatísticas, recolher corpos, por assim dizer, apontar o número de mortos.
No que diz respeito ao coronavírus, o presidente e os seus ministros mais próximos pouco ajudam e muito atrapalham. O chanceler Ernesto Araújo, por exemplo, não perde a oportunidade de criar atrito com o maior parceiro comercial brasileiro. A sua visão rasteira do cenário internacional, de viés ideológico alucinado, já o fez resvalar em xenofobia. Para ele, coronavírus é apelido. O verdadeiro nome do mal seria o comunismo, pai do "vírus chinês".
O governo joga com a vida dos brasileiros. Dependesse de Bolsonaro, o comércio não teria fechado. Por sua vontade, a cloroquina seria administrada de modo generalizado, apesar dos efeitos colaterais mais severos e da eficácia discutível. Ciente dos efeitos da economia no humor coletivo, Bolsonaro só se preocupa mesmo é com o próprio pescoço.
Na eventualidade de o comércio abrir as portas sem mais nem menos, como Bolsonaro deseja, o presidente e os ministros que lavam as mãos ante o poder devastador do covid-19 terão de responder por todos os mortos e infectados.

 

**PUBLICIDADE



Capa do dia
Capa do dia



**PUBLICIDADE


**PUBLICIDADE
Publicidade