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O povo e os partidos
Publicado em 25 de outubro de 2014
Por Jornal Do Dia
O Estado de S. Paulo publicou ontem matéria mostrando dados de Pesquisa do Ibope que revela que o eleitor só se lembra de três partidos: PT, PSDB e PMDB, e que 73% não têm partido. A matéria destaca que a disputa chega ao fim com recorde de sem-partido.
Por achar os dados curiosos, a coluna publica abaixo a matéria:
A campanha eleitoral de 2014 chega ao fim com a maior taxa já registrada de brasileiros sem preferência por nenhum partido político. São, hoje, 73% do eleitorado, a maior proporção desde 1988, quando começa a série histórica do Ibope. Em agosto de 2013, logo após os protestos, 62% não tinham preferência partidária. Desde então, os sem-partido cresceram 11 pontos.
Há hoje 16% de eleitores que se declaram simpatizantes do PT e outros 4%, do PSDB. Além deles, só o PMDB é lembrado: 2% de citações. Para piorar, os dois partidos com maior taxa de preferência provocam mais sentimentos negativos do que positivos.
O Ibope perguntou qual a imagem que o eleitor brasileiro tem dos partidos de Dilma Rousseff (PT) e de Aécio Neves (PSDB). Apenas 41% disseram ter opinião favorável (34%) ou muito favorável (7%) sobre o PT, contra 46% que disseram que a imagem que fazem do partido é desfavorável (35%) ou muito desfavorável (11%). Ou seja, os eleitores com imagem negativa superam os que fazem imagem positiva em 5 pontos. Outros 13% não responderam.
Em relação ao PSDB o saldo é ainda pior: 9 pontos negativos. Apenas 36% disseram ter imagem favorável da agremiação de Aécio – 5% tem imagem muito favorável, e 31%, favorável. Do outro lado, 45% tem imagem negativa: 35% vê a imagem do PSDB como desfavorável e 10%, como muito desfavorável. Outros 19% dos entrevistados não souberam responder.
O aumento da aversão aos partidos se explica, principalmente, pela queda da simpatia pelo PT. O auge do petismo foi em março de 2003, quando 33% dos brasileiros diziam ter preferência pelo partido do então recém-empossado presidente Luiz Inácio Lula Silva. Não durou muito. A taxa caiu para 23% em 2004 e ficou nesse patamar até 2007, início do segundo mandato de Lula, quando o índice voltou a subir.
Em março de 2010, no auge da popularidade do então presidente e pouco antes da eleição de Dilma, a simpatia pelo PT voltou a atingir 33% da população. Começou a cair ainda antes da posse da nova presidente, mas manteve-se em um patamar próximo a 25%. A derrocada começou com os protestos de junho de 2013. Em novembro do ano passado, a simpatia pelo PT já era de apenas 20%.
Durante todo esse período, a preferência pelo PSDB oscilou entre 4% e 6%. Já a taxa de eleitores que não simpatizam com nenhum partido manteve-se na faixa dos 55% – até os protestos começarem. Foi a partir daí que o petismo perdeu força, mas nenhuma outra agremiação conseguiu capitalizar a sua queda.
Em julho de 2014, antes de a campanha eleitoral começar oficialmente, o petismo tinha os mesmos 20% do fim do ano anterior, 6% eram simpáticos ao PSDB e 54% não preferiam nenhum partido. Quatro meses e muitos ataques recíprocos depois, apenas 16% preferem o PT, só 4% preferem o PSDB, e 73% não têm preferência por nenhum partido. O desgaste do petismo impactou o partido nas eleições: o PT elegeu menos deputados do que em 2010. Mas, por competência da campanha de Dilma, essa perda de apoio aos petistas não se transferiu na mesma proporção para a disputa presidencial. Se vencer, Dilma será reeleita apesar do PT.
Campanha do ódio
O presidente estadual do PT, deputado federal Rogério Carvalho, reconhece que na campanha eleitoral deste ano se viu um ódio grande da elite contra o Partido dos Trabalhadores. Para ele, isso é fruto da ausência de política.
Política do
fascismo 1
"Esse ódio é lamentável e incomodou. Gerou um sentimento que um grupo da sociedade é melhor que outro, provocado pelo presidenciável Aécio Neves (PSDB). Isso levou a um campo perigoso: ausência de solução e base do fascismo. O que é o fascismo? É quando um grupo se define como superior, melhor. Representa o fim da política", avalia.
Política do
fascismo 2
"O fascismo é ruim, perigoso e pouco civilizado. Ninguém é melhor que ninguém, pessoas simplesmente têm posições distintas. Isso é ruim para o tempo que vivemos e é muito perigoso. É só olharmos para a história da humanidade. Veja o que Hitler fez na Alemanha e o que Mussolini implantou na Itália. O fascismo não é bom para um processo civilizatório de um país que está evoluindo", avalia.
Política do
fascismo 3
Rogério não vê razão para a política do fascismo no Brasil. "O governo do PT não foi bom somente para os pobres, mas para todos os segmentos sociais. O setor empresarial cresceu, o PIB dobrou de tamanho, houve crescimento do índice de emprego. O mundo ficou em crise e não perdemos emprego. Ao contrário, o Brasil importou mão de obra. Falam que o país cresceu pouco, mas cresceu de forma consciente, sem excluir os mais necessitados."
Política do
fascismo 4
"O Brasil cresceu com qualidade, combatendo o trabalho escravo, ampliando programas sociais, diferente da China, que cresceu excluindo. Quem faz essa análise acadêmica, desinteressada de um debate político, vai mostrar essa opinião, diferente dos analistas contratados pelo mercado do interesse local", avalia o presidente do PT.
Otimista
O governador eleito Jackson Barreto (PMDB) reafirmou ontem à coluna que não tem dúvida da vitória da presidente Dilma Rousseff (PT) no país e em Sergipe nesse domingo. "As pesquisas revelam isso. A última realizada no Estado, pela Padrão, mostra que Dilma ganhará na capital e interior", afirmou, enfatizando que acredita que o debate de ontem à noite dos presidenciáveis na TV Globo não mudará essa realidade.
Comemoração
Jackson declarou que a festa da vitória da presidente Dilma será comemorada em Itabaiana, na segunda-feira, a partir das 17h, com uma grande carreata. "Já organizei tudo hoje (ontem)", afirmou, enfatizando que no domingo a noite, após o resultado das eleições, vai descansar.
Pró-Aécio
O senador licenciado Eduardo Amorim (PSC) liderou ontem uma caminhada no Centro da cidade Pró-Aécio Neves. Entre os presentes o vice-prefeito José Carlos Machado (PSDB), a senadora Maria do Carmo (DEM), o deputado federal André Moura (PSC), o presidente estadual do PSDB, Roberto Góes, entre outras lideranças. Após a caminhada, Eduardo Amorim participou de panfletagem no Posto Aracaju, localizado na Av. Beira Mar.
Nas entrevistas 1
Eduardo Amorim passou a semana concedendo entrevistas nas emissoras de rádio, onde agradeceu os mais de 415 mil eleitores que acreditaram em seu projeto. Colocou sempre que deu a essa causa o seu nome, a sua história como avalista e parte da sua vida e que chegou ao final dessa caminhada com os princípios e valores mantidos.
Nas entrevistas 2
Disse ainda o ex-candidato a governador que não pediu emprego, mas uma oportunidade para melhorar a saúde, educação e segurança pública, moralizar o governo, reduzir secretarias e respeitar os servidores públicos. Finalizava dizendo que não se sente um derrotado, vai seguir lutando, por não ter o direito de cruzar os braços diante de "tantas mazelas".
Pelo voto nulo
Em reunião da Frente de Esquerda de Sergipe, formada pelos partidos PSOL, PSTU e PCB, foi decidido que a frente defenderá o voto nulo nas eleições deste domingo. Segundo a ex-candidata a governadora do bloco, Sônia Meire (PSOL), que obteve 4,61% dos votos, a opção pelo voto nulo é em razão do projeto dos dois presidenciáveis "não atenderem aos interesses da classe trabalhadora".
No mesmo
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acatou anteontem recurso do candidato a deputado estadual César Mandarino (PSC), que concorreu às eleições sub-judice. Com isso, os seus votos serão computados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), mas não vão interferir no resultado das eleições. É que o ex-prefeito de Itaporanga d´Ajuda obteve apenas 10.727 nas eleições de 05 de outubro. Com essa votação ficará lá pela quinta suplência da sua coligação liderada por Eduardo Amorim.
Veja essa…
Do governador Jackson Barreto sobre as reuniões pró-Aécio Neves serem realizadas sempre na CDL, a exemplo da que aconteceu na última quinta-feira com as presenças do presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia, e do prefeito de Salvador ACM Neto (DEM): "Isso é campanha eleitoral ou convenção de lojistas? É coisa de preguiçoso, de quem faz campanha do faz de conta".
… e essa …
Disse ainda JB à coluna: "Enquanto eles fazem campanha pró-Aécio na CDL eu estou diariamente nas ruas trabalhando pela reeleição de Dilma. Na quarta-feira, por exemplo, fiz caminhada no Centro da cidade; na quinta-feira fiz carreata em Propriá e comício em Itabaiana; e hoje (ontem) faço carreata em Nossa Senhora da Glória, Monte Alegre, Poço Redondo e Canindé do São Francisco".
Curtas
Nas carreatas pró-Dilma que vem fazendo nesse segundo turno, pelo interior, Jackson Barreto está agradecendo a votação histórica, a maior da história de Sergipe. Diz que vai trabalhar ainda mais pela cidade.
O governador ainda não vai descansar das eleições deste ano. Na próxima quarta-feira viaja ao Rio de Janeiro para uma visita ao BNDES em busca de recursos para Sergipe.
Já Eduardo Amorim começa o seu descanso das eleições a partir dessa segunda-feira, Ele só reassume o senado em 21 de novembro.
Jackson Barreto votará às 11h desse domingo, na Faculdade Amadeus, na Rua Estância. Eduardo Amorim votará em Itabaiana, no Grupo Escolar Eliezer Porto.
O presidente do TSE, Dias Toffoli, acredita que o resultado das eleições será conhecido por volta das 19h30 de domingo. No entanto, a informação só poderá ser divulgada às 20h, quando as urnas do Acre estiverem fechadas.