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O PT CONTINUA MUITO COMPLICADO. SÓ QUE, NÃO PODE DEIXAR DE SER!


Publicado em 29 de fevereiro de 2024
Por Jornal Do Dia Se


* Rômulo Rodrigues

Claro que a análise se refere ao PT de Sergipe e muito mais, de Aracaju, mas a plena simbiose entre todo o interior e capital foi sem dúvida no período entre 1988 e 1992, com recuperação em 1994, recaída em 1996 e subida vertiginosa em 2000; quando a vitória estupenda na eleição de prefeito da capital deu a entender que mesmo com algum tropeço pela frente, que ali estava só o primeiro passo.
Como nem a Seleção Brasileira de futebol demarcou que a partir da conquista da Copa do Mundo de 1958 ganharia todas as copas seguintes; não seria o PT a ganhas todas as futuras eleições.
Dito isso, é vero dizer: não precisava perder e continuar perdendo por fazer tantos gols contra.
É mais ou menos o que aconteceu no último sábado 24 de fevereiro, com cheiro de gol contra, daqueles que mostra que quem ganhou pode ter perdido.
A derrota ou vitória, não está no placar de 257 votos a favor e nenhum contra, se comparado ao placar de 400 votos a favor de Ernesto Geisel contra 76 dados a Ulisses Guimarães há exatos 50 anos quando; ao olhar pela janela da história se vê o que veio meses depois quando o partido de Ulisses bateu no dos generais por 16 a 1, nas eleições de senadores.
E sabem porque aconteceu o fenômeno? Porque aquele MDPB soube do nada fazer uma grande jarra de suco, ao falar direto com o povo. Ousou lutar, ousou vencer, com uma tática fantástica; coesa na defesa, visão de jogo no meio campo e unidade no ataque.
A triste realidade de hoje é que quem está no comando técnico do time da estrela, nada solitária, nunca jogou pelada de rua e sequer gosta de futebol e nem ostenta torcer por algum clube.
Um alerta foi dado quando anos atrás ele foi alijado da composição da mesa da ALESE, de que estava em gestação uma política deliberada para tirar o PT do protagonismo político do estado e a comida de mosca pelos que o comandam, está perto de ser uma realidade pelos sucessivos erros crassos cometidos.
E não precisa ir muito longe. O ano de 2013 foi palco de uma eleição interna histórica e logo em seguida pelo baque da perda de Marcelo Deda e, justo no dia da missa de sétimo dia, houve a posse da nova direção já dentro de uma crise na composição proporcional, sabiamente superada, por quem tinha a cabeça no lugar.
A crise surgiu de um erro de interpretação que se transformou em ilusão de que Eliane Aquino não estava filiada ao partido em Aracaju o que, se fosse real, seria resolvido num piscar de olho, mas virou um cavalo de pau por quem queria se alimentar de uma crise sem pé nem cabeça.
Não houve argumento que convencesse de que o fato era irrelevante e que ela poderia se filiar até o inicio de maio vindouro, se postulasse candidatura, e a consequência foi um clima de guerra bastante duradouro cujo primeiro passo para uma distensão foi após a missa de aniversário da partida de Deda quando, em respeito a ele fez-se um grande esforço para selar a paz.
Estranho que, 10 anos passados, em 28 de outubro de 2023, em um encontro na sede atual do partido, aberto com uma linda homenagem à vereadora Ângela Melo, fantasmas de 2013 parecendo saídos de algum sepulcro caiado, vociferam palavras de ódio, como se fosse um culto de lavagem do que não precisava ser ressuscitado nem lavado.
Sabem por quê? Por que era para ser pauta que no dia anterior Lula completara 78 anos e, sequer parabéns pra você foi cantado. E sabem mais por quê? Por que dois dias depois completaria um ano da vitória dele e de todos nós no segundo turno da eleição presidencial.
Análise de conjuntura? Não teve. Elaboração de uma tática eleitoral? Nem pensar. De novo, vigorou a não política.
Quem não concordar, peço vênia, mas aquele momento foi perdido e está refletido na crise de sábado 24 de fevereiro. Está certo ressaltar que foram votar 257 filiados e que nenhum partido chega a número tão significativo. Mas o PT tem sua história e deve caminhar e cantar com ela na mão.
Uma ressalva, há 36 anos, num encontro municipal em que foi disputada qual seria a candidatura para prefeito de Aracaju, deu empate entre Marcelo Dedae Edmilson Araújo com placar de 144 votos para cada um deles. Um número bem significativo com militantes sem arredarem o pé do auditório da Rua Siriri. Quem lembra?

* Rômulo Rodrigues, sindicalista aposentado, é militante político

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