O PULA-PULA DE JONI, O DEPUTADO PANTANEIRO
Publicado em 13 de maio de 2018
Por Jornal Do Dia
O jovem deputado Joni Marcos é um pantaneiro de Mato Grossodo Sul. Veio a Sergipe, saindo da sua terra molhada e aqui, pelo semiárido, aclimatou-se tão bemque decidiu ficar e fazer politica. Era Pastor da Igreja Universal, e juntava o oficio de pastorear com o de cuidar de ganhar votos. Juntou-se a Heleno, outro Pastor da mesma igreja,então, deputado estadual. Joni não é um quadro despreparado. Requintou-se. Apreciador de um bom vinho, gosta também de percorrer bons livros. Até cancelar a matricula por indisponibilidadede tempo, era destacado aluno da Faculdade de Direito da UNIT. Quando concluir o curso surgirá, sem duvidas, um bom advogado. Eleito vereador de Aracaju, caracterizou-se por saber exigir do prefeito, posições sempre mais espaçosas, e nisso saiu na frente do seu padrinho politico, o também pastor Heleno, que já conquistara uma liderança no sertão, e usando com habilidade o microfone de algumas emissoras, passava a imagem de defensor do povo sertanejo, e issocolou. Joni reelegeu-se, e vidrado em politica , sobretudo no que o poder pode oferecer, deu o pulo maior, quando tinha o sustentáculo de Heleno, então prefeito de Canindé. Elegeu-se deputado federal e agora está em fim de mandato, jogando tudo o que puder jogar,para assegurar a reeleição. Para deixar seu campo livre, convenceu Heleno de que ele deveria ser candidato ao Senado. Depois, tomou a iniciativa de abrir conversações com o deputado federal André Moura, e o senador Amorim, preparando o terreno para a saída do governo, onde ocupava posições. Heleno o seguiu. Logo, consumou-se o anuncio da adesão ao grupo liderado por André Moura, e anunciou-se a chapa para o senado: André Moura – Heleno Silva.
Heleno, um maratonista político, logo correu na frente. Em Itabaiana, ergueu com as mãos o braço um tanto tímido do senador Amorim, tendo ao lado o prefeito Francisquinho, que na mesma hora anunciou que nele também despejaria a cobiçada carga de votos que tem demonstrado controlar. Heleno saiu de Itabaiana, acreditando mesmo na sua chance de eleger-se senador.
Mas Joni, fazia outras cogitações e avaliava melhor as suas chances pessoais na nova aliança que formavam.
O senador Valadares agiu rápido, ofertando de bandeja para Joni, o presente que ele mais queria: votos. Valadares desistia do Senado, concorrendo a deputado federal, e o seu filho deputado federal, ficando na cabeça da chapa como candidato ao governo, acomodando Heleno, como candidato único do grupo ao Senado, apesar das duas vagas em disputa. Joni, verificou que juntando-se ao projeto dos Valadares, ele teria a certeza da reeleição, porque herdaria os votos que o ex-governador certamente terá de sobra. Já Heleno, irá encontrar um horizonte menos promissor, e terá mais rapidamente ainda de sair em busca de um braço a levantar, e que lhe renda votos.
Já o senador Amorim, tratou constrangido de esquecer do braço erguido com o suporte de Heleno, enquanto André, precavidamente, não se tendo juntado ao gesto eufórico, parece nada ter perdido.
Depois dessa reviravolta, parece que tanto para Heleno como para Joni,ficam em dúvida os votos do ex-prefeito da Estancia, o respeitado empresário e engenheiro Ivan Leite, que tem sua mulher como candidata à Assembleia Legislativa, e, tanto como o marido, filiada ao PRB, o partido de Joni, e Heleno. Ivan Leite já anunciou sua opção, e deixou de comparecer a uma tardia reunião do PRB, porter, antes, agendado acompanhar o governador Belivaldo, que visitava Estancia, levando ações administrativas ao município.