Quinta, 16 De Janeiro De 2025
       
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O REI ROBERTO CARLOS E A ORQUESTRA LOS GUARANIS


Publicado em 24 de abril de 2021
Por Jornal Do Dia


 

Prof. Dr. Claudefranklin Monteiro Santos
Esta semana, em que celebramos os 80 anos de Roberto Carlos, uma foto enviada pra mim pelo músico Cícero da Banda e Orquestra Los Guaranis, via ZAP, me fez pensar sobre os tempos áureos da música popular brasileira. De modo particular, nos muitos bailes e festas que a geração dos anos 60 e 70 viveu. Não precisava de muito para ser feliz, apenas de uma boa música, dançar coladinho ou ao ritmo do rock in roll inglês ou norte-americano. Certamente, deviam ser mesmo "festas de arromba".
A foto, eu já conhecia. Até já publiquei em artigos que fiz sobre o grupo. Cícero posa ao lado de Roberto Carlos. Cícero, ao estilo black power, trajando terno escuro, com listas marrons claras na vertical, camisa branca por baixo, com golas cumpridas. O rei, camisa branca, com um medalhão enorme de Nossa Senhora pendurado ao pescoço, cachimbo na mão, calça cinza apertadinha, sorriso leve, simpático e solto.
A imagem registra alguns dos momentos em que a banda Los Guaranis abria os shows de Roberto Carlos. Isto teria ocorrido algumas vezes. Além disso, demonstra toda a atenção do rei pelo grupo. Exigente, certamente ele não permitiria que qualquer banda introduzisse seu espetáculo. Até àquela altura, final dos anos 70, Los Guaranis já despontava entre as mais importantes orquestras do país.
Em 2013, em parceria com o poeta Assuero Cardoso Barbosa, publicamos o livro alusivo aos 50 anos da banda: "Nos bailes da vida". Com textos de nossa autoria e também de Antônio José Monteiro Rocha, Anselmo Vital, Deijaniro Filho, Euler Ferreira, Emerson Carvalho, Euclides Oliveira, Joaquim Prata, José Uesele, Noeme Dias, Paulo Prata, Renato Araújo e Rusel Barroso, relembramos os seus principais momentos. O livro teve ainda o apoio cultural do grupo Brício e toda a renda foi revertida para a APAE de Lagarto.
A Orquestra e Banda Los Guaranis foi fundada em Lagarto, em 1963, por Rivaldo Fonseca, Valmor Antônio de Oliveira, Osman Carvalho Silva e Alexandre Conceição, aos quais se somaram Cícero Santos; João Bosco de Oliveira; Milton Vieira de Melo; Roberto Alves e Alceu Monteiro. Em pouco menos de uma década de existência, passou a se apresentar em várias partes do país, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste, seja em bailes, como também em passagens de ano e inesquecíveis gritos de carnaval.
No dia 18 de agosto de 2017, a Banda Los Guaranis tornou-se oficialmente Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Município de Lagarto. Anos antes, passou a ser nome de logradouro, o calçadão do centro da cidade, entre o Banco do Brasil e o Centro Comercial José Augusto Vieira. 
O Rei e a Banda Los Guaranis tem muito em comum, de modo particular a vitalidade, a capacidade de se reinventar de tempos em tempos, adequando às demandas de seus fãs e do próprio tempo, cantando e tocando o que o povo gosta e quer ouvir: dos clássicos metais ao velho e bom forró e até mesmo algo considerado mais povão. 
Chegar a oitenta anos, em plena atividade, devidamente vacinado contra a COVID-19, mantendo seu repertório em dias e atemporal e com uma voz impecável, certamente não é para qualquer um. É para alguém majestoso. Em que pesem suas manias, as críticas que se faz sobre seu comprometimento ou não com o regime militar, sua implicância com os biógrafos, Roberto Carlos sempre será Rei, certo bicho?
Seja nas estradas de Santos, com ou sem Erasmo, a toda velocidade ou de mansinho, debaixo dos caracóis dos cabelos, ele sempre estará presente no imaginário e na trilha sonora das muitas trajetórias de vida de inúmeros brasileiros, anônimos ou não. Na capela, num casamento ou num boteco, ali estarão suas canções, em detalhes e com muitas emoções.

Prof. Dr. Claudefranklin Monteiro Santos

Esta semana, em que celebramos os 80 anos de Roberto Carlos, uma foto enviada pra mim pelo músico Cícero da Banda e Orquestra Los Guaranis, via ZAP, me fez pensar sobre os tempos áureos da música popular brasileira. De modo particular, nos muitos bailes e festas que a geração dos anos 60 e 70 viveu. Não precisava de muito para ser feliz, apenas de uma boa música, dançar coladinho ou ao ritmo do rock in roll inglês ou norte-americano. Certamente, deviam ser mesmo "festas de arromba".
A foto, eu já conhecia. Até já publiquei em artigos que fiz sobre o grupo. Cícero posa ao lado de Roberto Carlos. Cícero, ao estilo black power, trajando terno escuro, com listas marrons claras na vertical, camisa branca por baixo, com golas cumpridas. O rei, camisa branca, com um medalhão enorme de Nossa Senhora pendurado ao pescoço, cachimbo na mão, calça cinza apertadinha, sorriso leve, simpático e solto.
A imagem registra alguns dos momentos em que a banda Los Guaranis abria os shows de Roberto Carlos. Isto teria ocorrido algumas vezes. Além disso, demonstra toda a atenção do rei pelo grupo. Exigente, certamente ele não permitiria que qualquer banda introduzisse seu espetáculo. Até àquela altura, final dos anos 70, Los Guaranis já despontava entre as mais importantes orquestras do país.
Em 2013, em parceria com o poeta Assuero Cardoso Barbosa, publicamos o livro alusivo aos 50 anos da banda: "Nos bailes da vida". Com textos de nossa autoria e também de Antônio José Monteiro Rocha, Anselmo Vital, Deijaniro Filho, Euler Ferreira, Emerson Carvalho, Euclides Oliveira, Joaquim Prata, José Uesele, Noeme Dias, Paulo Prata, Renato Araújo e Rusel Barroso, relembramos os seus principais momentos. O livro teve ainda o apoio cultural do grupo Brício e toda a renda foi revertida para a APAE de Lagarto.
A Orquestra e Banda Los Guaranis foi fundada em Lagarto, em 1963, por Rivaldo Fonseca, Valmor Antônio de Oliveira, Osman Carvalho Silva e Alexandre Conceição, aos quais se somaram Cícero Santos; João Bosco de Oliveira; Milton Vieira de Melo; Roberto Alves e Alceu Monteiro. Em pouco menos de uma década de existência, passou a se apresentar em várias partes do país, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste, seja em bailes, como também em passagens de ano e inesquecíveis gritos de carnaval.
No dia 18 de agosto de 2017, a Banda Los Guaranis tornou-se oficialmente Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Município de Lagarto. Anos antes, passou a ser nome de logradouro, o calçadão do centro da cidade, entre o Banco do Brasil e o Centro Comercial José Augusto Vieira. 
O Rei e a Banda Los Guaranis tem muito em comum, de modo particular a vitalidade, a capacidade de se reinventar de tempos em tempos, adequando às demandas de seus fãs e do próprio tempo, cantando e tocando o que o povo gosta e quer ouvir: dos clássicos metais ao velho e bom forró e até mesmo algo considerado mais povão. 
Chegar a oitenta anos, em plena atividade, devidamente vacinado contra a COVID-19, mantendo seu repertório em dias e atemporal e com uma voz impecável, certamente não é para qualquer um. É para alguém majestoso. Em que pesem suas manias, as críticas que se faz sobre seu comprometimento ou não com o regime militar, sua implicância com os biógrafos, Roberto Carlos sempre será Rei, certo bicho?
Seja nas estradas de Santos, com ou sem Erasmo, a toda velocidade ou de mansinho, debaixo dos caracóis dos cabelos, ele sempre estará presente no imaginário e na trilha sonora das muitas trajetórias de vida de inúmeros brasileiros, anônimos ou não. Na capela, num casamento ou num boteco, ali estarão suas canções, em detalhes e com muitas emoções.

 

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