**PUBLICIDADE
O Retorno do El Niño
Publicado em 13 de maio de 2023
Por Jornal Do Dia Se
Segundo uma nova atualização da Organização Meteorológica Mundial, OMM, o fenômeno El Niño tem grande probabilidade de se desenvolver ainda este ano. Como resultado, as temperaturas globais podem subir. A abordagem deste ensaio será sobre o referido assunto, pois tem impacto no Brasil e na Região Nordeste que convive periodicamente com alguns desastres naturais.
De acordo com o Secretário Geral da OMM, Petteri Taalas, o desenvolvimento do fenômeno climático provavelmente levará a um novo pico no aquecimento global e aumentará a chance de quebrar recordes de temperatura. As perspectivas são de que o fenômeno climático tenha 60% de chance de chegar até final de julho, deste ano, e 80% de probabilidade de que se forme até setembro.
As informações de órgãos que estudam o tema no Brasil, como o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) apontam que o El Niño é um padrão climático de ocorrência natural associado ao aquecimento das temperaturas da superfície do oceano pacífico tropical central e oriental. Ocorre em média a cada dois a sete anos, e os episódios geralmente duram de nove a 12 meses.
Este é um fenômeno que está normalmente associado ao aumento das chuvas em partes do sul da América do Sul, sul dos Estados Unidos, Chifre da África e Ásia Central. Por outro lado, o El Niño também pode causar secas severas na Austrália, na Indonésia e partes do sul da Ásia.
O Presidente da OMM, Petteri Taalas, alerta que os últimos oito anos foram os mais quentes já registrados. No entanto, nos últimos três anos houve um resfriamento por conta do La Niña, que atuou como um “freio temporário” na elevação da temperatura. Ele afirma que o mundo deve se preparar para o desenvolvimento do El Niño, que além do calor, deve aumentar a seca ou chuvas em diferentes partes do mundo. Ele também aponta que isso pode trazer alívio da seca no Chifre da África e outros impactos relacionados ao La Niña, mas também pode desencadear eventos climáticos e climáticos mais extremos.
Diante deste cenário evidencia-se a necessidade de reforço dos sistemas de alerta precoce em todo o mundo.
A OMM registra que o El Niño e a La Niña são partes de um mesmo fenômeno atmosférico-oceânico que ocorre no oceano Pacífico Equatorial (e na atmosfera adjacente), denominado de El Niño Oscilação Sul (ENOS). O ENOS refere-se às situações nas quais o oceano Pacífico Equatorial está mais quente (El Niño) ou mais frio (La Niña) do que a média histórica. A mudança na temperatura do oceano Pacífico Equatorial acarreta efeitos globais na temperatura e precipitação.
A questão que merece interesse para a população sergipana, é se o El Níño irá afetar a produção agropecuária e a vida cotidiana urbana e rural.
Em minha opinião, resgatando os meus estudos de Geografia, são de que sim, teremos um ano de 2023 diferente e isto pode ser observado pela tabela adiante com a previsão climatológica de um dos municípios de Sergipe, Aracaju, conforme estudos da Organização Mundial de Meteorologia (OMM).
As informações técnicas da Organização de Meteorologia sinalizam que uma componente do sistema climático da Terra é representada pela interação entre a superfície dos oceanos e a baixa atmosfera adjacente a ele. Assim, os processos de troca de energia e umidade entre eles determinam o comportamento do clima, e alterações destes processos podem afetar o clima regional e global.
Ressaltando que o El Niño representa o aquecimento anormal das águas superficiais e subsuperficiais do Oceano Pacífico Equatorial. Para os que desconhecem, destacamos que a palavra El Niño é derivada do espanhol, e refere-se a presença de águas quentes que todos os anos aparecem na costa norte de Peru na época de Natal. Os pescadores do Peru e Equador chamaram a esta presença de águas mais quentes de Corriente de El Niño em referência ao Niño Jesus ou Menino Jesus.
Que saibamos conviver adequadamente com o El Niño que está chegando, e isto está perceptível em Aracaju pelas chuvas matinais que estão ocorrendo.