Cheio de amor pra dar
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O sanfoneiro, um instrumento
Publicado em 21 de dezembro de 2019
Por Jornal Do Dia
Rian Santos
Sergipe só tem sanfo- neiro de mão cheia. Mestrinho, Cobra Verde, Vinícius Big john, para citar apenas os celebrados de uns anos pra cá, desde quando o arfar do fole caiu no gosto dos moderninhos e a sanfona virou item obrigatório no setup de toda banda descolada. Entre estes, um dos mais concorridos é Lucas Campelo, de pés enraizados na tradição nordestina, prova viva do poder de fogo da canção com aragem sertaneja.
Quem ainda não ligou o nome à pessoa terá de ser lembrado do trabalho delicado, tocado aqui mesmo na aldeia, com o trio Crav&roza, ao lado de Henrique Teles e Bárbara Sandes. Há, ainda, as diversas apresentações dedicadas a Dominguinhos, incluindo uma ocasião luxuosa em companhia de Anastácia. Se a informação ainda não foi suficiente, contudo, resta a recomendação de uma aposta no deslumbramento. Campelo ocupa hoje o palco montado na Praça General Valadão no último dia do Festival Quinta Instrumental e, como sempre, toca para emocionar o outro, cheio de amor pra dar. O seu ofício é o de se fazer ele mesmo um meio, um instrumento.
Festival – Lá se vão três dias de uma programação classuda, repleta de música de gente grande.
Na quinta-feira, dia 19, a programação musical do Festival Quinta Instrumental levou à General Valadão o Gaita Sergipe e Stefano Cortese, pianista italiano formado pela Universidade de Música de Bolonha.
No dia 20, o evento teve continuidade com o violonista sergipano Alberto Silveira, músico premiado que participou de projetos de renome nacional, e também o violinista francês Nicolas Krassik, referência no MPB e estudioso da música erudita e jazz.
Hoje, para fechar o festival com chave de ouro, o projeto conta xom o talento e a graça do sanfoneiro sergipano Lucas Campelo, mais o saxofonista Derico, que fez parte do sexteto do extinto do Programa do Jô, além do grupo Chorosas.