Quarta, 22 De Janeiro De 2025
       
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O SUSPEITO ENDEUSAMENTO DE UM PERIGOSO MATADOR


Publicado em 25 de outubro de 2014
Por Jornal Do Dia


No programa A Hora da Verdade, de George Magalhães, o secretário de segurança pública adjunto João Batista, e a delegada geral da Polícia Civil Katarina Feitosa, ocuparam um longo espaço procurando esclarecer a atuação da polícia que teve como consequência a morte de José Augusto Aurelino Batista, o Zé Augusto. Ele era um pistoleiro que foi assalariado para matar menores considerados meliantes, e logo assumiu a identidade de ¨justiceiro¨. Talvez uma das piores deformações de uma comunidade aconteça quando alguns decidem substituir a Justiça e passam a promover a ¨chacina cívica¨ daqueles considerados bandidos, assim, a ¨limpeza social¨ ficaria plenamente justificada, e tanto os financiadores como os que alugam-se para matar estariam a fazer um bom trabalho, preenchendo o vácuo deixado pelas instituições. Enquanto os delegados João Batista e Katarina Feitosa faziam seus esclarecimentos, entrou no ar a deputada estadual Ana Lúcia, pessoa sobre a qual não podem recair suspeitas de ser desatenta em relação aos direitos humanos. Ela revelou então o tamanho da periculosidade de Zé Augusto, e as ramificações que ele mantinha com grupos políticos ou econômicos dando sobrevida ao antigo ¨Sindicato do Crime¨, que tinha como sindicalizados gente poderosa infiltrando-se na Polícia, na Justiça, e mandando representantes aos parlamentos. Foi por isso que Zé Augusto, morto, se viu alçado à condição de vítima e quase herói, tendo direito a uma necropsia feita por especialistas vindos de Brasília e mais um numeroso acompanhamento de pessoas contristadas, e revoltadas também com a ação da Polícia. Ana Lúcia revelou que foi ameaçada de morte caso fosse fazer campanha em Poço Verde, onde o juiz e o promotor ameaçados, deslocavam-se com proteção policial, mas não se acovardaram e acionaram a policia para a captura do pistoleiro. Zé Augusto já fora preso outras vezes. Sempre deixando a prisão em pouco tempo, no interregno entre uma cadeia e outra ia acionando o gatilho da sua Ponto-40, a mesma arma com a qual enfrentou os policiais antes de ser morto.
É preciso agora um olhar mais cuidadoso sobre tudo o que aconteceu em Poço Verde e os possíveis desdobramentos do episódio. Zé Augusto tinha comparsas que se mostram dispostos a vingá-lo.

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