Quarta, 15 De Janeiro De 2025
       
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O teatro do governo


Publicado em 25 de março de 2021
Por Jornal Do Dia


 

O presidente Jair Bolsonaro passou mais de um 
ano inteiro negando os efeitos deletérios da 
pandemia em curso. Ontem, no entanto, justamente quando 300 mil brasileiros passaram oficialmente dessa para melhor, muito deles por força da omissão do governo federal, ele pretendeu fazer pose de estadista. Bolsonaro convocou meia dúzia de governadores mais ou menos alinhados ao próprio discurso negacionista, representantes do poder legislativo e o presidente do poder judiciário, a fim de elaborar uma política nacional de combate ao vírus. Não convenceu ninguém.
Único governador do Nordeste convidado pelo presidente para a reunião com representantes dos poderes, o governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), afirmou que não acredita que o encontro traga mudanças significativas na postura criminosa do presidente. Em entrevista concedida pouco depois do teatro, Renan Filho não poderia ser mais franco:
"O presidente está instado pela situação a fazer uma inflexão. Mas qual o problema? Ele não tem convicção. Até tem vontade, acha que precisa atenuar o discurso, mas não tem convicção. Ele vai fazer isso na questão da vacina, mas nas outras áreas vamos ter problemas".
Disposição para encarar a realidade não é vista no Palácio do Planalto. Também ontem, o Ministério da Saúde operou para diminuir o número de óbitos confirmados de Covid-19 artificialmente. Antes, anunciou a meta de vacinar um milhão de brasileiros por dia, em curto prazo, sem, contudo, explicar como pretende multiplicar o número de doses à disposição de governadores e prefeitos. Sobra gogó, faltam providências. Ninguém cai na conversa mole de Bolsonaro.

O presidente Jair Bolsonaro passou mais de um  ano inteiro negando os efeitos deletérios da  pandemia em curso. Ontem, no entanto, justamente quando 300 mil brasileiros passaram oficialmente dessa para melhor, muito deles por força da omissão do governo federal, ele pretendeu fazer pose de estadista. Bolsonaro convocou meia dúzia de governadores mais ou menos alinhados ao próprio discurso negacionista, representantes do poder legislativo e o presidente do poder judiciário, a fim de elaborar uma política nacional de combate ao vírus. Não convenceu ninguém.
Único governador do Nordeste convidado pelo presidente para a reunião com representantes dos poderes, o governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), afirmou que não acredita que o encontro traga mudanças significativas na postura criminosa do presidente. Em entrevista concedida pouco depois do teatro, Renan Filho não poderia ser mais franco:
"O presidente está instado pela situação a fazer uma inflexão. Mas qual o problema? Ele não tem convicção. Até tem vontade, acha que precisa atenuar o discurso, mas não tem convicção. Ele vai fazer isso na questão da vacina, mas nas outras áreas vamos ter problemas".
Disposição para encarar a realidade não é vista no Palácio do Planalto. Também ontem, o Ministério da Saúde operou para diminuir o número de óbitos confirmados de Covid-19 artificialmente. Antes, anunciou a meta de vacinar um milhão de brasileiros por dia, em curto prazo, sem, contudo, explicar como pretende multiplicar o número de doses à disposição de governadores e prefeitos. Sobra gogó, faltam providências. Ninguém cai na conversa mole de Bolsonaro.

 

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