Quinta, 16 De Janeiro De 2025
       
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O vendedor de ilusões


Publicado em 12 de maio de 2021
Por Jornal Do Dia


 

O otimismo mirabolante do ministro Paulo Gue-
des, para quem a recuperação da economia 
brasileira se daria em ritmo acelerado, um espetacular "crescimento em V", foi mais uma vez desmentidos pelos dados da realidade. De acordo com levantamento da Confederação Nacional da Indústria, a produtividade da indústria nacional caiu 2,5%, ao longo do primeiro trimestre.
Paulo Guedes é um vendedor de ilusões. Enquanto o setor produtivo procura terreno sólido onde amparar um planejamento estratégico, o ministro da economia do governo Bolsonaro se dedica dourar a pílula. À incerteza derivada da pandemia, soma-se, portanto, a ausência de previsibilidade indispensável a qualquer espécie de investimento.
Ontem, em depoimento prestado à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, o próprio ministro reconheceu o descompasso entre declarações suas e o mundo real. Mas o fez tirando o corpo fora. Segundo ele, o hiato entre os fatos e suas crenças está condicionado à política.
 "Eu caí nessa antes, de combinar algumas reformas, achar que vão ser aprovadas e falar ‘olha, dentro de tanto tempo deve acontecer tal coisa’. Não faço mais previsões, porque respeito o timing da política".
Paulo Guedes se comunica por meias verdades. Na realidade, a estagnação da economia verde e amarela não responde apenas às circunstâncias do embate político. Falta projeto. O alegado impacto social derivado das reformas, por exemplo, já foi desmentido na prática pela repercussão das reformas trabalhista e previdenciária. O governo prometeu empregos a dar com o pau. Desde então, a fome se alastra.

O otimismo mirabolante do ministro Paulo Gue- des, para quem a recuperação da economia  brasileira se daria em ritmo acelerado, um espetacular "crescimento em V", foi mais uma vez desmentidos pelos dados da realidade. De acordo com levantamento da Confederação Nacional da Indústria, a produtividade da indústria nacional caiu 2,5%, ao longo do primeiro trimestre.
Paulo Guedes é um vendedor de ilusões. Enquanto o setor produtivo procura terreno sólido onde amparar um planejamento estratégico, o ministro da economia do governo Bolsonaro se dedica dourar a pílula. À incerteza derivada da pandemia, soma-se, portanto, a ausência de previsibilidade indispensável a qualquer espécie de investimento.
Ontem, em depoimento prestado à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, o próprio ministro reconheceu o descompasso entre declarações suas e o mundo real. Mas o fez tirando o corpo fora. Segundo ele, o hiato entre os fatos e suas crenças está condicionado à política.
 "Eu caí nessa antes, de combinar algumas reformas, achar que vão ser aprovadas e falar ‘olha, dentro de tanto tempo deve acontecer tal coisa’. Não faço mais previsões, porque respeito o timing da política".
Paulo Guedes se comunica por meias verdades. Na realidade, a estagnação da economia verde e amarela não responde apenas às circunstâncias do embate político. Falta projeto. O alegado impacto social derivado das reformas, por exemplo, já foi desmentido na prática pela repercussão das reformas trabalhista e previdenciária. O governo prometeu empregos a dar com o pau. Desde então, a fome se alastra.

 

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