Sábado, 18 De Janeiro De 2025
       
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O voto consciente


Publicado em 23 de agosto de 2018
Por Jornal Do Dia


 

* Dom Edvaldo Gonçalves Amaral, SDB
Aproximam-se as eleições políticas 
em nossa pátria. Cada brasileiro 
é convidado a exercer o direito do voto. Voto é direito e dever. Dever de todos. Todos, de qualquer idade e condição. Conheço gente de 91 anos de idade que irá exercer dignamente seu direito-dever de votar.
Nas cartilhas que fizemos nas duas dioceses em que trabalhei como bispo titular (Parnaíba e Maceió) sempre repetimos: "Voto é dever pessoal e responsável. Voto não se vende. Voto não se compra. Voto não angaria proteção. Voto não paga favores".
As pesquisas de opinião, agora quase diárias e largamente difundidas pelos poderosos meios de comunicação, antecipam o resultado das eleições e influenciam enormemente na escolha de muitos eleitores. São aqueles que usam a expressão totalmente equivocada: "Eu não vou perder meu voto". E, assim, votam naquele que as pesquisas apontam como vencedor e nunca naquele que eles consideram melhor, mas que as pesquisas indicam que não vencerá. É uma grosseira confusão com a corrida de cavalos, na qual se vota no que parece que será o vencedor, para depois participar do prêmio.
O que poucos conhecem é o sistema vigente no Brasil para as eleições da Câmara dos Deputados, das Assembleias Legislativas e das Câmaras de Vereadores. É a chamada eleição proporcional. É um sistema de eleição no qual o número total de votos – obtido por todos os partidos e coligações – é dividido pelo número de cadeiras da Câmara Federal, da Assembleia Legislativa ou da Câmara de Vereadores (a regra é a mesma para as três esferas), obtendo-se, assim, o chamado quociente eleitoral. Cada partido ou coligação terá direito a tantas vagas quantas vezes repetir o quociente eleitoral. Os candidatos mais votados desse partido ocuparão as vagas conquistadas por seu partido, na ordem da votação por eles obtida. Assim, pode acontecer que, por força desse sistema, um candidato não se eleja, embora tenha recebido mais votos do que outros que serão eleitos, por dispor o partido destes de mais cadeiras. Portanto, em última análise, o eleitor vota, primariamente, no partido e, só secundariamente, no candidato de sua escolha.
O Pró-Vida de Anápolis aconselha aos eleitores o que ele chama de método PPP, isto é, considerar o Partido do candidato, seu Passado e suas Promessas efetivas…
Enfim, repito: o voto é um dever e cabe à consciência de cada um exercê-lo livre e conscientemente.
* Dom Edvaldo Gonçalves Amaral, SDB é Arcebispo Emérito de Maceió (foi Bispo Auxiliar de Aracaju – 1975 a 1980)
dedvaldo@salesianorecife.com.br

* Dom Edvaldo Gonçalves Amaral, SDB

Aproximam-se as eleições políticas  em nossa pátria. Cada brasileiro  é convidado a exercer o direito do voto. Voto é direito e dever. Dever de todos. Todos, de qualquer idade e condição. Conheço gente de 91 anos de idade que irá exercer dignamente seu direito-dever de votar.
Nas cartilhas que fizemos nas duas dioceses em que trabalhei como bispo titular (Parnaíba e Maceió) sempre repetimos: "Voto é dever pessoal e responsável. Voto não se vende. Voto não se compra. Voto não angaria proteção. Voto não paga favores".
As pesquisas de opinião, agora quase diárias e largamente difundidas pelos poderosos meios de comunicação, antecipam o resultado das eleições e influenciam enormemente na escolha de muitos eleitores. São aqueles que usam a expressão totalmente equivocada: "Eu não vou perder meu voto". E, assim, votam naquele que as pesquisas apontam como vencedor e nunca naquele que eles consideram melhor, mas que as pesquisas indicam que não vencerá. É uma grosseira confusão com a corrida de cavalos, na qual se vota no que parece que será o vencedor, para depois participar do prêmio.
O que poucos conhecem é o sistema vigente no Brasil para as eleições da Câmara dos Deputados, das Assembleias Legislativas e das Câmaras de Vereadores. É a chamada eleição proporcional. É um sistema de eleição no qual o número total de votos – obtido por todos os partidos e coligações – é dividido pelo número de cadeiras da Câmara Federal, da Assembleia Legislativa ou da Câmara de Vereadores (a regra é a mesma para as três esferas), obtendo-se, assim, o chamado quociente eleitoral. Cada partido ou coligação terá direito a tantas vagas quantas vezes repetir o quociente eleitoral. Os candidatos mais votados desse partido ocuparão as vagas conquistadas por seu partido, na ordem da votação por eles obtida. Assim, pode acontecer que, por força desse sistema, um candidato não se eleja, embora tenha recebido mais votos do que outros que serão eleitos, por dispor o partido destes de mais cadeiras. Portanto, em última análise, o eleitor vota, primariamente, no partido e, só secundariamente, no candidato de sua escolha.
O Pró-Vida de Anápolis aconselha aos eleitores o que ele chama de método PPP, isto é, considerar o Partido do candidato, seu Passado e suas Promessas efetivas…
Enfim, repito: o voto é um dever e cabe à consciência de cada um exercê-lo livre e conscientemente.

* Dom Edvaldo Gonçalves Amaral, SDB é Arcebispo Emérito de Maceió (foi Bispo Auxiliar de Aracaju – 1975 a 1980)dedvaldo@salesianorecife.com.br

 

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