O zunido do Aedes
Publicado em 14 de julho de 2021
Por Jornal Do Dia
Muito letal, a covid-19 é hoje a maior preocupação dos brasileiros em matéria de saúde. Em Sergipe, no entanto, é imperativo tomar cuidado também com as enfermidades transmitidas pelo Aedes Aegypti, sobretudo em períodos de chuva mais frequente. Fala-se aqui de um vetor de várias doenças. Dengue, chikungunya e zika não podem ser menosprezadas. O mosquito ainda zune.
Sergipe registrou queda no número de casos de dengue. A informação foi divulgada ontem pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), com relativo entusiasmo. Mas a notícia não é de todo boa. Os casos confirmados de chikungunya e zika aumentaram.
Por enquanto, ainda não há razão para alarme. Até agora, de acordo com os dados da SES, o acréscimo nos casos de chikungunya não chega a duas centenas. O aumento dos casos de zika é ainda mais modesto, em comparação com o mesmo período do ano passado. Quando se trata de questões de saúde pública, no entanto, todo cuidado é pouco.
Ao todo, foram notificados 1.551 casos de chikungunya nos primeiros seis meses deste ano – 736 foram confirmados. No ano passado, no mesmo período, foram 874 notificações e 623 confirmações. Este ano, da primeira à 27ª semana epidemiológica, foram notificados 125 casos de zika e 39 confirmações. Neste mesmo período, no ano passado, foram 121 notificações e 21 casos confirmados da doença.
Embora não exista razão para alarme, como aqui já foi admitido, o Governo de Sergipe mais as prefeituras municipais precisam redobrar os cuidados para impedir um novo surto de enfermidades transmitidas pelo Aedes Aegypti. Campanhas de conscientização, através de palestras e promoção à saúde nas escolas, além dos mutirões nos campos, coletas de pneus, limpeza de terrenos baldios, precisam se materializar em um trabalho continuado. De outro modo, todo o esforço realizado no auge do perigo como que desce pelo ralo.