Ondologistas do Huse fazem protesto por equipação salarial
Publicado em 31 de janeiro de 2018
Por Jornal Do Dia
Milton Alves Júnior
Será reiniciado no inicio desta manhã todos os procedimentos médicos os quais foram suspensos por profissionais atuantes no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse). Desde a manhã de ontem a medida foi coordenada por oncologistas, pediatras, clínicos e hematologistas foi adotada como forma de pressionar o Governo do Estado a convocar a direção do Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed), e debater em caráter imediato a equiparação salarial. Conforme lamentação da classe trabalhadora, a paralisação de 24 horas se fez necessária em virtude de este pleito seguir desde o setembro do ano passado, porém, sem êxito e perspectiva de diálogo.
Na tentativa de evitar que pacientes em situação emergencial sofressem com a mobilização, os sindicalistas informaram que um contingente mínimo de profissionais seguiu trabalhando dentro os 30% previstos pela Constituição Federal. Sobre o resultado parcial do ato público, o presidente sindical, João Augusto Oliveira, apontou como válida e não descartou a possibilidade de reunir a categoria em nova assembleia extraordinária e definir novas ações populares a serem realizadas já neste início de fevereiro. Dentre essas medidas está o estudo referente a uma paralisação por tempo indeterminado a qual pode ocorrer caso o pleito siga sem prazo para ser estudado coletivamente.
Apesar das críticas apresentadas pela categoria, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), informou que, ao contrário do que os manifestantes têm destacado, a administração pública segue integralmente disponível a receber os trabalhadores e discutir as reivindicações. Enaltecendo o desejo de manter a cordialidade das discussões, o superintendente do Huse – que também assume o cargo de secretário adjunto de Saúde, Luiz Eduardo Correia, garantiu que desde a apresentação dos pedidos o governo possui o cuidado de chamar representantes de todas as categorias a fim de discutir este pleito. O gestor destacou que este anseio dos trabalhadores se arrasta há mais de cinco anos.
“Como venho dizendo desde a semana passada, tivemos o cuidado de chamar responsáveis de cada área e explicar que não tem como liberar de imediato. Não é demanda apenas da oncologia, mas de vários setores. Não tem como repor imediatamente. Não houve falta de diálogo, não é verdade. O sindicato pressiona para fazer greve, vou comunicar ao Ministério Público Federal e ao Estadual. Não temos condições no momento de se resolver um desejo de cinco anos em curto prazo”, declarou. O pleito baseia-se no pedido de nivelação salarial perante aos médicos radioterápicos e cirurgiões oncológicos, que recebem salários 50% acima dos demais.