Na operação, foram apreendidos dois veículos de luxo, diversas maquinetas de cartão, centenas de cartões de crédito e talões de cheques, além de pastas com nomes de vítimas e dos envolvidos
Cartões recolhidos pela polícia
Publicado em 21 de outubro de 2020
Por Jornal Do Dia
Na operação, foram apreendidos dois veículos de luxo, diversas maquinetas de cartão, centenas de cartões de crédito e talões de cheques, além de pastas com nomes de vítimas e dos envolvidos
Cartões recolhidos pela polícia
A Delegacia de Defrau- dações (Defd), da Po- lícia Civil, deflagrou a Operação Espúrio, que resultou no cumprimento de cinco mandados de prisão e outras decisões judiciais de busca e apreensão, contra um grupo de envolvidos em uma fraude milionária ocorrida em Sergipe e na Bahia. A operação se realizou nos dois estados e contou com o apoio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core), Coordenadoria de Polícia Civil do Interior (Copci) e 7ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (7ª Coorpin), esta ligada à polícia baiana. Todas as prisões aconteceram na última sexta-feira, sendo duas em Salvador e as outras três em Aracaju.
De acordo com a delegada Suirá Paim, responsável pela Defd, os crimes consistiam em fraudes bancárias e falsificação de documentos públicos. As empresas utilizadas pelo grupo serviam apenas para adquirir crédito e fazer movimentação bancária. "Era um grupo criminoso formado por cinco suspeitos, que fraudavam declarações de imposto de renda para abrir contas e adquirir crédito e financiamento bancário. A partir de então, eles passavam a utilizar os limites adquiridos com cartão de crédito, financiamento de veículos, e deixavam as dívidas em nome das vítimas", detalhou.
Ainda conforme a delegada, após a fraude, o grupo agia novamente para obtenção de novos lucros ilícitos. "O grupo fazia o acionamento dos bancos pela fraude sofrida. Então, eles ganhavam novamente em cima dos bancos. A princípio, as vítimas tinham conhecimento de que essas pessoas estavam abrindo contas bancárias em nome delas, mas a partir de certo momento, a conta passava ser administrada pelo líder do grupo", explicou.
Segundo a delegada Viviane Pessoa, com o apoio da Divisão de Inteligência, (Dipol), foi possível delinear as ações de cada suspeito e identificar suas respectivas localizações. Assim, foi constatado o responsável por gerir a associação criminosa, o qual possuía, em sua residência, centenas de cartões de crédito, diversos celulares e dezenas de maquinetas de empresas que eram utilizadas para a lavagem do dinheiro. Inclusive, uma das empresas, aberta em fevereiro deste ano em nome de um dos suspeitos, já havia movimentado mais de R$1 milhão durante toda a pandemia.
A ação contou com o apoio de diversas unidades policiais de ambos os estados. "A Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV), o Departamento de Narcóticos (Denarc), a Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core), a Coordenadoria de Polícia Civil da Capital (Copcal/SE) e a Polícia Civil do Estado da Bahia (PC/BA) atuaram de forma conjunta para que fosse possível a prisão dos envolvidos em diversos locais, inclusive dois estados simultaneamente", destacou.
Na operação, foram apreendidos dois veículos de luxo, diversas maquinetas de cartão, centenas de cartões de crédito e talões de cheques, além de pastas com nomes de vítimas e dos envolvidos. A ação policial resultou na apreensão de documentos supostamente falsos, declarações de imposto de renda falsificadas, diversos computadores, HDs e celulares. As equipes também recolheram carimbos de empresas fraudulentas, que eram utilizadas pelos criminosos para obtenção de crédito bancário.
Ainda segundo a delegada, todos os cinco envolvidos no crime foram presos pelos crimes de estelionato, lavagem de capitais, associação criminosa e falsificação. Atualmente, o grupo se encontra à disposição da justiça.