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“AGUENTO, TRANSFORMO E SUPERO” – HENRIQUE BRANDÃO MENEZES E O GRUPO SAMAM


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Publicado em 06 de agosto de 2022
Por Jornal Do Dia Se


Prof. Dr. Claudefranklin Monteiro Santos

Se tem uma coisa que me fascina na oficina do historiador é a capacidade de me surpreender e vibrar com o que as fontes me dizem. E essa semana tive a grata satisfação de conhecer pessoalmente um dos maiores empresários de Sergipe. Ele fez no último dia 31 de julho, 84 anos de idade. Lúcido, com uma energia contagiante e uma saúde de ferro, seu Henrique Brandão Menezes conversou comigo sobre seu cunhado, o médico ginecologista e obstetra, Dr. Hugo Bezerra Gurgel (1922-2015).
O empresário Henrique Brandão Menezes assumiu os negócios do pai, Manoel Aguiar Menezes, em 1956, como seu sócio, procurando diversificar a oferta da antiga Casa das Louças, fundada nos anos 20, localizada na rua João Pessoa, 267. Em 1974, a Sociedade Anônima Manoel Aguiar Menezes (SAMAM) trouxe para Sergipe a Fiat Automóveis do Brasil S/A, primeiro em Aracaju, e, atualmente presente também em Itabaiana.
Nas décadas seguintes, o grupo não parou de crescer. Nos anos 80, investiu no ramo de locação. Na década de 90, ações empresariais no agronegócio, com o plantio de coco, e na comercialização de produtos de concessionárias, além de pneus, vendas de veículos novos e seminovos. E assim também o foi no século XXI, com a Samam Diesel, a Renovadora de pneus Michelin, a Sergipe Veículos, a Concessionária Iveco, passando também a trabalhar com as marcas Honda, Jeep e Hyundai, aberturas de novas filiais, além da agroindústria Taquari, usinas de açúcar e álcool.
Notadamente, trata-se de uma empresa familiar desde o seu nascedouro, com seu Manoelito da SAMAN, seguindo com seu Henrique, que por sua vez também passou para os filhos o gosto pelos negócios: Manoel Aguiar Menezes Neto e Henrique Brandão Menezes Júnior. Neto faleceu no dia 12 de fevereiro de 2021, quando este ocupava a função de Diretor Superintende da empresa. Ele foi uma das muitas vítimas da COVID-19 em Sergipe. Seu irmão, Júnior, passou então a tocar a empresa com o pai até a presente data.
Dono de uma consciência de vida muito clara e precisa, seu Henrique nos disse que já teve uma conversa com Nosso Senhor e combinou com ele viver até os noventa anos: “Ele vai dar um jeito de me levar”. Isto, baseado numa fala de seu pai que chegou aos noventa e dois: “Henrique, foi bom até os noventa, mas depois disso foi péssimo!” (risos).
Apesar de ter tido acesso a bons estabelecimentos de ensino e até mesmo a oportunidade de fazer engenharia, em Nível Superior, seu Henrique queria mesmo era negociar como o pai. Em Aracaju, fez o primário com a professora Maria Bernadete Galrão Leite. Estudou o antigo ginásio no Rio de Janeiro, num colégio marista, o São José, por quatro anos. Na então capital federal do Brasil, ele chegou a ser estimulado pelo tio Godofredo Diniz a seguir adiante, mas não teve jeito. Ele voltou para Sergipe em definitivo.
Para além da frase que intitula esta matéria, ouvimos de seu Henrique outras tantas. Todas elas revelando um empresário para além de bem-sucedido, um ser humano maduro na cabeça e na alma: “sempre satisfeito, tocando para frente!” Isto de quem perdeu um filho nesta idade é um afago e um estímulo para quem para na dor e não consegue mais enxergar nada.
Eu e minha esposa, a professora Patrícia Monteiro, saímos dali, da sede da empresa na avenida Barão de Maruim, 49, Aracaju-SE, com uma vontade de viver renovada, diante daquele homem cheio de entusiasmo e de um entusiasmo contagiante, capaz de transmitir segurança e nos estimular sempre a sonhar e a superar todo e qualquer tipo de adversidade. Para além da riqueza justa e natural de que se vale em razão dos negócios que administra, nada é comparável a sua sabedoria, ao seu idealismo e a sua fortaleza, aspectos que ele, certamente, deixara como grandes legados.

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