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O ESPETACULAR HOMEM-ARANHA


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Publicado em 22 de janeiro de 2022
Por Jornal Do Dia Se


Prof. Dr. Claudefranklin Monteiro Santos

Um é pouco, dois é bom e três nunca é demais. Quebrando a máxima muito conhecida, o novo filme do Homem-Aranha é simplesmente um espetáculo de criação, roteiro, trama, emoção, sentimento e ação, além dos conhecidos e cada vez mais incríveis efeitos especiais, tão comuns nas histórias de super-heróis de quadrinhos, que há muito habitam o imaginário de crianças de nosso tempo e também de minha geração.
Se Superman é o meu herói predileto, sobretudo nas telas do cinema, de modo particular nos filmes interpretados por Christopher Reeve (1952-2004) entre os anos 70 e 80; por outro lado, o Homem Aranha é o meu personagem predileto dos quadrinhos. Alguns dos quais que me ajudaram a ler e a escrever na infância. Importante lembrar que a minha condição financeira à época só me permitia ter acesso a eles apenas tomando emprestado dos amigos mais abastados.
Afora os quadrinhos, minhas primeiras lembranças do Homem-Aranha são do seriado de TV “The AmazingSpider-Man”, exibido entre os anos 1977 e 1979, produzido pela CBS, com 13 episódios e duas temporadas. Destaque para Nicholas Friedrich, hoje com 71 anos, no papel do super-herói. É da mesma época o filme piloto da série: Homem-Aranha, o filme (1977).
Sobre o seriado e o filme do final dos anos 70, lembro até de ter colecionado um álbum de figurinha, publicado pela editora RGE no ano de 1981. Figurinhas incríveis! Uma pena que eu perdi com o tempo. Lamento até hoje, porque além de uma raridade, foi uma das primeiras e bem-sucedidas representações do Homem-Aranha para além das telas e dos quadrinhos, coisa que hoje a Panini faz com muita competência.
“Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa” (2021), antes de mais nada, a mim em particular me deu a seguinte impressão: quando a gente pensa que a Marvel já se superou com seus filmes e séries, não tendo mais nada o que inventar ou mostrar, eis que surge algo novo, muito e infinitamente melhor do que as produções anteriores. Digo isso sem desmerecer o que veio antes, pois é muito difícil saber o que foi de fato ruim.
Sucesso de bilheteria na história dos EUA, tendo superado Pantera Negra, e não muito diferente no Brasil, “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa” é mais um dos filmes onde o jovem Tom Holland interpreta o super-herói aracnídeo, o “amigo da vizinhança”. E a grande sacada dessa nova história, à luz do chamado multiverso da Marvel, foi reunir os dois outros autores da franquia: Tobey Maguire e Andrew Garfield.
São muitos os elementos e aspectos que podemos elencar de “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa”. Quero apenas destacar alguns, sobretudo os que mais me chamaram a atenção. E começo pela presença coadjuvante do Doutor Estranho, interpretado mais uma vez Benedict Cumberbatch. Aqui a conhecida discussão entre fé e ciência. No caso do filme, magia e conhecimento.
As deixas e lições morais são certamente as melhores. Não falo de um falso moralismo, mais de valores que estão se perdendo, como caráter e personalidade. Sem falar na força da amizade, na capacidade de se sacrificar pelo bem do outro e dar, se necessário, a sua vida pelo outro. Afinal, não foi esse é esse o grande legado das religiões, em particular do Cristianismo?
E por falar em moral e religião, o filme nos coloca uma grande questão: todo mundo merece uma segunda chance? Até mesmo os vilões? Bom, a turma que apoia Bolsonaro diria que o filme é uma lástima, afinal, muito deles preconizam a máxima de quê “bandido bom é bandido morto”. Pois bem, o Peter Parker de Tom Holand acredita nisso e tenta, com a ajuda dos outros Homens-Aranhas, redimir seus maiores inimigos, incluindo o maléfico Duende Verde, mais uma vez magistralmente interpretado por Willem Dafoe. Aliás, que elenco de super-vilões! Somem-se a estes, ainda: Electron (Jamie Foxx), Doutor Octopus (Alfred Molina), Lagarto (RhysIfans) e Homem-Areia (Thomas Haden Church).
“Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa” é, por fim, uma oportunidade de pensar nossa relação com o tempo: se aceitamos as coisas ou, a muito esforço, procuramos melhorar e superarmos enquanto podemos, enquanto ainda temos uma segunda chance. Sem falar, mais uma vez, que é um filme que celebra a VIDA e a AMIZADE! É sempre tempo de dizer “eu te amo” para alguém.

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