Quinta, 23 De Janeiro De 2025
       
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Os caminhos errados do PSB sergipano


Publicado em 17 de abril de 2021
Por Jornal Do Dia


Acrílica sobre tela de Cláudio Vieira

Foi no segundo turno da eleição presi-
dencial de 2014 e não nas eleições mu-
nicipais de 2016, como relatou semana passada o artigo "Rogério e os Valadares estão conversando", que o senador Antonio Carlos Valadares (PSB) iniciou o processo de rompimento com o grupo político que encontra-se no poder desde 2006, quando Marcelo Déda (PT) foi eleito governador de Sergipe, acabando com a dobradinha João Alves Filho/Albano Franco, que se revezava no poder desde a primeira eleição direta  para os governos estaduais, em 1982, na reta final da longa ditadura.
Na eleição de 2014 o PSB lançou a candidatura a presidente de Eduardo Campos, que acabou interrompida com o trágico acidente aéreo. Marina Silva se transformou na candidata, sem êxito no primeiro turno.
Passado o primeiro turno, com a reeleição de Jackson Barreto (MDB), com o apoio do PSB, JB convocou uma reunião com os aliados num pequeno hotel da orla, no fundo do Farol, para definir a estratégia da campanha de Dilma Rousseff (PT) no segundo turno. Foi aí que veio a novidade: o senador Valadares disse que não tinha mais compromissos com o PT e que a partir daquele momento assumiria a campanha do então senador Aécio Neves (PSDB-MG), adversário de Dilma.
A decisão de Valadares surpreendeu a todos, em função da ligação histórica do PSB com o PT e a forte aliança da frente no estado. Para antigos aliados, o senador avaliava que dificilmente Dilma conseguiria a reeleição e que a vitória de Aécio, seu velho parceiro no Senado, permitiria que ele pudesse assumir cargo estratégico no governo federal e, automaticamente, passar a mandar na política sergipana.
Na reunião do hotel atrás do farol, Jackson deu um murro na mesa indignado com a posição do senador e o PSB sofreu as primeiras baixas. O vice-governador eleito Belivaldo Chagas se recusou a acompanhar o senador e disse que o seu lugar era ao lado dos aliados que haviam vencido as eleições estaduais, e participou ativamente da campanha de Dilma no segundo turno.
No primeiro turno, Dilma havia vencido a eleição em Sergipe com 41,59% dos votos contra 33,55% de Aécio. No segundo turno Dilma obteve 67,01% dos votos contra 32,99% dos votos, mostrando que o engajamento do senador Valadares não ajudou em nada na performance de Aécio.
Mas o seu compromisso com o senador tucano não era garantir a vitória no estado, mas ajudar na engrenagem do governo no Congresso Nacional, em função da sua experiência de 20 anos seguidos como senador. Valadares foi um dos inúmeros parlamentares que no dia 26 de outubro de 2014 se deslocou para São Paulo para comemorar a vitória de Aécio junto ao empresariado ligado a Fiesp. No início da noite, 1 hora depois de iniciada a apuração, uma emissora de tv chegou a anunciou a vitória do tucano, logo desmentida pela conclusão da apuração – Dilma venceu com 51,64% dos votos contra 48,36% de Aécio.
Passadas as eleições, em Sergipe o PSB voltou a se acomodar mais uma vez no bloco governista, enquanto a nível nacional o senador Valadares participava das conspirações de Aécio que culminaram com o impeachment da presidente Dilma e o caos em que o país se encontra hoje com Jair Bolsonaro.
Como havia sido o candidato do bloco governista à Prefeitura de Aracaju em 2012, derrotado por João Alves Filho, Valadares Filho continuou transitando bem entre os governistas, almejando uma nova indicação em 2016. Só que Edvaldo Nogueira, prefeito em 2012 que apoiou a sua candidatura, também pretendia voltar à disputa. Às vésperas do São João, o então governador Jackson Barreto anunciou a opção por Edvaldo, após consulta entre os líderes dos partidos aliados, com Eliane Aquino (PT) como vice.
De lá pra cá é o que se sabe: o PSB foi mesmo para a oposição, perdeu todos os cargos eletivos que tinha desde 1994 quando foi formado o bloco e Valadares se elegeu para a primeira vez para o Senado. Como o PT também caminha para oposição no estado, como já ocorreu em Aracaju nas eleições de 2020, a reaproximação entre os dois partidos é real, a partir de Lula.
No processo de desmonte do PSB sergipano, na terça-feira (13), o pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SE) julgou procedente o pedido da defesa do deputado estadual Luciano Pimentel para desfiliação do PSB. Reconheceu justa causa para o parlamentar deixar a legenda e se filiar a um outro partido sem que seja punido pela legislação eleitoral. Luciano alega perseguição da direção estadual do partido desde a campanha de 2018. No dia seguinte, o senador Valadares divulgou longo texto em suas redes sociais atacando o antigo aliado. Entre outros adjetivos, tratou o deputado como "covarde, ingrato e mentiroso".
Nas tentativas de vôo solo, o PSB sergipano virou um partido pequeno, com os Valadares e o ex-vereador Élber Batalha sem mandatos. Precisa de alianças para voltar a crescer.

Foi no segundo turno da eleição presi- dencial de 2014 e não nas eleições mu- nicipais de 2016, como relatou semana passada o artigo "Rogério e os Valadares estão conversando", que o senador Antonio Carlos Valadares (PSB) iniciou o processo de rompimento com o grupo político que encontra-se no poder desde 2006, quando Marcelo Déda (PT) foi eleito governador de Sergipe, acabando com a dobradinha João Alves Filho/Albano Franco, que se revezava no poder desde a primeira eleição direta  para os governos estaduais, em 1982, na reta final da longa ditadura.
Na eleição de 2014 o PSB lançou a candidatura a presidente de Eduardo Campos, que acabou interrompida com o trágico acidente aéreo. Marina Silva se transformou na candidata, sem êxito no primeiro turno.
Passado o primeiro turno, com a reeleição de Jackson Barreto (MDB), com o apoio do PSB, JB convocou uma reunião com os aliados num pequeno hotel da orla, no fundo do Farol, para definir a estratégia da campanha de Dilma Rousseff (PT) no segundo turno. Foi aí que veio a novidade: o senador Valadares disse que não tinha mais compromissos com o PT e que a partir daquele momento assumiria a campanha do então senador Aécio Neves (PSDB-MG), adversário de Dilma.
A decisão de Valadares surpreendeu a todos, em função da ligação histórica do PSB com o PT e a forte aliança da frente no estado. Para antigos aliados, o senador avaliava que dificilmente Dilma conseguiria a reeleição e que a vitória de Aécio, seu velho parceiro no Senado, permitiria que ele pudesse assumir cargo estratégico no governo federal e, automaticamente, passar a mandar na política sergipana.
Na reunião do hotel atrás do farol, Jackson deu um murro na mesa indignado com a posição do senador e o PSB sofreu as primeiras baixas. O vice-governador eleito Belivaldo Chagas se recusou a acompanhar o senador e disse que o seu lugar era ao lado dos aliados que haviam vencido as eleições estaduais, e participou ativamente da campanha de Dilma no segundo turno.
No primeiro turno, Dilma havia vencido a eleição em Sergipe com 41,59% dos votos contra 33,55% de Aécio. No segundo turno Dilma obteve 67,01% dos votos contra 32,99% dos votos, mostrando que o engajamento do senador Valadares não ajudou em nada na performance de Aécio.
Mas o seu compromisso com o senador tucano não era garantir a vitória no estado, mas ajudar na engrenagem do governo no Congresso Nacional, em função da sua experiência de 20 anos seguidos como senador. Valadares foi um dos inúmeros parlamentares que no dia 26 de outubro de 2014 se deslocou para São Paulo para comemorar a vitória de Aécio junto ao empresariado ligado a Fiesp. No início da noite, 1 hora depois de iniciada a apuração, uma emissora de tv chegou a anunciou a vitória do tucano, logo desmentida pela conclusão da apuração – Dilma venceu com 51,64% dos votos contra 48,36% de Aécio.
Passadas as eleições, em Sergipe o PSB voltou a se acomodar mais uma vez no bloco governista, enquanto a nível nacional o senador Valadares participava das conspirações de Aécio que culminaram com o impeachment da presidente Dilma e o caos em que o país se encontra hoje com Jair Bolsonaro.
Como havia sido o candidato do bloco governista à Prefeitura de Aracaju em 2012, derrotado por João Alves Filho, Valadares Filho continuou transitando bem entre os governistas, almejando uma nova indicação em 2016. Só que Edvaldo Nogueira, prefeito em 2012 que apoiou a sua candidatura, também pretendia voltar à disputa. Às vésperas do São João, o então governador Jackson Barreto anunciou a opção por Edvaldo, após consulta entre os líderes dos partidos aliados, com Eliane Aquino (PT) como vice.
De lá pra cá é o que se sabe: o PSB foi mesmo para a oposição, perdeu todos os cargos eletivos que tinha desde 1994 quando foi formado o bloco e Valadares se elegeu para a primeira vez para o Senado. Como o PT também caminha para oposição no estado, como já ocorreu em Aracaju nas eleições de 2020, a reaproximação entre os dois partidos é real, a partir de Lula.
No processo de desmonte do PSB sergipano, na terça-feira (13), o pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SE) julgou procedente o pedido da defesa do deputado estadual Luciano Pimentel para desfiliação do PSB. Reconheceu justa causa para o parlamentar deixar a legenda e se filiar a um outro partido sem que seja punido pela legislação eleitoral. Luciano alega perseguição da direção estadual do partido desde a campanha de 2018. No dia seguinte, o senador Valadares divulgou longo texto em suas redes sociais atacando o antigo aliado. Entre outros adjetivos, tratou o deputado como "covarde, ingrato e mentiroso".
Nas tentativas de vôo solo, o PSB sergipano virou um partido pequeno, com os Valadares e o ex-vereador Élber Batalha sem mandatos. Precisa de alianças para voltar a crescer.

Saumíneo preside conselho do BNB

O economista Saumíneo Nascimento foi eleito no último dia 13 como novo presidente do Conselho de Administração do Banco do Nordeste do Brasil (BNB). A posse foi imediata. Saumíneo é o representante do Ministério da Economia no Conselho de Administração, desde o ano passado. O economista sergipano também passa a integrar o Comitê de Risco e de Capital do Banco, segundo fato relevante divulgado por Hailton José Fortes, diretor de Relações com Investidores.

Saumíneo Nascimento é bacharel em Economia e em Direito, com especialização em Economia Empresarial e em Comércio Exterior, dentre outras especializações, mestre e doutor em Geografia e pós doutorado em Ciência da Propriedade Industrial. Foi secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado de Sergipe, presidente do Banese, diretor da Sudene e vice-presidente de Relações Institucionais da Sociedade de Educação Tiradentes S/A, cargo que ainda ocupa.

STF prorroga prazo para Sergipe prestar contas da Lei Aldir Blanc

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), deferiu liminares em favor dos Estados de Pernambuco, do Rio Grande do Sul e de Sergipe para prorrogar o prazo para prestação de contas de recursos recebidos por intermédio da Lei Aldir Blanc (14.017/2020), que dispõe sobre auxílio destinado ao setor cultural durante a pandemia de Covid-19. As decisões, proferidas nas Ações Cíveis Originárias (ACO) 3496, 3498 e 3499, seguem o entendimento da ministra em casos semelhantes e impedem a União de aplicar sanções pelo descumprimento do prazo de entrega dos relatórios (junho de 2021).

Os estados alegam a demora do governo federal em formalizar a mudança do prazo de entrega e a impossibilidade de elaborar Relatórios de Gestão exigidos enquanto os projetos estiverem sendo executados em conjunto com as entidades beneficiadas. Também ressaltam os valores expressivos que devem constar nos documentos: R$ 74,4 milhões (RS), R$ 74,2 milhões (PE) e R$ 24 milhões (SE).

Entre os argumentos acolhidos pela ministra, destaca-se a continuidade dos impactos da pandemia no contexto econômico e social de todo o país, "que faz persistir a grave situação experimentada pelos estados e profissionais da cultura". A ministra considerou, ainda, ameaça à execução das ações emergenciais previstas na Lei Aldir Blanc e os efeitos danosos que os estados podem experimentar caso negativados em cadastros restritivos e impedidos de receber repasses.

Mínimo sem aumento real

O salário mínimo em 2022 será de R$ 1.147 e não terá aumento acima da inflação, anunciou o Ministério da Economia. O reajuste consta do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2022, enviado no dia 15 ao Congresso Nacional.

Restaurantes fecham

O setor de bares e restaurantes continua sendo um dos mais atingidos no Brasil desde o início da pandemia. Em Sergipe não é diferente. Alguns empresários da área anunciaram o encerramento das atividades e outros ameaçam fechar as portas caso a situação continue com restrições severas. Depois do Coco de Sergipe, mais um tradicional restaurante da orla de Atalaia anunciou fechamento: Hamilton Santana, do Cariri, fechará as portas de seu bar e restaurante no próximo dia 20, terça-feira.

Na sexta-feira, O Renatão, tradicional restaurante e pizzaria do Conjunto Augusto Franco, anunciou que dará uma pausa em suas atividades, a partir do dia 01/05, "em virtude dos resultados provenientes dos decretos restritivos em relação a bares e restaurantes".

No comunicado divulgado, O Renatão diz esperar dos governantes a "sensibilização necessária para implantação de políticas públicas para microempresas e empresas de pequeno porte, eficazes para o gerenciamento da crise".

Acordo define comando da CPI da Covid-19

Um acordo entre parlamentares que vão compor a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia no Senado, responsável por investigar as ações do governo federal e o uso de verbas federais transferidas a estados e municípios para combater a covid-19, definiu que o colegiado será presidido por Omar Aziz (PSD-AM) e terá na vice-presidência o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do requerimento de instalação da CPI. Ao senador Renan Calheiros (MDB-AL), que era o mais cotado para ficar com o comando na comissão, caberá a relatoria do colegiado. A informação foi confirmada por Randolfe Rodrigues nesta sexta-feira (16).

Composta por 11 titulares e sete suplentes, que já foram indicados por líderes partidários, a partir de agora a comissão já pode ser instalada. Na primeira reunião, serão eleitos o presidente, o vice-presidente e o relator da CPI. Como membro mais idoso entre os titulares da comissão, o senador Otto Alencar vai comandar a instalação da CPI e a formalização da eleição do trio que vai comandar o grupo. 

Por decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), essa reunião terá que ser presencial. A data da ainda não foi definida, mas Randolfe Rodrigues diz que há disposição para seja na próxima quinta-feira (22).

Dois senadores sergipanos integram a CPI, na condição de suplentes: Rogério Carvalho (PT) e Alessandro Vieira (Cidadania).

Com agências

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