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Os dias de agonia de Edvaldo


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Publicado em 25 de março de 2017
Por Jornal Do Dia


Não é somente o governador Jackson Barreto (PMDB) que está passando por momentos de turbulência com rebelião da bancada federal, descontentamento de deputados estaduais e lideranças políticas da sua base aliada, assim como desentendimento político entre aliados, que pode respingar em 2018.

O prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB) também enfrenta problemas, só que de ordem administrativa. Com menos de três meses de administração, a sua gestão convive com greve dos médicos, CPI do Lixo na Câmara Municipal de Aracaju e agora Operação Babel.

Um começo de gestão muito difícil, para quem já tinha que administrar uma cidade suja, esburacada, escura e com graves problemas na área de saúde. Além de uma prefeitura desorganizada, falida e com um déficit de R$ 540 milhões.

Hoje a sua administração está sofrendo com o desgaste político da Operação Babel, da Polícia Civil, que está investigando contratos da Emsurb com relação à coleta do lixo domiciliar na capital sergipana nos últimos 10 anos.

O que pegou mal para a gestão de Edvaldo Nogueira foi o fato dessa operação ter sido deflagrada pouco tempo depois do contrato emergencial da Emsurb com a Torre, em um valor quase R$ 10 milhões superior ao que vinha sendo executado com a Cavo, que na gestão do prefeito João Alves Filho (DEM) passou a fazer a coleta do lixo na cidade.

Sem falar no fato de que a Operação Babel está investigando contratos do lixo desde a outra gestão de Edvaldo, que foi prefeito de Aracaju por seis anos. A polícia recolheu toda a documentação e contratos do lixo formalizados entre Emsurb e Torre e até o celular do diretor presidente da empresa, Mendonça Prado.

Esse é o assunto mais comentado nos quatro cantos da cidade, o que não deixa de ser um desgaste político para o prefeito bem no início da sua gestão.

Esse desgaste deve aumentar na próxima semana, com a possibilidade de instalação da CPI do Lixo na Câmara Municipal. Requerimento com 10 assinaturas de vereadores foi dado entrada na Casa pedindo a sua instalação.

Edvaldo Nogueira e Jackson Barreto, que são aliados de décadas, estão precisando tomar banho de sal grosso…

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Inferno astral 1

Em conversa ontem com a coluna, o governador Jackson Barreto (PMDB) garantiu que não está vivendo nenhum “inferno astral” nem vem perdendo o sono com a rebelião da bancada federal aliada de Sergipe e descontentamento de algumas lideranças políticas e deputados estaduais por espaço, conforme colocou a coluna.

 

Inferno astral 2

“Não estou angustiado, não estou vivendo um inferno astral. Nesse momento de dificuldade não tem um governo com tanta ação de presença e inauguração de obras como o nosso. Um governador que em uma semana recebeu dois ministros, inaugurou obras e foi muito bem recebido em Itabaianinha não está vivendo um inferno astral. Estou muito tranquilo”, garante JB, enfatizando que o grande problema é a oposição querendo antecipar as eleições de 2018 para “ter o que fazer e discutir”.

 

Bancada federal

Com relação a bancada federal, que na próxima semana se reúne para escolher um novo coordenador em substituição ao escolhido, o deputado federal Laércio Oliveira (SD), o governador disse que vai conversar de forma natural com cada um. “Hoje conversei com Fábio Reis (PMDB), em solenidade no presídio em Areia Branca com o ministro do PMDB. Na próxima segunda-feira vou conversar com Fábio Mitidieri”, afirmou.

 

Com Mitidieri

Jackson revelou que conversou ontem rapidamente com Fábio Mitidieri e está tudo em paz. “Já foi resolvido a questão do espaço da Secretaria de Esporte. Como governador só não vou carregar móvel nem fazer mudança. Isso cabe a Casa Civil”, ironizou.

 

Sobre Laércio 1

Com relação a uma candidatura de Laércio Oliveira ao Senado em 2018 e os espaços que está tendo no governo, que é uma queixa da bancada federal aliada, Jackson garante que nas conversas que teve com o deputado para aderir ao governo em nenhum momento se discutiu e ficou acordado que ele viria para o agrupamento para ser candidato a senador. “O momento é quem vai dizer. Não adianta dizer que vai ser candidato a ou b”, frisou.

 

Sobre Laércio 2

Sobre os espaços pleiteados por Laércio no governo, JB disse que não tem nada anormal. “Se ele tem a Sedetec, é natural que queira os órgãos que tenham ligação com a secretaria, como acontecia na gestão anterior”, afirmou. O governador se referiu ao ITPS e Fapitec, que são pleiteados pelo SD.

 

Sobre Laércio 3

De JB sobre o fato de ter trazido Laércio Oliveira para sua base aliada: “Quando um grupo sai tem de procurar outro. Na política não podem ser aplicadas as operações de diminuir nem dividir, mas de somar e multiplicar. Bastante comum”, declarou, querendo se referir à saída do seu agrupamento político do PSB, do senador Antônio Carlos Valadares.

 

Sobre os Reis 1

O governador declarou que agiu de boa fé ao convidar os Reis para comandar a Fundação Hospitalar de Saúde (FHS). “Não conhecia o processo da forma como Almeida [o secretário da Saúde, Almeida Lima] levou, relacionada às determinações do Ministério Público Estadual e Ministério Público Federal. Não sabia os termos do acordo e questões do MP. Sabia de um problema, que estava sendo resolvido”.

 

Sobre os Reis 2

Prosseguiu: “A nota lançada na imprensa por Rosman [diretor presidente da FHS] envenenou o ambiente. O MPF entrou, de forma dura, já chateado com a fundação que não cumpria as determinações estabelecidas. Piorou tudo. Criou mais dificuldades para Rosman. Ficou inviável ele continuar na fundação. Que culpa tenho nessa história?”, questionou.

 

Sobre os Reis 3

Revelou que ligou na quinta-feira para a deputada estadual Goretti Reis (PMDB) para uma conversa e ontem, no evento do presídio em Areia Branca, conversou com Fábio Reis. “Até essa segunda-feira vou marcar para conversar com Jerônimo [Reis] para discutirmos outro espaço no governo. Gosto muito de Jerônimo, somos amigos há anos. Fábio e Sérgio [ex-deputado federal Sérgio Reis] me ajudam muito em Brasília. Não usei de má fé e deslealdade. Sempre jogo limpo com amigos e companheiros. Não sou desleal”, deixou claro.

 

Pede demissão

O diretor presidente da Fundação Hospitalar de Saúde, Rosman Pereira, protocola nessa segunda-feira de manhã o seu pedido de demissão, mediante determinação do Ministério Público Federal tirando toda a autonomia da FHS e passando para a Secretaria de Estado da Saúde. Ficou menos de 15 dias no cargo.

 

Justificativa de Almeida 1

Em conversa ontem com a coluna o secretário Almeida Lima (Saúde) falou sobre nota publicada com relação ao fato de ter recebido na quinta-feira, em audiência, o prefeito Valmir Monteiro (PSC), sua vice e o deputado estadual Gustinho Ribeiro (PRB), enquanto não tratou muito bem a deputada estadual Goretti Reis, que é aliada do governador e adversária dos conterrâneos. “Fui deputado federal e senador. Quem passa muito tempo no parlamento entende melhor o lado de quem é parlamentar, tem de ser generoso no atendimento, no afago da classe política. As vezes tem secretários que não recebe”, afirmou.

 

Justificativa de Almeida 2

Explicou que Gustinho foi com o prefeito de Lagarto discutir a questão dos servidores da FHS que estão cedidos a prefeitura com ônus para a fundação e que terão que ser devolvidos para a FHS. “São 775 servidores cedidos às prefeituras, com o município de Aracaju tendo mais de 300. Os prefeitos que quiserem manter esses servidores terão que pagar seus salários. Com Valmir discutimos os servidores que vão ficar e os que serão devolvidos”, afirmou.

 

Justificativa de Almeida 3

De Almeida, ao ser questionado sobre o tratamento diferenciado a Valmir Monteiro com relação ao dispensado na semana passada a Goretti Reis: “A minha calma não é mais a daquela pessoa de 20 anos, 15 anos atrás. Depois que passei pelo Senado e Câmara Federal mudei meu comportamento. Tratei com mãos de veludo os dois. O conteúdo do assunto tratado com Goretti foi que não agradou”.

 

Justificativa de Almeida 4

Ressaltou ainda o secretário: “O Ministério Público Federal fez recomendação, que foi pior que o soneto por conta da nota publicada na imprensa e o esperneio deles. Referendou tudo e impôs mais coisas. Não faria e não farei nada em descumprimento à determinação do governador. Cumpro determinação do governador no que diz respeito à saúde e todos os interesses envolvidos”.

 

Veja essa…

Do deputado estadual afastado Augusto Bezerra (DEM) após participar ontem da oitiva de 10 réus envolvidos no escândalo das verbas de subvenção da Assembleia Legislativa, na 8ª Vara Criminal de Justiça: “Será que só vão ser investigados Augusto Bezerra e Paulino da Varzinhas no caso da subvenção? Essa é a pergunta que não quer calar”.

 

CURTAS

O prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB) disse ontem que está acompanhando o problema do lixo de perto e aguarda decisão da Justiça para que “Aracaju volte a ter qualidade de limpeza”.

 

O líder do governo no Congresso Nacional, deputado André Moura (PSC), emplacou o novo presidente da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (DataPrev). Indicou para o posto André Leandro Guimarães, que já foi nomeado na última quinta-feira pelo presidente Michel Temer.

 

O Portal G1 publicou esta semana que André tem sido ouvido cada vez mais pelo presidente Michel Temer. E que a sugestão inicial para o governo retirar servidores estaduais da proposta de reforma da Previdência foi do líder.

 

Do senador Eduardo Amorim (PSC) sobre a Reforma da Previdência proposta pelo Governo Temer: “Sou aliado, mas estou alinhando com o povo. É preciso que se discuta de forma ampla a reforma da Previdência. Este não é o momento para uma votação. E eu assinei a CPI da Previdência para uma investigação completa”.

 

De Amorim sobre o Projeto de Lei da Terceirização que foi aprovado na Câmara dos Deputados: “Sou contra. Não vejo com bons olhos a aprovação deste projeto. Acredito que os trabalhadores terão grandes prejuízos”.  

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