Sexta, 07 De Fevereiro De 2025
       
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Os ossos do ofício


Publicado em 10 de agosto de 2022
Por Jornal Do Dia Se


Rian Santos
riancalangodoido@yahoo.com.br

O amigo Fabio Rogério tomou um susto, não esperava ouvir o álbum de Marina Sena em meu carro. A tal altura, entretanto, a voz enjoada da pernambucana embalava todas as minhas viagens, eu confesso. A batida contagiante me botava em transe, em pleno trânsito.
Vira e mexe, alguém faz questão de lembrar o juízo pouco que faz de minha pessoa. Sou tomado pelo mais arrogante e casmurro entre os diletantes da música realizada na aldeia, uma injustiça sem tamanho. Há controvérsia, eu argumento. Se não tenho compromisso com o sucesso comercial, os números do Instagram, as panelinhas rasas da cena local, tampouco me esbaldo na cuia rachada do escândalo.
Conheço os ossos de meu ofício. Isso de separar o joio e o trigo, arriscar uma opinião sincera, resvala sempre na incompreensão de eventuais ofendidos. Há quem engula seco e mantenha a pose, quem faça das tripas coração, a fim de estabelecer um diálogo mais ou menos proveitoso com a crítica e o crítico. Mais das vezes, entretanto, os defenestrados mostram as suas armas, reagem como inimigos.
Quando gosto, gosto. Se desgosto, procuro esmiuçar as razões da insatisfação, sempre cônscio de expressar um ponto de vista estritamente individual. Escrevo quase sempre em primeira pessoa, afinal, alheio ao imperativo de objetividade consagrado na maioria das redações. Nem assim, contudo, sou poupado pelos detratores. Estes almejam a unanimidade, ainda que falsa e burra, paciência.
Leio em coluna do Estadão, Marina Sena deve comemorar o primeiro aniversário de seu álbum de estreia, batizado sugestivamente ‘De primeira’, com o lançamento de uma versão unplugged. O amigo Fabio Rogério esteja ciente.

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