Ousadia ainda dá frutos.(Arquivo)
Para sempre
Publicado em 19 de dezembro de 2023
Por Jornal Do Dia Se
Rian Santos
riansantos@jornaldodiase.com.br
Amaral Cavalcante, autor de crônicas memoráveis, foi ele próprio um personagem inesquecível. Jornalista avesso ao feijão com arroz das redações, poeta indisposto à métrica rigorosa de versos arcaicos, ele criou duas das publicações mais bem quistas da aldeia. E, assim como elas, será lembrado para sempre.
A Folha da Praia, um jornal alternativo, fez-se o porta voz de uma geração sequiosa de liberdades. O rebelde ditou moda, renovou a linguagem jornalística adotada na província,foi o primeiro veículo sergipano na crista da marolinha de recém adquiridas garantias democráticas.
A revista Cumbuca, mais recente, usou e abusou de traços, cores, promoveu uma pequena revolução gráfica. Artistas, designers, grafiteiros e até pixadores colaboraram com a publicação ,dando contornos notáveis à ambição de modernidade do editor Amaral, fizeram emergiro seu propósito à flor da vista.
Em um e outro caso, Amaral teve de se equilibrar na corda bamba de interesses editoriais diversos. A maior ofensa que alguém poderia lhe dirigir, entretanto, era a de realizar um jornalismo chapa branca.
De fato, antes de subverter o interesse público em matérias edulcoradas, ele foi um semeador de ousadias editoriais, como demonstra oportuna homenagem no número inaugural da Revista Caçuá Cultural – um arauto da imaginação pronunciada em letra de imprensa.
Lançamento da Revista Caçuá Cultural:
Quinta-feira, 10 horas, na sede da Imprensa Oficial de Sergipe.