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Paz entre nós, guerra aos senhores


Publicado em 13 de fevereiro de 2025
Por Jornal Do Dia Se


* Rômulo Rodrigues

 

O Partido dos trabalhadores acaba de completar 45 anos de lutas renhidas como garantidor de que não vai ter anistia e golpe nunca mais, assim diz sua história.
Meses antes da fundação, no dia 1º de maio de 1979, ele nasceu em uma plenária no Estádio de Vila Euclides em São Bernardo dos Campos pela vontade de dezenas de milhares de trabalhadores e trabalhadoras que fertilizaram o solo dos chãos das fábricas até o grande dia da plenária de fundação no Colégio Sion na capital paulista em 10 de fevereiro de 1980.
Até os dias atuais, este partido tem sido alvos de ataques covardes e permanentes da classe dominante, que tem muitos aliados na classe dominada, e não aceita, de jeito nenhum, que a classe trabalhadora tenha rompido com o papel destinado a ela de ser subalterna para apenas votar e bater palmas, tendo fundado um partido político para afirmar que, quem gera riquezas, tem o direito de disputar o poder.
Pesquisando fica-se sabendo que muita gente que lutava nas mesmas trincheiras por consignas econômicas e liberdades de organização e falação, ficou pelo caminho quando viu e sentiu a força do vulcão que vinha das entranhas da exploração no chão das fábricas e logo aderiu ao discurso da burguesia e passou a dizer que ali tinha o dedo do general Golbery do Couto e Silva.
Na primeira grande disputa, ainda na ditadura militar, pelo governo de São Paulo quando o PT apresentou o nome do sindicalista Lula, as mesmas vozes bradaram que era uma candidatura para desestabilizar a do moderado Franco Montoro e que o papel do PT era se colocar no ventre do grande partido de oposição em apoio a seu candidato.
A história mostrou que estavam enganados e que, dos partidos que romperam com cerco das oligarquias, o partido da estrela e do nº 13, é o que segue firme e forte na construção de uma verdadeira República, democrática, participativa e popular rumo ao topo das grandes nações, destacando-se como o único capaz de ter um candidato competitivo para a eleição de 2026.
Neste ano de 2025, quarenta e cinco anos depois a realidade mostra que do bipartidarismo da ditadura militar o MDB sobrevive e a Arena espedaçou-se em várias siglas de aluguel, após a tentativa de um pedaço da oposição criar um partido derivado da Social Democracia europeia, o PSDB, que agoniza a espera de um balão de Oxigênio.
Então, a conclusão óbvia é de que quem dá estabilidade democrática em todo o período pós-ditadura militar é o Partido dos Trabalhadores, cujo mérito de fazer a sociedade conhecer o que Law é Fare é todo seu.
Querem saber por quê? Por que nos momentos mais desfavoráveis das conjunturas, dava para ouvir o sussurro do poeta Gonçalves Dias a nos empurrar para frente: “Não chore meu filho, não chore que a vida, é luta renhida e viver é lutar. A vida é combate, que aos fracos abate e aos bravos e aos fortes, só faz exaltar”.
É seguindo à risca o que disse o poeta que o PT é único como partido da classe trabalhadora cada dia mais vivo e mais forte, com resistência e resiliência apesar dos Joaquim Barbosa, dos Sergio Moro, dos Deltan Dallagnol, daqueles do TRF-4, e do Partido Midiático.
O grito que cada militante escuta desde sempre é aquele ecoado na plenária de fundação em 10 de fevereiro de 1980: partido, partido é dos trabalhadores e das trabalhadoras.
Naquele momento foi registrado o maior amalgama de ideias na história moderna porque, amalgamar é seguir em frente a cada batalha e, no momento, estamos diante de mais uma, o PED, ferramenta de construção e consolidação que só este partido tem e, por isso, é único.
Porém, num início de ano com muita tensão e incertezas quanto ao caráter do deputado Hugo Mota, o escorpião da fábula, o PT tem o trunfo infalível que é fazer um processo de renovação de todos os seus diretórios, em todo o país, ao mesmo tempo e sair com muito mais vigor para enfrentar os inimigos internos.
Mas, se são as diferentes análises de conjuntura que possibilitam que as divergências aflorem e vão para o palco do debate e isso é seu alimento, há momentos e lugares onde se faz necessário olhar para cima do palco das disputas, se isso for combustível para as forças inimigas e usar de uma tática só sua que já provou ser muito eficaz; a do nosso, e só nosso, método de fazer pajelança, com a melhor e mais histórica palavra de ordem tirada do hino que impulsiona as grandes marchas da classe trabalhadora: “PAZ ENTRE NÓS, GUERRA AOS SENHORES”.

 

* Rômulo Rodrigues, sindicalista aposentado, é militante político

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