Quinta, 16 De Janeiro De 2025
       
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Pazuello teme


Publicado em 05 de maio de 2021
Por Jornal Do Dia


 

Segundo um adágio popular, quem não deve não 
teme. O general Eduardo Pazuello, por exem
plo, sempre fez pose de macho alfa, desses que se recusam a usar máscaras de proteção e participam de tudo quanto é aglomeração com a cara lisa e o peito aberto, bem ao estilo do presidente Jair Bolsonaro. Bastou uma convocação para prestar esclarecimentos na CPI instaurada pelo Senado, contudo, para o ex-ministro alegar preocupação com a propagação do vírus. Ele teria entrado em contato com pessoas com sintomas de Covid-19. Não seria possível, portanto, submeter-se aos senadores de corpo presente.
Se a mudança de comportamento de Pazuello é motivada por estratégia, no entanto, o general deu com os burros n’água. O senador Renan Calheiros aplaudiu a prudência do ex-ministro e já avisou que a Comissão pode esperar.
Pazuello ganhou tempo. Ainda que tivesse todo o tempo do mundo a sua disposição, contudo, ele não seria capaz de oferecer uma explicação razoável para o negacionismo aboletado no primeiro escalão da República. Em sua breve gestão, o Ministério da Saúde se opôs ao uso de máscaras e ao distanciamento social. Mais incompreensível ainda: o governo federal insistiu em um controverso tratamento precoce contra o Covid-19. Mesmo sabendo que, por enquanto, para este mal, remédio não há.
Pazuello tem muito a explicar. Pode não ser hoje, nem amanhã. Mas o general não vai poder fazer corpo mole a vida inteira. As perguntas estão postas, conhecidas por todos. Haverá resposta para tamanho absurdo? 
A brava gente brasileira aguarda os próximos capítulos.

Segundo um adágio popular, quem não deve não  teme. O general Eduardo Pazuello, por exem plo, sempre fez pose de macho alfa, desses que se recusam a usar máscaras de proteção e participam de tudo quanto é aglomeração com a cara lisa e o peito aberto, bem ao estilo do presidente Jair Bolsonaro. Bastou uma convocação para prestar esclarecimentos na CPI instaurada pelo Senado, contudo, para o ex-ministro alegar preocupação com a propagação do vírus. Ele teria entrado em contato com pessoas com sintomas de Covid-19. Não seria possível, portanto, submeter-se aos senadores de corpo presente.
Se a mudança de comportamento de Pazuello é motivada por estratégia, no entanto, o general deu com os burros n’água. O senador Renan Calheiros aplaudiu a prudência do ex-ministro e já avisou que a Comissão pode esperar.
Pazuello ganhou tempo. Ainda que tivesse todo o tempo do mundo a sua disposição, contudo, ele não seria capaz de oferecer uma explicação razoável para o negacionismo aboletado no primeiro escalão da República. Em sua breve gestão, o Ministério da Saúde se opôs ao uso de máscaras e ao distanciamento social. Mais incompreensível ainda: o governo federal insistiu em um controverso tratamento precoce contra o Covid-19. Mesmo sabendo que, por enquanto, para este mal, remédio não há.
Pazuello tem muito a explicar. Pode não ser hoje, nem amanhã. Mas o general não vai poder fazer corpo mole a vida inteira. As perguntas estão postas, conhecidas por todos. Haverá resposta para tamanho absurdo? 
A brava gente brasileira aguarda os próximos capítulos.

 

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