Pedras no caminho
Publicado em 07 de outubro de 2021
Por Jornal Do Dia
Os 15 milhões de trabalhadores desemprega dos no Brasil, o desalento e a informalidade crescente, encarnam a face mais cruel da crise que deprime a economia nacional. A crise possui também uma dimensão social muito pungente. Na outra ponta, contudo, empregadores fazem das tripas coração para manter as portas abertas. No fim das contas, todos perdem.
Em Sergipe não é diferente. O estado concentra o maior número de perdas contabilizadas na ponta do lápis. De acordo com o Sebrae, 83% dos pequenos empresários que mantém negócios aqui perderam receita desde o início da pandemia ainda em curso.
Para todos os efeitos, o pior já passou. A retomada da atividade econômica, contudo, ainda não foi suficiente para compensar o prejuízo. O faturamento mensal permanece inferior ao registrado no caixa antes de a pandemia fechar quase tudo.
Economia criativa, turismo, artesanato e beleza foram feridos de morte pelo Covid-19. Com o avanço da imunização e o acerto das medidas de contenção do contágio, um remédio amargo, já há sinais de melhora, com reflexo positivo no mercado de trabalho. Mas a economia ainda respira com a ajuda de aparelhos.
Hoje, qualquer declaração de otimismo e entusiasmo com o futuro resvala em ausência de sensibilidade com trabalhadores e empresários que carregam o País nas costas. Sergipe e o Brasil hão de sair do buraco. Até lá, no entanto, terão de vencer toda sorte de percalços, as pedras no caminho.