Quarta, 02 De Abril De 2025
       
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Perspectivas Econômicas e Populacionais


Publicado em 22 de fevereiro de 2025
Por Jornal Do Dia Se


De acordo com estudos do Fundo Monetário Internacional (FMI), o crescimento global é projetado em 3,3% tanto em 2025 quanto em 2026, abaixo da média histórica (2000-19) de 3,7%. A previsão para 2025 apresentada pelo FMI em janeiro deste ano é praticamente inalterada em relação à do World Economic Outlook (WEO) de outubro de 2024, principalmente por conta de uma revisão para cima nos Estados Unidos compensando revisões para baixo em outras grandes economias.
O FMI projeta que a inflação global deve cair para 4,2% em 2025 e para 3,5% em 2026, convergindo de volta à meta mais cedo em economias avançadas do que em mercados emergentes e economias em desenvolvimento.
A entidade também aponta que riscos de médio prazo para a linha de base são inclinados para o lado negativo, enquanto a perspectiva de curto prazo é caracterizada por riscos divergentes. Riscos de alta podem elevar o crescimento já robusto nos Estados Unidos no curto prazo, enquanto riscos em outros países estão no lado negativo em meio à elevada incerteza política. Interrupções geradas por políticas no processo de desinflação em andamento podem interromper o pivô para flexibilização da política monetária, com implicações para a sustentabilidade fiscal e estabilidade financeira.
Para o FMI gerenciar esses riscos requer um foco político aguçado no equilíbrio de compensações entre inflação e atividade real, reconstruindo amortecedores e elevando as perspectivas de crescimento de médio prazo por meio de reformas estruturais intensificadas, bem como regras multilaterais mais fortes e cooperação.
Sobre o Brasil, o FMI projeta um crescimento do PIB de 2,2% em 2025 e em 2026.
Analisando as informações de uma outra importante entidade internacional e que avalia constantemente o comércio entre os países, a Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (UNCTAD), apresentaremos informações importantes da demografia mundial que interferem na economia mundial, os principais pontos apresentados recentemente pela entidade são:
– Cinco em cada seis pessoas (83%) viviam em uma economia em desenvolvimento, uma proporção que pode chegar a 86% até 2050;
– A África liderou o crescimento populacional global recente com 2,3%, aumentando sua participação global para 18,7%. A Ásia continua sendo a região mais populosa (59,5%), enquanto a participação da Europa caiu para 9,5%;
– A urbanização acelerou, com 57,3% da população mundial vivendo em áreas urbanas. As taxas de urbanização são geralmente mais altas nas economias desenvolvidas (79,9%) do que nas economias em desenvolvimento (52,8%). Nos países menos desenvolvidos, apenas 36,4% das pessoas vivem em áreas urbanas;
– As taxas de dependência variaram. Globalmente, para cada 100 pessoas em idade ativa, havia 54 pessoas dependentes. África teve a maior taxa de dependência infantil (69%), enquanto as economias de alta renda tiveram a menor (45%), impulsionada principalmente pela dependência de pessoas mais velhas;
– A população mundial cresceu 0,9% em 2023, enquanto o crescimento deve cair pela metade até 2050. Desde o final da década de 1980, o crescimento populacional tem desacelerado gradualmente. Essa desaceleração foi especialmente acentuada durante a pandemia da COVID-19 em 2020. Neste cenário, a UNCTAD projeta que em 2037 a população mundial ultrapasse a marca de 9 bilhões de pessoas.
Estas informações são relevantes, pois segundo a UNCTAD, a dinâmica populacional e o crescimento inclusivo são fatores essenciais para determinar o bem-estar social e econômico das economias. Entender como as tendências demográficas se cruzam com as políticas que visam promover a inclusão fornece insights valiosos sobre o potencial de desenvolvimento de uma economia.
No quesito crescimento econômico, a UNCTAD expõe que após a crise causada pela COBID-19 em 2020-2021 e a recuperação subsequente, o crescimento da economia global tem girado em torno de 3%. Ele foi de 3,1% em 2022, 2,7% em 2023 e 2,8% em 2024.
No entanto, quando cruzamos os dados demográficos com os dados de crescimento econômico por região, verificamos que as economias crescem mais em regiões com características populacionais distintas, em termos quantitativos e ampliando a desigualdade econômica mundial.
A UNCTAD aponta que o crescimento econômico continua sendo desigual; no ano de 2023, por exemplo, o crescimento do produto interno bruto nas economias desenvolvidas desacelerou para 1,7%, abaixo dos 2,4% em 2022, enquanto o crescimento das economias em desenvolvimento permaneceu quase estável em 4,1%. O crescimento econômico na África em desenvolvimento enfraqueceu para 2,7% em 2023 e 3,5% em 2022. Nas Américas em Desenvolvimento, o crescimento também desacelerou para 2,2% em 2023, após 4% em 2022. Enquanto isso, o crescimento econômico na Ásia e Oceania em desenvolvimento aumentou de 4,1% para 4,6% no mesmo período. O crescimento nos países menos desenvolvidos foi de 3,4% em 2023, permanecendo bem abaixo da meta de 7% definida pela Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Sua taxa de crescimento per capita foi de 1,0%.
Vê-se, portanto, que é desafiante caminharmos para um mundo equilibrado com riqueza e população em sintonia e com países que se cooperem mais.

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