Segunda, 06 De Janeiro De 2025
       
**PUBLICIDADE


Perspectivas Econômicas Mundiais para 2025


Publicado em 28 de dezembro de 2024
Por Jornal Do Dia Se


Abordarei neste artigo cenários da economia mundial para o ano de 2025, tendo como referência o Relatório de Inflação do Banco Central do Brasil (Bacen), referente ao quarto trimestre de 2024 e informações de organizações internacionais.
De acordo com referido relatório do Banco Central do Brasil, o ambiente externo permanece desafiador, em função, principalmente, da conjuntura econômica nos Estados Unidos, o que na opinião do Bacen suscita maiores dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Fed (O Banco Central dos Estados Unidos). Ainda consta no referido relatório que os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho.
No relatório consta uma opinião do Comitê de Política Monetária do Bacen, avaliando que o cenário externo segue exigindo cautela por parte de países emergentes.
Assim, as expectativas de taxas básicas de juros no final de 2025 nas principais economias emergentes estão, em geral, menores que as atuais. Grande parte dos bancos centrais das economias avançadas continua diminuindo o grau restritivo da política monetária.
Na questão produtiva, os preços de commodities energéticas apresentaram variação positiva no trimestre, com leve elevação do petróleo e forte alta do gás natural. Ao comentar sobre as commodities refiro-me aos seguintes produtos (energéticos e agrícolas): açúcar, algodão, alumínio, arroz, boi gordo, cacau, carvão, chumbo, cobre brent, estanho, gás natural, milho, minério de ferro, níquel, óleo de soja, ouro, porco, prata, petróleo brent, suco de laranja, trigo e zinco.
Com a fonte Fundo Monetário Internacional (FMI), a expectativa para 2025 é que o crescimento global permaneça estável, mas decepcionante. O FMI aponta que em mercados emergentes e economias em desenvolvimento, interrupções na produção e transporte de commodities, especialmente petróleo, conflitos, agitação civil e eventos climáticos extremos sinalizam crescimentos menores para o Oriente Médio e Ásia Central e para a África Subsaariana.
Já com relação a Ásia emergente, onde a crescente demanda por semicondutores e eletrônicos, impulsionada por investimentos significativos em inteligência artificial, impulsionou o crescimento, uma tendência apoiada por investimentos públicos substanciais na China e na Índia irão ajuda para que daqui a cinco anos, o crescimento global consiga alcançar 3,1%, um desempenho medíocre em comparação com a média pré-pandemia da Covid-19.
Na visão da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (UNCTAD), o comércio mundial está a caminho de atingir o recorde de US$ 33 trilhões em 2024, mas os riscos de crescentes tensões comerciais e os desafios geopolíticos contínuos geram incerteza sobre as perspectivas para 2025.
A UNCTAD pede que as economias em desenvolvimento adotem políticas específicas que melhorem a diversificação do comércio e invistam em setores de alto valor para mitigar riscos. A organização ressalta que o comércio é uma pedra angular do desenvolvimento sustentável. Para capitalizar as oportunidades em 2025, as economias em desenvolvimento exigem suporte coordenado para navegar na incerteza, reduzir dependências e fortalecer os vínculos do mercado global.
A sinalização da UNCTAD é a de que as perspectivas para 2025 são obscurecidas por possíveis mudanças na política dos Estados Unidos, incluindo tarifas mais amplas que podem interromper as cadeias de valor globais e impactar os principais parceiros comerciais. Tais medidas correm o risco de desencadear retaliações e efeitos cascata, afetando indústrias e economias ao longo de cadeias de suprimentos inteiras. Até mesmo a mera ameaça de tarifas cria imprevisibilidade, enfraquecendo o comércio, o investimento e o crescimento econômico.
A entidade sinaliza que os países mais expostos a mudanças na política comercial dos Estados Unidos são provavelmente aqueles com grandes superávits comerciais e com o país e barreiras tarifárias mais altas, a exemplo de Canadá, China, Coréia do Sul, Japão, México, União Europeia e Vietnã, mesmo que tais países tenham tarifas relativamente mais baixas sobre importações dos Estados Unidos ou de ter estabelecido acordos comerciais com o país. Destaca-se ainda, a trajetória do dólar americano e as mudanças na política macroeconômica dos Estados Unidos que aumentam as preocupações com o comércio global.
De acordo com a consultoria PWC, continuaremos a testemunhar em 2025, a diminuição constante do uso de dinheiros e em paralelo a implantação de moedas digitais de bancos centrais e os modelos tradicionais de negócios bancários continuaram o seu processo de mudança, sem perder o alicerce do relacionamento com os clientes, mas de forma cada vez mais digital.
Pelo que apresentei de algumas fontes sobre o cenário para 2025, algo que quero destacar é que todos devem ficar atentos é sobre o que irá acontecer com os Estados Unidos, a maior economia do mundo que tomará em 2025 uma guinada protecionista brusca, o que afetará fortemente as relações comerciais entre os países. Também devemos ficar atentos sobre o desenrolar dos atuais conflitos que atravessaram o ano de 2024 e continuaram em 2025, como as Guerras entre a Rússia e a Ucrânia e no Oriente Médio, envolvendo Israel, Faixa de Gaza, as mudanças políticas na Síria e outras possíveis tensões na Ásia e conflitos intermitentes em alguns países africanos e falta de liderança forte nos países europeus. A inteligência artificial que evoluiu rapidamente em 2024 continuará e ampliará a sua consolidação em 2025, mudando bastante o mundo que teremos a descobrir em 2025.
**PUBLICIDADE



Capa do dia
Capa do dia



**PUBLICIDADE


**PUBLICIDADE