As armadilhas foram queimadas no local da apreensão (Divulgação/PF)
PF e Ibama apreendem 1.000 armadilhas ilegais no Rio São Francisco
Publicado em 01 de março de 2025
Por Jornal Do Dia Se
Milton Alves Júnior
Um trabalho em conjunto desenvolvido entre profissionais da Polícia Federal e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), resultou na apreensão de 1.000 armadilhas ilegais criadas por pescadores no Rio São Francisco. Denominada ‘Operação Carrancas’, a ação aconteceu entre a última segunda-feira (24), e a tarde desta sexta-feira (28), com foco central no combate a crimes ambientais, especialmente a pesca ilegal durante o período de defeso. Com a finalidade de evitar que os covos fossem gradativamente recolocados de forma ilegal, todas foram apreendidos e destruídos pelos agentes federais.
Conforme destacado por ambientalistas, estas armadilhas costumam ser usadas com a finalidade de capturar pitu; em segundo plano estas estruturas resultam ainda na retenção de espécies como traíra, tilápia, tucunaré e siri, comprometendo – desta forma, a biodiversidade do rio. No decorrer dos cinco dias de intervenção fiscalizatória cerca de 5.000 pitus foram resgatados ainda com vida e devolvidos ao habitat natural. A contabilidade é feita pela média de tamanho e peso. O resultado representativo contribuiu para que a Superintendência Regional da Polícia Federal e do Ibama decidissem em conjunto em manter fiscalizações paliativas ao longo do rio como forma de minimizar o retorno da pesca ilegal.
De acordo com o Ibama, a multa é de R$ 5 mil por cada pitú pescado. Se, além da pesca, for constatado o comércio ilegal, o valor sobre para R$ 10 mil. Além da multa, quem for flagrado descumprindo o defeso responde a processo de crime ambiental, que pode resultar em até 5 anos de prisão. O JORNAL DO DIA tem destacado que o período de defeso em Sergipe aconteceu entre o dia 1º de novembro do ano passado até a noite de ontem, 28 de fevereiro, proibindo a pesca de algumas espécies para garantir a reprodução e sustentabilidade dos estoques pesqueiros. O JD ressalta ainda que o pitu (Macrobrachium carcinus) segue com captura e comercialização proibidas por tempo indeterminado devido ao risco de extinção.