Terça, 21 De Janeiro De 2025
       
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Plano para novas plataformas em Sergipe é mantido pela Petrobrás


Publicado em 29 de julho de 2023
Por Jornal Do Dia Se


O Anuário de Petróleo 2023, elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) com base no Plano Estratégico para 2023-2027 da Petrobras, divulgado na quarta-
feira (26), confirma que no período de 2023 a 2028, entrarão em operação no país 23 novas unidades estacionárias de produção (UEPs), que são as plataformas de produção de petróleo e gás. Desse total, 19 UEPs ficarão no estado do Rio de Janeiro, uma em São Paulo, uma no Espirito Santo e duas em Sergipe.
As 23 plataformas de produção responderão pela geração de cerca de 21 mil novos postos de trabalho, sendo 6,9 mil diretos, nas plataformas, e 13,8 mil indiretos, nos diversos segmentos da cadeia produtiva, que envolvem, entre outras atividades, apoio marítimo, manutenção e reparo, escoamento da produção, reposição de equipamentos e peças, operações portuárias e bases de apoio, e transporte de passageiros. Centenas desses empregos serão criados no estado.
Depois de suspender toda a produção, vender campos, transferir empregados e fechar a sua sede, a Petrobras voltou a ser a grande perspectiva de desenvolvimento do estado de Sergipe, ao menos nos próximos anos. Esse anúncio de investimentos vultosos no estado vem desde 2020, mas a execução dos projetos sempre é adiada para o ano seguinte. A previsão agora é que isso aconteça a partir de 2025.
Em outubro de 2020, a Petrobras colocou à venda a totalidade de suas participações no Polo Carmópolis, que inclui 11 concessões de campos terrestres localizados em Sergipe. São 3 mil poços de petróleo em produção, 17 estações de tratamento de óleo, uma estação de gás em Carmópolis, aproximadamente 350 km de gasodutos e oleodutos, o Terminal Aquaviário de Aracaju (Tecarmo), o oleoduto Bonsucesso-Atalaia, uma unidade de processamento de gás natural e uma estação de processamento de óleo.
Em janeiro deste ano, a aquisição do Polo Carmópolis pela Carmo Energy (Grupo Cobra), através do processo de desinvestimento da Petrobras, foi aprovada sem restrições pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O grupo espanhol já está contratando pessoal para a retomada da produção ainda este ano.
Com volume original de 1,76 bilhão de barris de óleo, o Polo Carmópolis detém o maior campo terrestre do Brasil, sendo também o mais antigo de Sergipe. O início de sua produção data de 1963.
O polo é composto pelos campos Carmópolis, Aguilhada, Angelim, Aruari, Atalaia Sul, Brejo Grande, Castanhal, Ilha Pequena, Mato Grosso, Riachuelo e Siririzinho. Entre janeiro e novembro de 2021, a produção média dos 11 campos foi de 7,6 mil barris de óleo/dia e 43 mil m³ de gás/dia.
Além das concessões dos 11 campos terrestres, o polo contempla acesso à infraestrutura de processamento, escoamento, armazenamento e transporte de petróleo e gás natural. O ativo integra ainda o Polo Atalaia, no qual está contido o Terminal Aquaviário de Aracaju (Tecarmo) e o oleoduto Bonsucesso-Atalaia, que escoa a produção de óleo de Carmópolis até o Tecarmo. Em primeiro de abril de 2020, a Petrobras paralisou a produção nas plataformas de exploração de petróleo e gás natural em águas rasas no estado de Sergipe, desativou a sua sede em Aracaju e fechou o Tecarmo, terminal de processamento montado há mais de 40 anos na Atalaia que recebia todo o petróleo e gás extraído das plataformas, e era responsável pela distribuição de gás de cozinha para municípios de Sergipe, Alagoas e Pernambuco.
Em Sergipe, a companhia ainda tem 27 plataformas marítimas de óleo e gás, sendo 26 em águas rasas, todas desativadas. O principal é o Campo de Guaricema, descoberto em 1968 e que foi a primeira exploração feita pela Petrobras no mar. Atualmente, Guaricema tem oito plataformas. As outras se estendem no litoral sergipano, pelos campos de Caioba (três), Camorim (10), Dourado (três), e Robalo (um).
O grupo Carmo Energy não é o único a fazer investimentos vultosos no estado na área de petróleo e gás. A Eneva possui uma unidade localizada na Barra dos Coqueiros, que conta com uma usina movida a gás natural que gera energia por meio de um ciclo combinado de gás e vapor.
Em audiência na quinta-feira (27) com o governador Fábio Mitidieri, o diretor de Relações Externas da Eneva, Damian Pololo, destacou que a aquisição recente da usina Celse, na Barra dos Coqueiros, representa um ativo de grande importância para Sergipe e para o Brasil. Segundo ele, a filosofia por trás desse investimento vai além de uma simples termoelétrica, buscando desenvolver um novo conceito de Hub de gás. A ideia é aproveitar as vantagens naturais do estado para impulsionar mais negócios e estimular o desenvolvimento, indo além do conceito tradicional de termoelétrica.
Petrobras, Eneva, Carmo Energy e outras pequenas médias empresas de exploração de petróleo e gás trazem novas perspectivas para o desenvolvimento do estado de Sergipe.

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