Ao lado de secretários, Edvaldo assina termo de compromisso para a compra de vacinas do Instituto Butantã
PMA faz carta para comprar 300 mil doses da Coronavac
Publicado em 17 de dezembro de 2020
Por Jornal Do Dia
A Prefeitura de Aracaju anunciou ontem que firmou uma Carta de Intenções com o Instituto Butantan, do Governo de São Paulo, a quem manifestou interesse e entendimento para a aquisição inicial de 300 mil doses da Coronavac, a vacina contra a covid-19 que está sendo desenvolvida pelo instituto paulista em parceria com a empresa chinesa Sinovac, e cujos ensaios estão em fase avançada. Segundo a PMA, o documento foi assinado ontem pelo prefeito Edvaldo Nogueira,como medida alternativa para garantir uma vacinação contra o coronavírus em Aracaju.
A quantidade de doses seria suficiente para imunizar em torno de 150 mil pessoas, equivalente à estimativa da população de idosos, profissionais de saúde e outras pessoas consideradas prioritárias nas primeiras fases do programa anunciado pela Secretaria Municipal de Saúde, responsável pela execução da campanha. Os dados ainda serão confirmados oficialmente pelo órgão. O Butantan está finalizando a terceira e última fase de testes daCoronavac, quedeve ter o seu registro definitivo pedido ainda neste mês, junto às agências sanitárias do Brasil e da China. No entanto, as doses já começaram a ser fabricadas pelo instituto, em São Paulo, a partir de insumos enviados da China.
Apesar destes entendimentos com o Butantan, Edvaldo reiterou a posição do Município de Aracaju para que o Governo Federal lidere o processo de imunização da população brasileira para a covid-19, coordenando o plano nacional de vacinação, como tem sido defendido pelos gestores que integram a Frente Nacional de Prefeitos (FNP). Para o prefeito, a União tem que decidir imediatamente sobre o programa nacional de vacinação, a fim de conter o avanço da doença, mas caso isso não aconteça, ou se essa demora se prolongar, o Município vai agir por conta própria, assim como vem sendo sinalizado por outros prefeitos e governadores de estados.
"O que queremos é que o Governo Federal lidere esse processo. Inclusive, na semana passada, juntamente com demais prefeitos e prefeitas eleitos e reeleitos, assinei uma carta cobrando ao Governo Federal a aquisição de vacinas e a elaboração de um plano nacional de imunização. Porém, em virtude das circunstâncias que estamos vivendo, ainda de indefinições e problemas, Aracaju não vai ficar esperando. Por isso, tomamos a iniciativa de assinar esta Carta de Intenções com o Instituto Butantan para que,caso o Governo Federal não tome essa medida de coordenar um plano no âmbito nacional, Aracaju tenha esta alternativa, garantindo, inicialmente, 300 mil doses para a primeira fase da campanha de vacinação", destacou o prefeito.
Ao assinar o termo de intenção, Edvaldo lembrou que o Brasil "possui a melhor estrutura vacinal do mundo e que o país só ganhou esse reconhecimento mundial por causa de plano assertivo que foi estabelecido pelo Governo Federal para distribuição das doses pelos estados e municípios, como órgãos executores". "É tanto que erradicamos doenças, como a poliomielite, e temos campanhas que se tornaram sucessos mundiais, inclusive como modelo de combate a muitas outras doenças como o sarampo, a varíola, a meningite, entre outras. Por isso defendo que um plano nacional deve ser executado, o mais rápido possível", reiterou.
Posicionamento – Na semana passada, Edvaldo, que é vice-presidente da FNP, e mais 80 prefeitos eleitos e reeleitos no último pleito eleitoral assinaram uma carta cobrando "agilidade e presteza" do Governo Federal para a compra e distribuição de vacinas, a nível nacional. No documento, os gestores ressaltaram que a retomada econômica depende da imunização e que, por isso, os prefeitos e prefeitas "contam com atitudes mais assertivas da União, a partir de agora".
Eles também destacaram que "não é razoável que algumas cidades e estados tenham que lançar mão de estratégias locais de aquisição de vacinas para proteger a população porque o governo federal procrastinou assunto tão importante", e que "imunizar os brasileiros é devolver ao povo a liberdade de conviver, a confiança de trabalhar e a possibilidade de sonhar".