Durante a ação, foram cumpridos mandados de prisão nas cidades de Aracaju e Nossa Senhora do Socorro, que concentram o maior número de denúncias dessa natureza
Polícia cumpre mandados contra acusados de violência doméstica
Publicado em 09 de março de 2021
Por Jornal Do Dia
Foi deflagrada na manhã de ontem, Dia Internaci onal da Mulher, a ‘Operação Resguardo’, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), em parceria com as Polícias Civis do Brasil. O objetivo foi combater os crimes relacionados à violência contra a mulher nos 26 estados e no Distrito Federal.
Em Sergipe, as investigações já tinham resultado nas prisões de um investigado pelo estupro de duas mulheres no bairro Jardim Centenário e do autor do feminicídio contra a ex-companheira em Nossa Senhora Aparecida. Durante a ação, foram cumpridos mandados de prisão nas cidades de Aracaju e Nossa Senhora do Socorro, que concentram o maior número de denúncias dessa natureza e também em vários municípios do interior.
Nessa operação, a Civil mobilizou 194 policiais e 82 viaturas daSuperintendência da Polícia Civil ede todos os Departamentos de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV), de Aracaju, Estância, Itabaiana, Lagarto e Nossa Senhora do Socorro, além da Coordenadoria de Polícia Civil do Interior (Copci) com apoio das Delegacias Municipais e Distritais do interior.
A ‘Resguardo’ começou a ser planejada desde 1º de janeiro de 2021. Os dados mostram que houve aumento de denúncias desse tipo de crime na pandemia, tanto pelo Disque 100, do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, quanto pelo Disque-Denúncia (181).
De 1ª de janeiro até hoje, o órgão já recebeu 1.357 denúncias registradas em 69 municípios sergipanos. Foram autuados em flagrante 194 agressores, realizadas 560 diligências e visitas, 1.379 vítimas foram atendidas, 749 procedimentos investigativos foram instaurados e 288 medidas protetivas solicitadas à Justiça. Também foram apreendidas seis armas de fogo e ocorreu a prisão por mandado judicial de 150 agressores em todo estado, com o envio de mais de 415 procedimentos ao Judiciário.
A delegada Mariana Diniz ressaltou que os números de crimes contra as mulheres são alarmantes e que as instituições da segurança pública estão centradas no enfrentamento à violência contra a mulher. "Infelizmente, o número é alto e ainda não condiz com a realidade, pois muitos casos ainda são subnotificados. Mas observamos que houve um aumento, sobretudo no número de denúncias anônimas por conta da pandemia. Acredito que por conta do confinamento, as pessoas mais dentro de casa, a violência doméstica no âmbito doméstico, deixou a mulher mais vulnerável, e com isso o número de crimes contra a mulher cresceu", reiterou.