Quarta, 22 De Janeiro De 2025
       
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Polícia paraibana confirma acusações a sergipanos


Publicado em 25 de março de 2021
Por Jornal Do Dia


O advogado e empresário Geffeson de Moura Gomes foi executado pela polícia sergipana na Paraíba

 

Gabril Damásio
A Polícia Civil da Paraí-
ba confirmou ontem 
as acusações que levaram à prisão temporária dos três policiais sergipanos envolvidos na operação ocorrida em Santa Rita (PB), no último dia 17, a qual resultou na morte do empresário Geffeson de Moura Gomes, 32 anos. Ela aconteceu em uma diligência do Departamento de Narcóticos (Denarc), que foi à cidade paraibana para apurar informações sobre um grupo envolvido com o tráfico de drogas. Um dos detidos é o delegado Osvaldo Resende Neto, que participou da diligência junto com um agente da unidade e um policial militar. Eles estão presos desde o fim da tarde de anteontem em Aracaju. 
Os detalhes do caso foram divulgados ontem, em João Pessoa, numa coletiva de imprensa concedida por dois delegados e um perito criminal que atuaram na investigação do caso. Eles apontaram indícios de que o comerciante teria sido executado pelos policiais sergipanos, que ainda teriam colocado uma arma junto ao corpo da vítima. O delegado Sylvio Rabelo, da Delegacia de Homicídios da cidade de Patos (PB), disse que a versão apresentada pelos agentes, segundo a qual Geffeson teria reagido a uma abordagem feita a um veículo sob suspeita, não se confirmou. 
"Os policiais apresentaram uma arma de fogo, afirmando que ela pertencia à vítima, mas rastreamos a origem e descobrimos que ela pertence a um policial militar de Sergipe e que não havia nenhuma queixa de roubo ou furto. O exame realizado no corpo da vítima mostrou que ela sofreu sete disparos de arma de fogo. E foi socorrida já sem vida ao hospital", afirmou o delegado, ao confirmar que pediu a prisão temporária dos três envolvidos. "Em virtude de as investigações mostrarem condutas muito graves praticadas pelos servidores públicos e da presença de fortes indícios das autorias e materialidade dos crimes praticados, a Polícia Civil da Paraíba representou pela prisão temporária dos envolvidos, para garantir a tranquilidade necessária para a conclusão das investigações", acrescentou Rabelo.
Já os indícios de fraude foram constatados a partir de uma perícia no carro do empresário, que estava a caminho da cidade de Cajazeiras, onde visitaria o pai. Segundo o perito criminal paraibano Adriano Medeiros, o veículo foi retirado do local do crime por um dos policiais, que ainda teriam remexido em objetos dentro do carro, como se estivessem fazendo uma revista. Uma terceira pista citada foi a presença de poças de sangue dentro do carro, indicando que a vítima morreu ali mesmo e não foi socorrida imediatamente.
O caso é tratado pela polícia paraibana como execução seguida de adulteração de provas. O Ministério Público local também investiga o caso e concordou com o pedido de prisão dos sergipanos, que foi acatado pelo Poder Judiciário da Paraíba. A previsão é de que uma equipe de policiais da DH de Patos venha a Aracaju para interrogar os colegas presos e fazer outras diligências. "As investigações ainda não foram concluídas. Os trabalhos estão em continuidade. A Polícia Civil da Paraíba está trabalhando de maneira técnica e imparcial", destacou Rabelo.
Solidariedade – A Associação dos Delegados de Polícia de Sergipe (Adepol) confirmou a prisão de Osvaldo Resende em uma nota, na qual prestou "apoio irrestrito" a ele e aos outros dois policiais detidos. A entidade o definiu como um dos melhores profissionais da polícia sergipana. "O delegado Osvaldo Resende é um profissional reconhecido por toda a sociedade sergipana, sobretudo no que diz respeito à repressão qualificada de crimes relacionados ao tráfico de drogas e conexos praticados por associações criminosas organizadas. Trabalho esse que muitas vezes transcende os limites do estado de Sergipe, em benefício, principalmente, da segurança pública de toda região Nordeste".
A Adepol disse ainda que "sua bagagem intelectual, jurídica, investigativa e operacional, aliada à reconhecida imponderabilidade inerente à natureza da atividade policial, convida todos a renunciarem a conclusões precipitadas sobre o fato em questão". A SSP informou que está colaborando com a investigação da polícia paraibana e que afastou os três policiais na última sexta-feira, para garantir a imparcialidade das investigações. 

Gabril Damásio

A Polícia Civil da Paraí- ba confirmou ontem  as acusações que levaram à prisão temporária dos três policiais sergipanos envolvidos na operação ocorrida em Santa Rita (PB), no último dia 17, a qual resultou na morte do empresário Geffeson de Moura Gomes, 32 anos. Ela aconteceu em uma diligência do Departamento de Narcóticos (Denarc), que foi à cidade paraibana para apurar informações sobre um grupo envolvido com o tráfico de drogas. Um dos detidos é o delegado Osvaldo Resende Neto, que participou da diligência junto com um agente da unidade e um policial militar. Eles estão presos desde o fim da tarde de anteontem em Aracaju. 
Os detalhes do caso foram divulgados ontem, em João Pessoa, numa coletiva de imprensa concedida por dois delegados e um perito criminal que atuaram na investigação do caso. Eles apontaram indícios de que o comerciante teria sido executado pelos policiais sergipanos, que ainda teriam colocado uma arma junto ao corpo da vítima. O delegado Sylvio Rabelo, da Delegacia de Homicídios da cidade de Patos (PB), disse que a versão apresentada pelos agentes, segundo a qual Geffeson teria reagido a uma abordagem feita a um veículo sob suspeita, não se confirmou. 
"Os policiais apresentaram uma arma de fogo, afirmando que ela pertencia à vítima, mas rastreamos a origem e descobrimos que ela pertence a um policial militar de Sergipe e que não havia nenhuma queixa de roubo ou furto. O exame realizado no corpo da vítima mostrou que ela sofreu sete disparos de arma de fogo. E foi socorrida já sem vida ao hospital", afirmou o delegado, ao confirmar que pediu a prisão temporária dos três envolvidos. "Em virtude de as investigações mostrarem condutas muito graves praticadas pelos servidores públicos e da presença de fortes indícios das autorias e materialidade dos crimes praticados, a Polícia Civil da Paraíba representou pela prisão temporária dos envolvidos, para garantir a tranquilidade necessária para a conclusão das investigações", acrescentou Rabelo.
Já os indícios de fraude foram constatados a partir de uma perícia no carro do empresário, que estava a caminho da cidade de Cajazeiras, onde visitaria o pai. Segundo o perito criminal paraibano Adriano Medeiros, o veículo foi retirado do local do crime por um dos policiais, que ainda teriam remexido em objetos dentro do carro, como se estivessem fazendo uma revista. Uma terceira pista citada foi a presença de poças de sangue dentro do carro, indicando que a vítima morreu ali mesmo e não foi socorrida imediatamente.
O caso é tratado pela polícia paraibana como execução seguida de adulteração de provas. O Ministério Público local também investiga o caso e concordou com o pedido de prisão dos sergipanos, que foi acatado pelo Poder Judiciário da Paraíba. A previsão é de que uma equipe de policiais da DH de Patos venha a Aracaju para interrogar os colegas presos e fazer outras diligências. "As investigações ainda não foram concluídas. Os trabalhos estão em continuidade. A Polícia Civil da Paraíba está trabalhando de maneira técnica e imparcial", destacou Rabelo.

Solidariedade –
A Associação dos Delegados de Polícia de Sergipe (Adepol) confirmou a prisão de Osvaldo Resende em uma nota, na qual prestou "apoio irrestrito" a ele e aos outros dois policiais detidos. A entidade o definiu como um dos melhores profissionais da polícia sergipana. "O delegado Osvaldo Resende é um profissional reconhecido por toda a sociedade sergipana, sobretudo no que diz respeito à repressão qualificada de crimes relacionados ao tráfico de drogas e conexos praticados por associações criminosas organizadas. Trabalho esse que muitas vezes transcende os limites do estado de Sergipe, em benefício, principalmente, da segurança pública de toda região Nordeste".
A Adepol disse ainda que "sua bagagem intelectual, jurídica, investigativa e operacional, aliada à reconhecida imponderabilidade inerente à natureza da atividade policial, convida todos a renunciarem a conclusões precipitadas sobre o fato em questão". A SSP informou que está colaborando com a investigação da polícia paraibana e que afastou os três policiais na última sexta-feira, para garantir a imparcialidade das investigações. 

 

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