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Polícia violência
Publicado em 08 de abril de 2025
Por Jornal Do Dia Se
Abordado durante diligência, o jovem teria desobedecido a uma ordem de parada. E foi abatido a tiros.
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Os meios de comunicação do sul maravilha, os jornalões, a mídia hegemônica, finalmente se deram conta dos abusos cometidos pelos homens de farda. A grande repercussão do recrudescimento da Polícia Militar em São Paulo chama atenção. Em verdade, no entanto, a violência é a mesma em todo o país.
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Em Sergipe, por exemplo, não é diferente. Meses atrás, a execução de um jovem negro, um trabalhador com mulher e filho recém-nascido, executado por policiais em serviço ao deixar uma loja de conveniência no bairro Coroa do Meio, provocou escândalo, mas ficou por isso mesmo. Agora, no entanto, a história pode ser outra.
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O governador Fabio Mitidieri exigiu o afastamento dos policiais militares envolvidos na morte de Wemisson Marcenas Júnior, em Japaratuba. Abordado durante diligência provocada pelo roubo de uma motocicleta, o jovem teria desobedecido a uma ordem de parada. E foi abatido a tiros.
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O Brasil registrou 6.393 mortes por intervenções policiais em 2023, o que significa 3,1 mortes por 100 mil habitantes. Itabaiana, na região agreste de Sergipe, aliás, é a quinta cidade do Brasil com maior taxa de letalidade policial – 28 mortes por 100 mil habitantes. No município sergipano 63% das mortes violentas se devem à ação de policiais.
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Os números são do 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Embora os dados nem sempre estejam à mão, contudo, a letalidade policial é uma realidade conhecida do populacho em qualquer lugar do Brasil – especialmente entre os pretos e pobres. Para estes, policial fardado e bandido são dois lados da mesma moeda, farinha do mesmo saco.