Segunda, 20 De Janeiro De 2025
       
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Policiais e bombeiros rejeitam os 5% de reajuste proposto por Belivaldo


Publicado em 25 de fevereiro de 2022
Por Jornal Do Dia Se


MAIS DE MIL POLICIAIS CIVIS, MILITARES E BOMBEIROS PARTICIPARAM DA ASSEMBLEIA NA FRENTE DA SEDE DA SSP; MOVIMENTO CONTINUA. Foto: Matheus Costa/Sinpol

Gabriel Damásio

Frustrados com o anúncio de que terão um reajuste salarial linear de apenas 5%, os policiais e bombeiros que apoiam o Movimento Polícia Unida fizeram ontem à tarde um grande protesto na frente da sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP), no São José, e exigiram a retomada das negociações por um plano de recomposição das perdas salariais da categoria. Estima-se que cerca de mil manifestantes compareceram ao ato, que tomou toda a Praça Tobias Barreto. A pressão provocou uma reunião do secretário João Eloy com outros membros do governo e os líderes do movimento, que saíram de lá com a promessa de que uma nova contraproposta do governo será apresentada no dia 8 de março, após o Carnaval.
Dentro da proposta de revisão salarial do governo, anunciada anteontem e que deve ser mandada nos próximos dias para a Assembleia Legislativa (Alese), as categorias de segurança pública foram enquadradas na faixa de servidores que terão 5% de reajuste a partir de abril e sem retroativos. Os policiais, no entanto, alegam que sofreram perdas salariais acumuladas de mais de 60% ao longo dos mais de oito anos em que o Estado ficou sem conceder reajustes ao funcionalismo estadual.
Antes da reunião, os policiais fizeram uma assembleia extraordinária do Movimento e rejeitaram o índice anunciado, com fortes críticas ao governador Belivaldo Chagas. “Hoje vamos começar uma negociação de verdade, porque o que houve até agora foi uma enrolação, só enganação. E nem vamos mais discutir esse índice de 5%, que é uma miséria, uma esmola, do tamanho da consideração que o governador Belivaldo Chagas tem com os profissionais de segurança pública”, disparou o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Sergipe (Sinpol), Adriano Bandeira.
Na proposta reapresentada pelos líderes do Polícia Unida, as associações de classe da categoria pediram um aumento de 20%, além de adicional de periculosidade e um projeto de reestruturação das carreiras, atendendo tanto aos policiais da ativa quanto aos aposentados. Os representantes do governo pediram mais um prazo e prometeram a contraproposta na reunião do dia 8, quando também deve ser apresentada uma prévia do Plano de Reestruturação para as categorias policiais – e que também deve ser apreciado na Alese.
Para o coronel Adriano Reis, presidente da Associação dos Oficiais Militares de Sergipe (Assomise), a presença maciça dos policiais no protesto e a insatisfação demonstrada forçaram um recuo do governo. “A primeira proposta que eles apresentaram era horrível, só tratava da ativa e estava cheia de redução de interstícios. Se eu pegasse naquela proposta, eu iria rasgar, mas não quis fazer isso em respeito ao secretário João Eloy. Essa reunião serviu para mostrar a força dos nossos policiais e o governo sentiu que vai ter que sentar e negociar conosco”, afirmou ele, pedindo aos policiais que compareçam ao protesto marcado para ocorrer durante a reunião do dia 8.

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