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Menos da metade da população sergipana integra a força de trabalho


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Publicado em 18 de dezembro de 2021
Por Jornal Do Dia Se


Quadro “A pele do animal abatido”, de Alcides Mello

No primeiro trimestre de 2020, Sergipe ocupava situação intermediária no conjunto das unidades da federação, com 46,4% da sua população na força de trabalho. Essa parcela com relação a 2012 decresceu, embora muito pouco, deixando o estado com a sétima pior evolução.
Mesmo assim, aquela proporção é a quarta maior alcançada por Sergipe desde 2012, apesar de interromper a aceleração iniciada em 2016. A parcela ocupada da força de trabalho, em Sergipe, é uma das menores do Brasil, apesar de levemente melhor do que a do Nordeste.
Os dados integram a 3ª edição do Anuário Socioeconômico de Sergipe, já disponibilizado gratuitamente pelo Grupo de Pesquisa em Análise de Dados Econômicos, vinculado ao Departamento de Economia da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Publicado a cada dois anos, o relatório traça um panorama de Sergipe através do desempenho da economia e das demandas sociais do estado e seus 75 municípios, visando contribuir como ferramenta para subsídio às ações dos setores público e privado. O endereço é http://cafecomdados.com/anuario/
Outros dados do Anuário sobre a questão do emprego:
“A queda dessa parcela também aconteceu para todas as unidades federativas na comparação entre 2020 e 2012, mas Sergipe foi o estado de sétima maior queda. A parcela da força de trabalho ocupada em Sergipe no primeiro trimestre de 2020 foi a menor, comparativamente às dos quartos trimestres de cada ano anterior. Esse comportamento também acompanha de perto os do país e da região.
A taxa de desemprego em Sergipe foi a quarta maior no ano de 2019. Comparada à taxa de 2012, a de Sergipe foi a sexta a mais crescer, empatada com Goiás. Em Sergipe, a taxa de desemprego em 2019 é ligeiramente menor do que a de 2018 e a terceira maior, desde 2012. Ela, contudo, se sustenta num patamar muito próximo ao máximo (15%).
A taxa de desemprego em Sergipe sempre foi maior do que a do Nordeste e do Brasil, exceto nos anos de 2015 e 2017, com relação ao Nordeste, mas em 2019 a distância a maior para Sergipe com relação àquelas unidades territoriais foi a maior, desde 2012.
Dos dados apresentados, chama a atenção a evolução do percentual de desocupados na população, que em Sergipe aumentou mais do que no Brasil e Nordeste, tendo chegado em 2019 em seu valor máximo de 7,2%, quando em 2012 era de 4,5%.
Em 2019 aumentaram as participações dos ocupados no setor público e por conta própria, no total dos ocupados, em detrimento dos ocupados no setor privado com e, também, daqueles sem carteira. Isso não mudou a hierarquia na distribuição dessas participações, liderada por pessoas ocupadas por conta própria, seguida de ocupadas no setor privado com carteira, ocupadas no setor privado sem carteira e, finalmente, no setor público. Essa hierarquia só foi quebrada no ano de 2012, quando a parcela de pessoas ocupadas no setor privado com carteira foi superior à de pessoas ocupadas por conta própria.
Em 2019, houve uma redistribuição dos jovens que não estudavam, nem trabalhavam para aqueles que só estudavam, ou só trabalhavam, mantendo-se o percentual dos que faziam as duas coisas praticamente constante. Comparados os anos de 2019 e 2004, a parcela de jovens que só estudam avançou sobre a daqueles que só trabalham.
Em 2020, apenas três setores aumentaram as parcelas de pessoas neles ocupadas, quais sejam, agricultura, informação, atividade financeira e imobiliária, etc., e administração e serviços públicos.
Embora tenha tido um saldo levemente positivo entre empregados e desempregados no setor privado em 2019, Sergipe apresentou um resultado ínfimo em comparação com todos os estados brasileiros, ocupando a vigésima segunda posição e inferior às parcelas apresentadas pelo Nordeste e Brasil.
Em se tratando do acumulado no período de 2012 a 2019, porém, o resultado de Sergipe é bem melhor, inclusive do que aqueles apresentados por Brasil e Nordeste embora todos tenham ficado muito próximos, em 2019, ao saldo de empregos de 2012, depois de reunidos todos os saldos no período.
Em termos absolutos, o saldo de emprego em Sergipe aumentou significativamente, por conta, quase que tão somente, do setor Serviços. Mesmo medido em termos da força de trabalho, esse aumento em 2019 (9,5%) é muito superior aos do Nordeste (5,4%) e do Brasil (32,9%).
Destaque ainda para a evolução mútua entre as variações dos saldos entre Brasil, Nordeste e Sergipe, exceto 2016, quando todos os setores da economia sergipana tiveram saldos negativos de emprego.”
Se os dados relativos a 2020 são críticos, o que dizer do quadro de 2021: O estado registrou no 2º trimestre de 2021, uma taxa de desocupação ou desemprego de 19,1%. Segundo o IBGE, Sergipe tem a 3ª maior taxa de desocupação do país.

Semana de reveses
Por ampla maioria, a Câmara Municipal de Aracaju aprovou, esta semana, a antecipação da eleição da Mesa Diretora para o biênio 2023/2024. Caberá agora ao presidente da Casa, vereador Nitinho (PSD), que não pode mais disputar o cargo nesta legislatura, marcar a data da eleição. Pode ocorrer até o dia 22, quando começa o recesso.
Os vereadores também aprovaram, com 19 votos favoráveis e quatro contrários, as emendas impositivas ao Orçamento Geral do Município. O percentual das emendas pode chegar a 1,2% da receita corrente líquida, sendo 0,6% destinado para a área da saúde e 0,6% para os demais serviços públicos. Com um orçamento para 2022 de R$ 3 bilhões, daria cerca de R$ 40 milhões.
Apenas os vereadores Vinícius Porto, Anderson de Tuca e Isac, do PDT, e Professor Bittencourt (PCdoB) votaram contra as duas proposições. E até o recesso os vereadores precisam votar o aumento de 10% do IPTU proposto pelo prefeito Edvaldo Nogueira.
Foi uma semana de reveses para o prefeito.

Unidade só no discurso
Apesar das promessas feitas na reunião da segunda-feira (13), será difícil o governador Belivaldo Chagas (PSD) manter a unidade do grupo a partir do momento em que for escolhido o candidato à sua sucessão em 2022. Os deputados federais Fábio Mitidieri (PSD) e Laércio Oliveira (PP), o prefeito Edvaldo Nogueira (PDT) e o conselheiro do TCE Ulices Andrade prometem o que aliados em seus próprios partidos não concordam.
O ex-deputado federal André Moura (PSC) e o ex-governador Jackson Barreto (MDB) confirmaram disposição para a disputa ao Senado, cargo também pleiteado por Laércio, caso seja descartado como candidato a governador. A definição deverá ficar para mais próximo das convenções, por conta da condenação sofrida por André no STF, que pode impedir qualquer candidatura dele.
Uma ironia: a reunião de Belivaldo com os ainda aliados foi realizada num dia 13, número do PT, que deixou o bloco e apresentou a pré-candidatura do senador Rogério Carvalho a governador.
reconhecida como pesquisa sem registro. A norma também aponta que compete ao juízo da fiscalização eleitoral o exercício do poder de polícia contra a divulgação de enquetes..

Petistas contra Rogério
Em artigo publicado na edição de 14 de dezembro do JD, o militante petista Rômulo Rodrigues, que integra a direção partidária, sugere que o senador Rogério Carvalho poderia abrir mão da candidatura a governador, para apoiar um aliado e fortalecer as chapas para a Câmara e o Senado. “Diante de qualquer expectativa de ter um governador do PT e nenhum senador ou, ter um governador aliado e dois senadores do PT; não deverá haver vacilação. Dois senadores darão garantia à sustentação democrática”, diz Rômulo.
A nível nacional há um movimento para que o PSD integre a chapa do ex-presidente Lula, indicando o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin como candidato a vice-presidente. Se isso viesse a acontecer, o PT teria que abrir espaços para que o PSD apresentasse candidatos majoritários nos estados. Em Sergipe, Mitidieri é simpático à candidatura do ex-presidente e o seu tio Jorge, o dono do Master, é 1º suplente de Rogério Carvalho.
Desde que Rogério deu o voto decisivo a favor da PEC dos Precários, há um movimento interno no PT, não apenas em Sergipe, para que a sua candidatura ao governo seja descartada.

Pesquisa só com registro
A partir de 1º de janeiro de 2022, as entidades e empresas que realizarem pesquisas eleitorais serão obrigadas a registrá-la no Sistema de Registro de Pesquisas Eleitorais (PesqEle) até cinco dias antes da divulgação.
A resolução traz inovações como a integração do instituto da federação partidária e dispositivos destacando que a Justiça Eleitoral não realiza controle prévio sobre resultado de pesquisa, nem gerencia ou cuida da divulgação. Esclarece, ainda, que o registro da pesquisa não obriga a divulgação do resultado.
Outra novidade é que a enquete apresentada ao público como uma pesquisa eleitoral será reconhecida como pesquisa sem registro.

Reajuste em janeiro
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Luciano Bispo (MDB), confirmou, para janeiro, a votação da Lei Orçamentária e de proposituras relacionadas a reposições salariais dos servidores estaduais. “O governador já antecipou e nós estamos fazendo os estudos necessários. Vamos estender os trabalhos até os dias 4 e 5 de janeiro, quando possivelmente votaremos a proposta de reajuste salarial”, anunciou Bispo

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