POLÍTICOS SÃO BANIDOS DO GRITO DOS EXCLUÍDOS
Publicado em 06 de setembro de 2012
Por Jornal Do Dia
Cândida Oliveira
candidaoliveira@jornaldodiase.com.br
Chegou à maior idade o Grito dos Excluídos, que acontece no dia 7 de setembro, após o desfile cívico. Esse ano o evento traz como tema "Vida em primeiro Lugar" e o lema: Queremos um Estado a serviço da Nação que garanta direitos a toda população!".
Para falar como será a 18ª edição, houve ontem, dia 5, na Cúria Metropolitana, uma entrevista coletiva promovida pelo Conselho Nacional do Laicato na Arquidiocese de Aracaju (Conal), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento Sem Terra (MST).
A marcha tem por finalidade cobrar responsabilidade do Estado quanto à saúde pública, o retorno da fome, as drogas, a falta de moradias, a violência contra a mulher, a proteção e o cuidado com a vida, a juventude e exclusão social.
A expectativa dos coordenadores é reunir 6 mil participantes, que devem percorrer toda a avenida Barão de Maruim. A concentração acontece na praça da Catedral, às 9h. A marcha tem início na praça Olímpio Campos e seguirá pela rua Santa Luzia, passando pela rua Maruim, avenidas Ivo do Prado e Barão de Maruim, encerrando na praça da Bandeira, por volta de 12h.
O Grito esse ano discutirá também a importância da Ficha Limpa, do debate da Conferência Rio + 20, defesa dos direitos humanos, a justiça social e ambiental. Além de denunciar a exploração de capital e o uso do orçamento público para o pagamento de juros, os problemas na saúde pública, a violência e as drogas.
Não aos partidos – Os organizadores avisaram que não permitirão a participação de partidos dentro do cordão de isolamento. "Respeitamos a democracia, o grito é um espaço popular, porém é ao mesmo tempo das associações dos movimentos e não da política partidária. Não somos contra a política partidária, mas o Grito tem um levante popular", disse padre Genivaldo Garcia.
Para impedir que políticos ultrapassem a faixa de proteção, o padre informou que haverá a presença da polícia no local. "Não usaremos a força, mas teremos a polícia para fazer a segurança, a SMTT e a organização do grupo que não irá permitir a instrumentação do grito. Pedimos a compreensão dos políticos".
Durante a coletiva, o representante do Sintese, professor Roberto Silva, afirmou que os professores gritarão pela garantia do piso salarial por parte do Governo do Estado e de alguns prefeitos.
A representante do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Gisleide Reis, destacou as reivindicações que serão destacadas na Marcha do próximo dia 7 de Setembro. "A proposta de participação do MST é trazer a unidade entre o campo e a cidade, a luta pela reforma agrária, pois ainda temos 12 mil trabalhadores acampados em Sergipe. Os movimentos sociais do campo estarão presentes".