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GILVAN MANOEL


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Publicado em 16 de março de 2024
Por Jornal Do Dia Se


Pré-candidatos aproveitam

aniversário da cidade para aparecer

 
Em ano eleitoral, as comemorações do aniversário da cidade são mais calorosas, desde o esmero na programação por parte do poder público até a presença de autoridades e pretensos candidatos. Neste domingo Aracaju completa 169 anos cercada de expectativas em relação ao seu futuro.
O eleitorado vai escolher para comandar a cidade nas comemorações dos seus 170 anos – um idealista a exemplo do que fez nos anos 2000 com Marcelo Déda, ou alguém já superado, conservador e voltado para o seu próprio umbigo, caso de João Alves Filho em 2012.
Nomes não faltam. Somente no chamado bloco governista, a aliança entre o governador Fábio Mitidieri e o prefeito Edvaldo Nogueira, pleiteiam a indicação Luiz Roberto (PDT), Yandra Moura (União), Katarina Feitoza (PSD), Danielle Garcia (MDB) e Fabiano Oliveira (PP). No bloco de oposição há a candidatura da vereadora Emília Correia, que lidera as pesquisas realizadas até agora, Candisse Matos pelo PT, partido que sempre surpreende na capital, além de nomes menos conhecidos que serão apresentados por partidos mais ideológicos.
A partir da redemocratização do país, em 1985, Aracaju realizou 10 eleições diretas para a escolha de seu prefeito, sendo eleitos seis nomes diferentes. Três vices também assumiram – Viana de Assis, José Almeida Lima e Edvaldo Nogueira.
Até então, os prefeitos das capitais eram indicados pelo governador do Estado. Quando se elegeu governador pela primeira vez, em 1982, João Alves Filho pelo então PDS, sucedâneo da Arena que mantinha o regime militar, indicou Heráclito Rollemberg como prefeito de Aracaju, que fez uma administração elitista e sem preocupações sociais.
Com a eleição de Tancredo Neves através da chamada “Aliança Democrática”, uma junção de dissidentes do regime e oportunistas com o PMDB, João Alves, e os então deputados federais Jackson Barreto e José Carlos Teixeira iniciaram as negociações para repetição da aliança em Sergipe, culminando com a demissão de Heráclito e a indicação de José Carlos para a PMA, cujo mandato foi de 30/05/1985 a 31/12/1985. A partir daí, a prefeitura passou a ser voltada para as áreas periféricas da cidade, que viviam literalmente na lama.
No mesmo ano, Jackson foi eleito o prefeito mais votado do país e a prefeitura fez a opção pelos mais pobres. Foi o maior volume de obras já executado até então na capital, não interrompido nem mesmo com a intervenção decretada pelo governador Antonio Carlos Valadares, em 1987. Depois da passagem do interventor, JB renunciou e Viana de Assis deu sequência as obras de infraestrutura.
Em 1988, Jackson elegeu Wellington Paixão contra a máquina do governo usada escancaradamente por Valadares. Paixão teve altos e baixos e concluiu a gestão de forma melancólica, a partir do rompimento com JB, que acabou voltando ao comando da PMA em 1992. Com a renúncia de Jackson em 1994 para disputar o governo do Estado, assumiu o vice Almeida Lima, mas JB voltou a ser decisivo no pleito de 1996 quando elegeu João Augusto Gama. Em sua gestão foi construído o moderno mercado de Aracaju e o centro histórico recebeu a última restauração.
A partir do ano 2000 com a eleição de Marcelo Déda tendo Edvaldo Nogueira como vice, uma nova geração passou a comandar os destinos de Aracaju. Déda fez uma gestão impecável tanto no aspecto moral quanto administrativo e foi reeleito sem qualquer dificuldade em 2004; em 2006 renunciou para disputar e vencer o governo do Estado, cedeu o cargo para Edvaldo, que manteve a mesma estrutura administrativa e foi reeleito no primeiro turno em 2008. Edvaldo enfrentou problemas no final de sua gestão e acabou permitindo a ressurreição de João Alves Filho, que decretou o fim de gestões progressistas.
Na disputada eleição de 2016, Edvaldo enfrentou um renhido segundo turno e derrotou Valadares Filho, o seu protegido em 2012, com pouco mais de 12 mil votos. Assumiu com o discurso de reconstrução da cidade, e, apesar da lentidão de suas obras, reorganizou a prefeitura.
Em 2020, Edvaldo foi reeleito sem qualquer dificuldade, apesar de um inesperado segundo turno com a delegada Danielle Garcia. Hoje, em seu 16º e último ano de mandato, faz uma administração aprovada pela maioria dos aracajuanos, foi decisivo na vitória de Fábio Mitidieri (PSD) na disputa pelo governo contra Rogério Carvalho (PT), e agora quer ser determinante na eleição do seu sucessor.
O eleitor é quem vai decidir o modelo de cidade que quer a partir de janeiro de 2025.
 

Pintura de Tarcila Raquel Alves

Proteção camuflada
O governador Fábio Mitidieri protegeu por mais de 30 dias o secretário afastado de Turismo, Marcos Franco, indiciado por violência doméstica, até o que o caso viesse a público, através da publicação do BO com a denúncia, no site de Gleice Queiroz. O BO foi registrado em 02 de fevereiro, enquanto o afastamento só aconteceu em 12 de março.
Uma semana antes, o governador não exitou em exonerar o meteorologista Overlan Amaral de um cargo comissionado na Secretaria do Meio Ambiente, acusado pelo mesmo crime. Com Franco ficou esperando que ele tomasse a iniciativa, aceita de pronto.
Marcos Franco evitou dar maiores explicações, segundo aliados por orientação de seu advogado, Evânio Moura. Ele só pretende falar no momento que achar adequado, dando preferência a agir nos autos do processo. A justiça adotou medidas protetivas a vítima.

Com Amorim
A vereadora conservadora Emília Correia vai mesmo trocar o PRD pelo PL para a disputa da Prefeitura de Aracaju. De olho nos cofres cheios do partido de Bolsonaro, Emília vai para os braços da família Amorim, tão rejeitada pelo eleitorado sergipano. A filiação vai ocorrer na tarde de segunda-feira, na sede do PL (Rua Estância, antiga Rede Ilha).

Disputa em Itabaiana
O deputado estadual Luciano Bispo (PSD) revela que sua chapa majoritária em Itabaiana já está montada: os empresários Edson Passos (prefeito) e Agnaldo de Verso (vice). Diz que é uma chapa “preparada para enfrentar Walmir de Francisquinho, que tem um desejo muito grande de ganhar a prefeitura e depois largar para ser candidato a governador de Sergipe”.
No pleito de 2020, Walmir teve a candidatura a governador impugnada pela justiça em função de um processo judicial, já transitado e julgado. Hoje ele está apto a disputar eleições.
O radialista Chiquinho Ferreira, que até pouco tempo era ligado ao grupo de Walmir, passou a integrar a assessoria do deputado Luciano Bispo.

Perda de recursos
Na quinta-feira (14), a Frente Nacional de Prefeitos e Prefeitas (FNP), que tem como presidente o prefeito Edvaldo Nogueira (PDT), manifestou em nota publicada o descontentamento com a proposta apresentada pelo governo federal de limitar a desoneração da folha de pagamento a municípios considerados menores.
A entidade considera a proposta “injusta”, uma vez que limita o benefício por um teto populacional e extingue o benefício em poucos meses.

Condenação tardia
O deputado federal João Daniel (PT) comemorou a condenação do Brasil pela Corte Interamericana de Direitos Humanos. O país foi considerado culpado pelo assassinato do trabalhador rural Antônio Tavares Pereira durante um conflito com a Polícia Militar do Paraná. A vítima participava de um ato em defesa da terra.
O crime ocorreu há 24 anos e até hoje os responsáveis não foram punidos.

Caminhada da água
No próximo 22 de março, Dia Mundial da Água, o SINDISAN promoverá a quinta edição da Caminhada da Água, junto com os movimentos sindical, social e popular de Sergipe. Como pauta central da atividade, a luta contra o projeto do Governo do Estado de privatização da água dos sergipanos através da entrega da concessão à iniciativa privada dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, hoje prestados pela DESO e pelos SAAEs.
Para o presidente do SINDISAN, Silvio Sá, diante do avanço acelerado da proposta de privatização da DESO e dos SAAEs, a V Caminhada da Água será um espaço de crítica à entrega de um bem vital e estratégico como a água para o capital privado e os interesses do mercado.
“Será mais uma oportunidade de diálogo com a população em defesa do direito humano de acesso à água e ao saneamento e a importância da DESO como empresa pública e dos SAAEs para a garantia desse acesso de forma universal e com tarifas justas. Será um momento também de denúncia em relação aos interesses escusos por trás dessa privatização e da entrega do maior patrimônio do povo sergipano, que é a DESO, uma empresa superavitária e estratégica, para a iniciativa privada”, destaca Silvio Sá.

IDH melhora
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil cresceu de 2021 para 2022, ao passar de 0,756 para 0,760, segundo dados divulgados na quinta-feira (13) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
Por outro lado, o Brasil caiu duas posições no ranking global da organização da ONU, passando da 87ª para a 89ª posição, entre 193 nações. Em 2020, o Brasil estava na 84ª colocação, com 0,758 de IDH. Com isso, o país ainda não retomou ao índice de 2019, antes da pandemia de covid-19, quando estava com o IDH em 0,764.
O IDH compara indicadores como riqueza, alfabetização, educação, esperança de vida, natalidade e outros, com o intuito de avaliar o bem-estar de uma população. Ele varia de 0 a 1 e é divulgado pelo Pnud em seu relatório anual. Quanto mais próximo de 1, maior é desenvolvimento humano do país.

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