Os preços no mercado estão estabilizados
Preços estão estabilizados nos mercados de Aracaju
Publicado em 10 de novembro de 2013
Por Jornal Do Dia
Milton Alves Júnior
miltonalvesjunior@jornaldodiase.com.br
Na última semana o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou um dado nacional e mostrou que Aracaju apresenta a cesta básica com o menor custo financeiro entre 18 capitais pesquisadas. Apesar dos dados apresentarem números aparentemente agradáveis, os aracajuanos ainda não se mostram satisfeitos com o preço que pagam em alguns alimentos. No Mercado Albano Franco, considerado o maior polo alimentício da cidade, os preços variam e encantam os consumidores que desejam comprar mais e pagar menos. Pelo terceiro mês seguido o tomate e o açúcar lideram a lista dos produtos que mais inflacionam.
Já para balancear o valor da cesta, os preços do quilo do feijão e da farinha voltaram a cair e estão contribuindo diretamente para que os sergipanos paguem menos na hora de ir às compras. De acordo com o itabaianense Leonardo Correia, comerciante de frutas e verduras, todos os vendedores estão dispostos a não perder venda e muitas vezes deixam de lucrar mais para que não permaneçam com o estoque cheio. "É melhor vender por menos e no final das contas não ganhar muito, mas também não ter prejuízo. Eu faço de tudo para que o freguês não saia daqui sem ao menos comprar alguma coisa. Isso ajuda aos consumidores gastarem menos e levar mais", declarou.
O preço da cesta básica aumentou em 15 das 18 capitais; houve decréscimo apenas em João Pessoa (2,06%), Manaus (1,23%) e no Recife (0,08%); menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 222,55), João Pessoa (R$ 254,45) e Salvador (R$ 256,78). De acordo com o médico aposentado Leonel Medeiros Costa, é necessário que o Governo de Sergipe se reúna constantemente com os agricultores para ajudar mais nessa estabilidade desse custo. "Três capitais reduziram o valor e nós continuamos na mesma. Acho válido voltar a oferecer mais condições de transporte e reduzir os impostos para que nossa cesta permaneça na última posição, na qual ainda não representa um preço bom", disse.
Ainda sobre o preço do feijão, ele foi o único produto que mostrou redução em 15 localidades. As quedas mais expressivas foram registradas em Aracaju (13,28%), São Paulo (11,48%) e Natal (0,95%). No caso do pão francês, as variações oscilaram entre 0,35% e 4,44%. Segundo a pesquisa, a alta é justificada pela elevação do trigo, que tem apresentado alta devido ao excesso de chuva nas lavouras do Rio Grande do Sul. "O que acho interessante é que se a chuva cai o preço sobe, se falta chuva, o preço também sobe", declarou o técnico em informática, Carlos Moura que concluiu dizendo:
"Se a gente parar para pensar, nos últimos anos o pão jacó, ou seja lá como cada um chama, é o maior vilão da nossa cesta. Esses números não me confortam. Os preços continuam muito salgados".