**PUBLICIDADE
Problemas a vista
Publicado em 23 de fevereiro de 2018
Por Jornal Do Dia
O vice-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), falou ontem para o deputado federal Valadares Filho (PSB) a necessidade dele colocar seu nome para concorrer ao governo de Sergipe neste ano. Disse que o parlamentar reúne as qualidades necessárias ao posto, como ser respeitado e manter uma carreira política com honestidade.
Destacou que Valadares Filho é um político capaz de implementar um modelo de gestão moderno e mais dinâmico para Sergipe. E o deputado se declarou à disposição do partido para oferecer a melhor contribuição para a solução dos problemas estaduais.
O encontro dos dois, acompanhada pelo presidente estadual do PTB, Rodrigo Valadares, ocorreu após reunião da bancada federal do PSB com a presença de Márcio França e do presidente nacional do partido, deputado Carlos Siqueira (PE).
Problemas a vista
Como a coluna já revelou a base aliada do governador Jackson Barreto (MDB) não terá somente dificuldade para fechar a chapa majoritária com a escolha do vice e do outro candidato a senador, uma vez que já é consenso que o candidato a governador será Belivaldo Chagas (MDB) e um candidato a senador será JB. Terá também muito problema para fechar a chapa proporcional.
Isso porque deputados estaduais, a exemplo dos do MDB, não aceitam formação de "chapinhas". Eles querem a realização de "chapão" para deputado estadual, como ocorrerá para deputado federal. Em conversa esta semana com a coluna, um dos parlamentares do partido declarou que se for aceito a formação de "chapinhas" ele mesmo pode deixar a legenda.
Já o PT, que também é um partido grande e da base aliada do governo, quer que a legenda saia sozinha na chapa para deputado estadual. O PT tem hoje dois deputados na Assembleia: Francisco Gualberto e Ana Lúcia, que não vai para a reeleição.
Já o MDB tem quatro deputados: Luciano Bispo, Garibalde Mendonça, Goretti Reis e Zezinho Guimarães. Há um receio que se o partido participar de chapinha ou sair sozinho pode reeleger apenas dois deputados.
Ressalta que não vai querer disputar a reeleição tendo uma boa votação e acabar não se elegendo por conta da coligação, quando candidatos com menos voto pode ser eleito. Lembrou o que aconteceu com a ex-deputada estadual Conceição Vieira (PT), que foi bem votada com mais de 23 mil votos em 2014 e ficou de fora da Assembleia para um candidato que teve menos de 10 mil votos.
Garantiu que se ficar definido que não haverá chapão para deputado estadual não pensará duas vezes em deixar o MDB. "A questão é matemática. Vou procurar outro caminho. Cada um vai procurar sua sobrevivência política".
Uma outra preocupação que o governador deve ter é com o fato do genro do seu primo e secretário Almeida Lima (Saúde), Breno Silveira, ter conseguido o comando do PHS em Sergipe com um "dedo" do deputado federal André Moura (PSC). Sem falar no fato de Bruno ter declarado recentemente à imprensa que só tem dois votos majoritários definidos nas eleições: Belivaldo Chagas para governador e André para senador.
O fato dele, como genro de Almeida, ter omitido que também votaria em Jackson Barreto para o senado cheirou mal. É sinal que tem algo de podre no ar, que ainda não vazou e que pode dar muita dor de cabeça a JB que, com certeza, vai ser muito cobrado por isso, principalmente, pelo fato de Almeida ser um dos poucos secretários que ele pediu a Belivaldo que fosse mantido no cargo.
A eleição de 2018 caminha para ser um samba de crioulo doido, tanto na situação quanto na oposição, que mesmo tendo três grandes nomes para quatro vagas na chapa majoritária continua batendo cabeça.
O que falar
Ontem, nas rodas políticas, o comentário era um só: com o genro de Almeida Lima, o pré-candidato a deputado estadual Breno Silveira, passando a comandar o PHS em Sergipe e ele já tendo declarado que votaria em Belivaldo Chagas e André Moura, com quem o partido vai se coligar nas eleições deste ano? Na chapa da situação ou da oposição?
Samba de
crioulo doido
Até o ano passado o PHS estava sob o comando do deputado estadual Augusto Bezerra, que já perto do final de 2017 perdeu o partido para o ex-prefeito Manoel Sukita (Capela), que tinha perdido o comando do Podemos em Sergipe para o secretário Zezinho Sobral (Inclusão Social). Nesta semana Augusto voltou a ter o controle do PHS por algumas horas e perdeu para Breno Silveira.
Pela tangente
Em conversa ontem no final da tarde com a coluna, o secretário Almeida Lima disse que não estava sabendo e não tinha conhecimento de nada sobre Breno e o PHS. "Curiosamente até estive com ele hoje [ontem] e perguntei sobre isso. Não tem nada a ver de comando de partido", afirmou, enfatizando que as tratativas de campanha do genro não são feitas com ele.
Tirando por menos
De Almeida ao ser indagado se está existindo alguma animosidade entre o genro e o primo governador pela sua declaração de que só tem dois candidatos definidos [Belivaldo Chagas e André Moura]: "Não tem nada. Ele chegou a conversar comigo. Disse que como o Senado são dois votos já definiu um voto para André, que pediu a ele, e o outro vai aguardar a decisão de Jackson".
Ainda em dúvida
De Almeida Lima ao ser questionado sobre a sua expectativa, como secretário, com a saída de Jackson Barreto do governo e Belivaldo Chagas no comando do Estado: "Jackson vai sair mesmo?". O secretário foi o único que defendeu publicamente a permanência de JB no governo.
Otimista
E ao ser dito que JB já declarou isso à coluna, Lima respondeu: "Tenho um afinamento bom com o governo de Jackson e Belivaldo. Estou tranquilo. Estive hoje [ontem] despachando com Belivaldo. Os dois estão satisfeitos com o que está ocorrendo na saúde".
Julgamento no TSE 1
Foi agendado para o dia 8 de março, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o julgamento dos nove deputados de Sergipe envolvidos no escândalo das verbas de subvenção da Assembleia Legislativa em 2014. Assim como de dois que não foram reeleitos. O ministro relator é o presidente do tribunal, Luiz Fux.
Julgamento no TSE 2
Dos nove deputados de Sergipe que terão seus recursos julgados, sete foram reeleitos deputados estaduais (Paulinho da Varzinhas- PTdoB, Augusto Bezerra-PHS, Jeferson Andrade-PDT, Capitão Samuel-PSL, Gustinho Ribeiro-PRP, Zezinho Guimarães-MDB e Venâncio Fonseca-PP), E dois foram eleitos deputados federais: Adelson Barreto-PR e João Daniel-PT. Os dois não reeleitos que serão julgados também são: Mundinho da Comase e Zeca da Silva.
A condenação
em Sergipe
Eles foram condenados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TSE), em 2015, a perda do mandato e a inelegibilidade por oito anos por irregularidade no repasse e aplicação da subvenção da Assembleia. Cada um tinha direito a R$ 1,5 milhão.
Julgamento
de Angélica
Após pedido de vistas do ministro Raul Araújo Filho, do STJ, o ministro Benedito Gonçalves, relator da ação penal 862, contra a conselheira do TCE/SE Angélica Guimarães, considerou ontem o processo concluso, pronto para julgamento, e às 14h44, deu entrada na Coordenadoria da Corte Especial para agendar a continuidade do julgamento. A expectativa é de que o processo entre na pauta na próxima sessão da Corte Especial, juntamente com ações que pedem afastamento de conselheiros de tribunais de outros Estados, inclusive Alagoas.
Peculato
Angélica Guimarães é acusada pelo Ministério Público Federal (MPF) por peculato, falsidade ideológica e crimes contra a fé pública, dentro do processo que apura a participação dela no ‘Escândalo das Subvenções’, descoberto em dezembro de 2014, quando era presidente da Assembleia Legislativa. Dos 15 ministros da Corte Especial – são os 15 mais antigos – do STJ, dois já votaram.
Voto do relator
O relator do processo, ministro Benedito Gonçalves, votou pela aceitação da íntegra denúncia contra Angélica e outros dois réus: Ana Kelly de Jesus Andrade, do Centro Social de Assistência Serrada, em Itabaiana; e Dorgival de Jesus Barreto, da Associação dos Moradores Carentes de Moita Bonita, em Moita Bonita. Eles foram arrolados como réus na ação penal porque cada uma destas entidades foi contemplada com verbas indicadas pela ex-deputada na ocasião, sendo R$ 100 mil para a Assistência Serrada e R$ 80 mil para os Moradores Carentes.
Divergência
Por sua vez, o ministro João Otávio de Noronha votou pela separação da denúncia, aceitando apenas as acusações contra a conselheira e rejeitando a denúncia contra Kelly e Dorgival. Em seu voto, Noronha alegou que os indícios apresentados pelo MPF existem apenas contra Angélica. Com o pedido de vistas de Raul Araújo, a apreciação da denúncia foi suspensa.
Agora vai
Com o título acima, o Painel da F. de São Paulo divulgou ontem que a direção geral da Polícia Federal avisou a delegados que a nomeação de Érika Marena para a chefia da Superintendência em Sergipe sai nos próximos dias no Diário Oficial.
Linhas tortas
Publicou ainda a coluna Painel com o título acima: Designada para o cargo no ano passado, Marena não o assumiu porque estava no centro da investigação interna que apura sua conduta na operação sobre desvios na Universidade Federal de Santa Catarina. Preso durante a apuração, o reitor da instituição se matou.
Veja essa…
Do deputado federal Fábio Mitidieri (PSD), alfinetando indiretamente o líder do governo no Congresso, André Moura, por ter reunido prefeitos de Sergipe para anunciar linha de crédito na ordem de R$ 500 milhões junto ao BNDES para os municípios sergipanos investirem em infraestrutura: "Detalhando os 500 mi do BNDS: 10% juros ao ano, abatidos diretamente do FPM, carência de 4 anos (engessa o próximo gestor), tem que estar no limite prudencial e não pode estar no CAUC. Resultado: decepção! A maioria dos municípios não tem condições".
Curtas
Na última quarta-feira o governador Jackson Barreto foi a Santa Rosa de Lima participar da celebração dos 98 anos da sua tia Janoca Barreto. Segundo JB, após o falecimento da sua mamãe, a tia virou o porto seguro da família.
A REDE e o PV promovem hoje o Fórum Sergipe Verde em Rede com o tema "Meio Ambiente". Será a partir das 19h, no auditório da Sociedade Médica de Sergipe (Somese).
Em reunião realizada na noite da última terça-feira, o PSD Jovem Sergipe reafirmou apoio a pré-candidatura de Belivaldo Chagas ao governo. A reunião contou com a presença de dois pré-candidatos: Maisa Mitidieri (Assembleia Legislativa) e Nélio Miguel Jr (Congresso Nacional).
Com a decisão da presidente do STF, Carmem Lúcia, em colocar na pauta do plenário da Corte do dia 22 de março o julgamento do polêmico auxílio moradia pago aos juízes de todo o país (R$ 4,3 mil) a diretoria da Associação de Juízes Federais do Brasil (Ajufe) decidiu na madrugada de ontem convocar uma paralisação da categoria para o dia 15 de março.
O presidente Roberto Veloso também marcou uma assembleia extraordinária para decidir sobre uma greve por tempo indeterminado a partir de 3 de abril.