Produções afro-brasileiras em debate na GAAS
Publicado em 20 de novembro de 2024
Por Jornal Do Dia Se
Em reconhecimento ao Dia da Consciência Negra, celebrado nesta quarta-feira (20), a Prefeitura de Aracaju, através da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju) realizou, na Galeria de Arte Álvaro Santos, a roda de conversa “Representatividade e ocupação de novas narrativas: a produção afro-brasileira nas artes visuais sergipanas”. O encontro aconteceu nesta terça-feira, 18, e proporcionou um momento de trocas onde artistas puderam compartilhar suas trajetórias e desafios para o reconhecimento.
Mediada pelo historiador Osvaldo Ferreira Neto, a roda de conversa contou com a produtora cultural, idealizadora do “Pretagonistas” Tábata Machado; o artista e professor Wécio Grillo, e o ganhador do Salão dos Novos, Calunga. O debate trouxe aos participantes questionamentos sobre os espaços ocupados por artistas negros no cenário sergipano.
Segundo Tábata a roda é de extrema importância para a representatividade de mulheres negras em espaços formais de arte.
“A Galeria é um espaço formal de arte e muitas pessoas estão lá fora, as pessoas negras principalmente, não têm acesso a esses espaços formais. Muitas nem sabem que a Galeria é aberta e a entrada é gratuita. Para mim, que sou da periferia, quando as crianças do meu bairro, meus vizinhos, as pessoas com quem eu converso sabem que eu estou aqui dentro, elas veem como um lugar que elas podem acessar, uma porta aberta. Como mulher negra, estar em espaços como esse é democratização de acesso. Então, a partir do momento que eu, mulher negra, tenho acesso, abro também as portas para outras mulheres negras também estejam mostrando seu trabalho, sua arte aqui”, relata.
O professor Wécio abordou sobre a união da arte e da educação para a construção de um jovem que valorize a arte e saiba acessar a produção.
“Esse menino e essa menina que está na base, eles precisam ter acesso. A partir do momento que conseguimos unir a arte e a educação, a gente faz que esse jovem consiga se entender enquanto artista. Levar esse trabalho artístico no meio educacional, faz com que essa criança, lá na frente, vá visitar exposições, galerias”, disse.