Segunda, 13 De Janeiro De 2025
       
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Professor, a sua 'crença' não é sustentável!


Publicado em 25 de abril de 2018
Por Jornal Do Dia


 

* Dionísio de Almeida Neto
O professor, agente federal e pré-can-
didato a senador pelo PSOL de Ser-
gipe, Jossimário Mick, resolveu publicar um artigo neste conceituado jornal em que me acusa de defender ideias que eu nunca almejei defender e deixa ao largo, propositadamente, as verdadeiras ideias que, como representante legítimo do povo estanciano, tenho defendido. Trata-se de uma antiga e conhecida prática de desvirtuar o debate para confundir a opinião pública e, quem sabe, conquistar adeptos para o próximo pleito eleitoral.
Primeiramente, esclareço que o Projeto de Lei 74/2017, que fora aprovado por unanimidade em dois turnos pela Câmara Municipal de Estância, teve por objetivo único – em perfeita sintonia com os Planos Nacional, Estadual e Municipal de Educação e com a Base Nacional Comum Curricular – impedir que nas atividades pedagógicas das escolas situadas no município seja disseminada, como se fosse algo cientificamente comprovado ou filosoficamente estabelecido, a chamada "ideologia de gênero".
Ora, ao longo das suas linhas, o nobre articulista defendeu todo o tempo a necessidade do respeito pelas diferenças e de defendermos os "direitos inerentes a todos os indivíduos, independentemente de raça, cor, sexo, nacionalidade, etnia, idioma, religião, opinião política, origem social, condição de nascimento, riqueza ou qualquer outra situação". Nisto (apenas!) estamos de acordo, muito embora o professor tenha querido induzir o leitor a pensar que proponho algo diferente, tal como o desrespeito e a intolerância.
Felizmente, o professor reconhece que "o fato do Brasil ser laico, não quer dizer que não possamos proferir uma crença". (Pensei que fosse me negar até mesmo esse direito!). No entanto, segundo ele, devemos guardar as nossas crenças simplesmente para dentro dos nossos templos. Um grande equívoco. O Estado não é em si mesmo fonte de verdade e moralidade. Ele receberá sempre de uma fonte externa a medida essencial do que é belo, verdadeiro, nobre e justo. Leis não são elaboradas numa espécie de vácuo filosófico. Toda lei se fundamenta numa cosmovisão, numa determinada concepção de mundo, de humanidade, de sociedade e de natureza.Portanto, noções filosófico-religiosas, quer se queira ou não, estarão sempre presentes no cenário público, não se lhes podendo negar o direito de cidadania. 
Sim, professor, o senhor crê!Como creem juízes, promotores, advogados e jornalistas! Mas está a defender apaixonadamente uma crença que não encontra confirmação na realidade. Daí porque devamos chamá-la de "ideologia". Quem não fala embasado em valores cristãos, fala em nome de um deísmo vago ou em nome do ateísmo, que paradoxalmente não deixa de ser uma crença. Se o Estado é laico, a sociedade brasileira é cristã desde as suas origens. E embora o Estado brasileiro não seja teocrático, temos como cristãos o direito de defender nossas crenças e valores conforme as regras da democracia, e as minorias anticristãs ou irreligiosas (às quais evidentemente não se pode negar o direito de opinião e de expressão) precisam "tolerar" esse fato. 
Insisto: éo Estado que deve servir à sociedade da qual se origina; não o contrário. Apesar de seu poder coercitivo, o Estado não é "senhor" da sociedade, mas seu "servidor". O próprio professor psolista ainda não percebeu que os valores do respeito e da tolerância que ele afirma defender certamente lhe foram transmitidos pelo cristianismo, que tanto parece desprezar, a ponto de querer expurgá-lo do cenário público. Sugiro que o nobre professor, se puder, faça uma visita aos países mulçumanos e compare o tratamento dado "às minorias e aos diferentes" que porventura lá ainda se encontrem vivos!
A diferença entre este vereador e o nobre professor é que eu não escondo as crenças e os valores que norteiam a minha vida e o meu pensamento, pois, se em alguns aspectos, vão além dos limites da razão pura, nunca estão em desacordo com ela, isto é,são comprovadamente lógicos, enquanto ele defende "religiosamente" uma crença que, diferentemente das crenças dos cristãos, até então nunca recebeu sequer uma prova cientifica de que possa ter validade. Mas isso não me surpreende! O nobre professor não irá querer revelar que a fonte de suas ideias está num esquerdismo ultrapassado, que de forma doentia procura negar a realidade que tem diante dos olhos, e, como objetivo último, pretende destruir a família tradicional, como revelou com todas as letras a "ideóloga do gênero", Judith Butler, diga-se de passagem bastante sintonizada com poucas, porém influentes, instituições internacionais,que pretendem "colonizar ideologicamente" os países necessitados de seus recursos, obrigando-os a cumprirem uma agenda anticristã, abortista e destruidora da família tradicional. 
Como psicólogo, pesquisador, professor e agora legislador, não temo buscar a universalidade da verdade e de defendê-la. Temo sim que, travestida de "respeito ao diferente", a "ditadura do relativismo" e uma falsa noção de liberdade humana tome conta das nossas escolas e da nossa sociedade. Prefiro mil vezes a permanência da família tradicional a esses novos arranjos propostos (melhor seria dizer: impostos) por engenheiros sociais que, cheios de orgulho, de insanidade e de interesses economicistas, querem impor ao mundo. Irresponsavelmente, eles próprios ignoram as consequências futuras das práticas e noções que defendem agora.
Professor, a grama é verde! O açúcar é doce, e o jiló amarga como quê!É mais do que evidente que meninos e meninas possuem constituições genéticas e biológicas diferenciadas! Os dois sexos – masculino e feminino – são e continuarão sendo complementares! Se em alguns casos, algum tipo de "incompatibilidade" ocorre entre a constituição biológica e a identidade do indivíduo, precisamos investigar o motivo dessa discrepância e não querer naturalizar à força esse fenômeno -como pretendem os "ideólogos do gênero" -, tentando educar nossas crianças e adolescentes com base em crenças irracionais.
Se ainda lhe resta algum senso crítico, caro professor, procure enxergar a racionalidade dos ensinamentos cristãos, sobretudo da Doutrina Social da Igreja. São dois mil anos de reflexões filosóficas e teológicas. Desconfie de quem diz ter encontrado "a" receita para uma sociedade plenamente livre e feliz! Recorde-se que as previsões messiânicas de Marx e Engels jamais se concretizaram, mas o que aprendemos com a leitura das Sagradas Escrituras, nos bancos de catequese e nas humildes pregações de nossos párocos e pastores nos dão constantemente a certeza de que, apesar dos percalços e dificuldades da convivência num lar formado por um homem, uma mulher e seus filhos e filhas, estamos no caminho certo.
Apenas para seu conhecimento, respondo que, como psicólogo nunca utilizei nenhum método para a chamada "cura gay", até porque a psicologia há muito tempo excluiu o termo "cura" de seu vocabulário, e se ele está sendo ressuscitado agora é mais como forma de ironizar e esconder uma grande intolerância: se um indivíduo em conflito de identidade quer se assumir como homossexual poderá contar com todo o aparato do Estado e com a assistência dos profissionais da rede pública de saúde, no entanto, se um outro indivíduo apenas manifestar o desejo de ser acompanhado num processo de discernimento que lhe ajude a confirmar sua identidade biológica passa a ser discriminado e alvo de gozações.
Por fim, nobre professor, proponho-lhe uma última reflexão: O partido Rede Sustentabilidade, ao qual encontro-me filiado, é plural e, de fato, tem sabido dialogar e respeitar as diferenças, incluindo as objeções de consciência de seus filiados! Porém, cabe aqui algumas perguntas: O PSOL é ou não é tolerante? As teses do PSOL contam com o aval da maioria da sociedade brasileira? Não estaria o PSOL revelando na prática ser um partido defensor de uma falsa noção de liberdade e da "ditadura do pensamento único"?
Se – como disse o senhor – "é cômico um parlamentar propor lei que proíbe alguma coisa sobre algo que não existe", mais cômico ainda é assistir umprofessor e alguns membros do PSOL, do PT, do SINTESE, da OAB e dos Conselhos de Psicologia lutarem com tanta veemência a favor de algo que afirmam não existir! Conclui-se que alguém está deixando a ciência, a sã filosofia, a marcha da história, os ditames da realidade e o bom senso de lado para cair num ativismo social cego e alienado que nem sequer se preocupa com a formação moral de nossas crianças e adolescentes.E estou convicto de que esse alguém não sou eu!
*Dionísio de Almeida Neto é psicólogo, professor e vereador do município de Estância-SE

* Dionísio de Almeida Neto

O professor, agente federal e pré-can- didato a senador pelo PSOL de Ser- gipe, Jossimário Mick, resolveu publicar um artigo neste conceituado jornal em que me acusa de defender ideias que eu nunca almejei defender e deixa ao largo, propositadamente, as verdadeiras ideias que, como representante legítimo do povo estanciano, tenho defendido. Trata-se de uma antiga e conhecida prática de desvirtuar o debate para confundir a opinião pública e, quem sabe, conquistar adeptos para o próximo pleito eleitoral.
Primeiramente, esclareço que o Projeto de Lei 74/2017, que fora aprovado por unanimidade em dois turnos pela Câmara Municipal de Estância, teve por objetivo único – em perfeita sintonia com os Planos Nacional, Estadual e Municipal de Educação e com a Base Nacional Comum Curricular – impedir que nas atividades pedagógicas das escolas situadas no município seja disseminada, como se fosse algo cientificamente comprovado ou filosoficamente estabelecido, a chamada "ideologia de gênero".
Ora, ao longo das suas linhas, o nobre articulista defendeu todo o tempo a necessidade do respeito pelas diferenças e de defendermos os "direitos inerentes a todos os indivíduos, independentemente de raça, cor, sexo, nacionalidade, etnia, idioma, religião, opinião política, origem social, condição de nascimento, riqueza ou qualquer outra situação". Nisto (apenas!) estamos de acordo, muito embora o professor tenha querido induzir o leitor a pensar que proponho algo diferente, tal como o desrespeito e a intolerância.
Felizmente, o professor reconhece que "o fato do Brasil ser laico, não quer dizer que não possamos proferir uma crença". (Pensei que fosse me negar até mesmo esse direito!). No entanto, segundo ele, devemos guardar as nossas crenças simplesmente para dentro dos nossos templos. Um grande equívoco. O Estado não é em si mesmo fonte de verdade e moralidade. Ele receberá sempre de uma fonte externa a medida essencial do que é belo, verdadeiro, nobre e justo. Leis não são elaboradas numa espécie de vácuo filosófico. Toda lei se fundamenta numa cosmovisão, numa determinada concepção de mundo, de humanidade, de sociedade e de natureza.Portanto, noções filosófico-religiosas, quer se queira ou não, estarão sempre presentes no cenário público, não se lhes podendo negar o direito de cidadania. 
Sim, professor, o senhor crê!Como creem juízes, promotores, advogados e jornalistas! Mas está a defender apaixonadamente uma crença que não encontra confirmação na realidade. Daí porque devamos chamá-la de "ideologia". Quem não fala embasado em valores cristãos, fala em nome de um deísmo vago ou em nome do ateísmo, que paradoxalmente não deixa de ser uma crença. Se o Estado é laico, a sociedade brasileira é cristã desde as suas origens. E embora o Estado brasileiro não seja teocrático, temos como cristãos o direito de defender nossas crenças e valores conforme as regras da democracia, e as minorias anticristãs ou irreligiosas (às quais evidentemente não se pode negar o direito de opinião e de expressão) precisam "tolerar" esse fato. 
Insisto: éo Estado que deve servir à sociedade da qual se origina; não o contrário. Apesar de seu poder coercitivo, o Estado não é "senhor" da sociedade, mas seu "servidor". O próprio professor psolista ainda não percebeu que os valores do respeito e da tolerância que ele afirma defender certamente lhe foram transmitidos pelo cristianismo, que tanto parece desprezar, a ponto de querer expurgá-lo do cenário público. Sugiro que o nobre professor, se puder, faça uma visita aos países mulçumanos e compare o tratamento dado "às minorias e aos diferentes" que porventura lá ainda se encontrem vivos!
A diferença entre este vereador e o nobre professor é que eu não escondo as crenças e os valores que norteiam a minha vida e o meu pensamento, pois, se em alguns aspectos, vão além dos limites da razão pura, nunca estão em desacordo com ela, isto é,são comprovadamente lógicos, enquanto ele defende "religiosamente" uma crença que, diferentemente das crenças dos cristãos, até então nunca recebeu sequer uma prova cientifica de que possa ter validade. Mas isso não me surpreende! O nobre professor não irá querer revelar que a fonte de suas ideias está num esquerdismo ultrapassado, que de forma doentia procura negar a realidade que tem diante dos olhos, e, como objetivo último, pretende destruir a família tradicional, como revelou com todas as letras a "ideóloga do gênero", Judith Butler, diga-se de passagem bastante sintonizada com poucas, porém influentes, instituições internacionais,que pretendem "colonizar ideologicamente" os países necessitados de seus recursos, obrigando-os a cumprirem uma agenda anticristã, abortista e destruidora da família tradicional. 
Como psicólogo, pesquisador, professor e agora legislador, não temo buscar a universalidade da verdade e de defendê-la. Temo sim que, travestida de "respeito ao diferente", a "ditadura do relativismo" e uma falsa noção de liberdade humana tome conta das nossas escolas e da nossa sociedade. Prefiro mil vezes a permanência da família tradicional a esses novos arranjos propostos (melhor seria dizer: impostos) por engenheiros sociais que, cheios de orgulho, de insanidade e de interesses economicistas, querem impor ao mundo. Irresponsavelmente, eles próprios ignoram as consequências futuras das práticas e noções que defendem agora.
Professor, a grama é verde! O açúcar é doce, e o jiló amarga como quê!É mais do que evidente que meninos e meninas possuem constituições genéticas e biológicas diferenciadas! Os dois sexos – masculino e feminino – são e continuarão sendo complementares! Se em alguns casos, algum tipo de "incompatibilidade" ocorre entre a constituição biológica e a identidade do indivíduo, precisamos investigar o motivo dessa discrepância e não querer naturalizar à força esse fenômeno -como pretendem os "ideólogos do gênero" -, tentando educar nossas crianças e adolescentes com base em crenças irracionais.
Se ainda lhe resta algum senso crítico, caro professor, procure enxergar a racionalidade dos ensinamentos cristãos, sobretudo da Doutrina Social da Igreja. São dois mil anos de reflexões filosóficas e teológicas. Desconfie de quem diz ter encontrado "a" receita para uma sociedade plenamente livre e feliz! Recorde-se que as previsões messiânicas de Marx e Engels jamais se concretizaram, mas o que aprendemos com a leitura das Sagradas Escrituras, nos bancos de catequese e nas humildes pregações de nossos párocos e pastores nos dão constantemente a certeza de que, apesar dos percalços e dificuldades da convivência num lar formado por um homem, uma mulher e seus filhos e filhas, estamos no caminho certo.
Apenas para seu conhecimento, respondo que, como psicólogo nunca utilizei nenhum método para a chamada "cura gay", até porque a psicologia há muito tempo excluiu o termo "cura" de seu vocabulário, e se ele está sendo ressuscitado agora é mais como forma de ironizar e esconder uma grande intolerância: se um indivíduo em conflito de identidade quer se assumir como homossexual poderá contar com todo o aparato do Estado e com a assistência dos profissionais da rede pública de saúde, no entanto, se um outro indivíduo apenas manifestar o desejo de ser acompanhado num processo de discernimento que lhe ajude a confirmar sua identidade biológica passa a ser discriminado e alvo de gozações.
Por fim, nobre professor, proponho-lhe uma última reflexão: O partido Rede Sustentabilidade, ao qual encontro-me filiado, é plural e, de fato, tem sabido dialogar e respeitar as diferenças, incluindo as objeções de consciência de seus filiados! Porém, cabe aqui algumas perguntas: O PSOL é ou não é tolerante? As teses do PSOL contam com o aval da maioria da sociedade brasileira? Não estaria o PSOL revelando na prática ser um partido defensor de uma falsa noção de liberdade e da "ditadura do pensamento único"?
Se – como disse o senhor – "é cômico um parlamentar propor lei que proíbe alguma coisa sobre algo que não existe", mais cômico ainda é assistir umprofessor e alguns membros do PSOL, do PT, do SINTESE, da OAB e dos Conselhos de Psicologia lutarem com tanta veemência a favor de algo que afirmam não existir! Conclui-se que alguém está deixando a ciência, a sã filosofia, a marcha da história, os ditames da realidade e o bom senso de lado para cair num ativismo social cego e alienado que nem sequer se preocupa com a formação moral de nossas crianças e adolescentes.E estou convicto de que esse alguém não sou eu!
*Dionísio de Almeida Neto é psicólogo, professor e vereador do município de Estância-SE

 

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