Professores da Rede Municipal fazem dia de paralisação
Publicado em 24 de abril de 2018
Por Jornal Do Dia
Impacientes com a celta de diálogo junto ao prefeito Edvaldo Nogueira, docentes da rede municipal de ensino se reúnem hoje em frente ao Centro Administrativo Prefeito Aloísio Campos para reivindicar melhorias emergenciais nas condições de trabalho e reajuste salarial para a categoria. De acordo com a direção do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Aracaju (Sindipema), desde janeiro do ano passado, logo após Edvaldo ter sido empossado como chefe do poder executivo municipal, a classe trabalhadora tem buscado se reunir com o gestor, mas sem sucesso. Essa falta de diálogo tem resultado na insatisfação dos educadores.
Em virtude da mobilização unificada, mais de 30 mil estudantes do ensino fundamental ficam hoje sem aulas. A medida, deflagrada ainda no início deste mês durante assembleia extraordinária, foi devidamente comunicada junto à Secretaria Municipal de Educação (Semed). Apesar da pressão intensificada, os sindicalistas lamentam que o prefeito permaneça sem recepcionar os trabalhadores, e, apenas representantes da pasta educacional, sigam tentando mediar os pleitos e conflitos. Diante da proposta de abranger a luta, os professores solicitam que pais e alunos também abracem a causa.
"Não estamos participando desses atos democráticos visando apenas reajuste salarial e demais benefícios trabalhistas. O que está também em jogo é o pedido pela qualificação das nossas condições de trabalho. Com a estrutura que enfrentamos fica difícil garantir uma educação base de respeito. Fica difícil multiplicar o conhecimento junto ao alunado enquanto nos depararmos com essa situação estrutural", lamentou o presidente sindical, professor Adelmo Meneses Santos. Em nota pública o representante legal da categoria informa ainda que a categoria passa a recusar toda e qualquer reunião sem apresenta de Edvaldo.
"Ele se comprometeu em negociar conosco, em março deste ano, o reajuste salarial de 2017 e cujo percentual determinado pelo MEC foi de 7,64%. Só que, até o momento, sequer respondeu nossos ofícios solicitando reunião. A partir de agora não queremos mais reuniões com a secretária da Educação, Cecília Tavares, pois ela não tem poder algum de decisão, o que já ficou muito claro para nós nos três momentos em que estivemos com a secretária para discutir a pauta de negociação deste ano", comunicou. Já a partir das 14h30, na sede do sindicato, ocorrerá plenária sobre "Caminhos para além da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
O evento é gratuito, e é destinado a professores, estudantes, responsáveis, gestores municipais e a todos os aracajuanos que desejam apoiar o movimento da categoria.