OS MORADORES FECHARAM TRECHO DA RUA ALOÍSIO DE CAMPOS COM OBRAS PARALISADAS
PROTESTO FECHA RUA NA COROA DO MEIO
Publicado em 20 de junho de 2013
Por Jornal Do Dia
Cândida Oliveira
candidaoliveira@jornaldodiase.com.br
A rua José Aloísio Campos, trecho do bairro Coroa do Meio, em Aracaju, foi mais uma vez fechada pelos moradores na manhã de ontem, 19. A manifestação paralisou por alguns minutos o trânsito no local, que foi bloqueado com muito entulho e resto de madeira. As pessoas que residem na região reivindicam da Prefeitura de Aracaju a conclusão da obra que já se arrasta por quase dois anos. O mau cheiro com o esgoto que corre por quase toda a rua é uma das principais reclamações dos moradores. "Vi a movimentação da minha lanchonete cair mais de 50%. Ninguém quer vir comer em um local com odor desagradável", relatou Francisco Alves.
José Mathias Santos tem uma pequena loja de xerox e fotografia na rua José Aloísio Campos. Ele conta que as pessoas agora mudam o percurso para não ter que passar próximo do esgoto. "O movimento da loja caiu uns 40%, já penso em fechar, pois não vou conseguir manter o pagamento das despesas", reclamou. Um abaixo-assinado já foi entregue à Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), porém a responsabilidade da obra é da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb).
Na Emurb, a informação do assessor de comunicação, Ademar Queiroz, é que realmente a obra está paralisada, pois a empresa executora Delta Construções – que participou de concorrência pública nacional, no dia 26 de maio de 2011 e iniciou as obras em 4 de julho de 2011 – não quis continuar o trabalho, e por isso o contrato foi reincidido no meio do ano passado, ou seja, há um ano.
O órgão municipal convocou ainda a segunda empresa vencedora da licitação, que também não se interessou em continuar o projeto. "Essa obra deveria ter sido concluída em outubro de 2012, no entanto, está parada porque a empresa que venceu a licitação, a Delta, não quis continuar o serviço", confirma. O trabalho de pavimentação inicial foi avaliado em R$ 12 milhões e já estão assegurados, mas no novo edital deve ter seu valor reajustado.
Enquanto o trabalho não recomeça, a população do local terá que continuar vivendo com a rua quase intransitável e o mau cheiro, pois nenhuma ação paliativa deve ser realizada, já que as outras tentativas não surtiram efeito. "Os funcionários da Emurb já estiveram no local, tentaram diversas medidas de desobstrução, mas não obtiveram sucesso", concluiu Ademar.