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QUAL A NOSSA ÚLTIMA GUERRA? O MINISTRO JUNGMANN NÃO SABE
Publicado em 04 de fevereiro de 2018
Por Jornal Do Dia
O ministro da defesa Jungmann é um bom expositor, fala com clareza, aborda os problemas as vezes apontando para eles algumas soluções possíveis , mas, apenas tratando uma parte de um conjunto sobre o qual se recusa a falar, ou prefere manter-se distante de tudo o que poderia alimentar polemicas. Numa entrevista à jornalista Mirian Leitão, o ministro reconheceu o uso indevido das forças armadas no combate ao crime organizado, mas , qual a saída que existiria quando o crime avança e a policia não tem meios para combate-lo, ou sem salários faz greve ? Jungmann disse que naquele instante (ele referia-se à entrevista,) estava no lugar errado, abordando um assunto policial que não deveria ser atribuição sua como ministro da defesa. O que é principal e o governo não enxerga , ou é inepto para constatar, seria a reformulação completa da politica de repressão ao tráfico, que é, e continuará sendo ineficiente. Mas o assunto aqui é outro, trata-se da enorme gafe cometida, inicialmente pela entrevistadora, e depois corroborada pelo ministro. Falando sobre o emprego maciço de tropas, Mirian disse: ¨Qual a última guerra do Brasil ? Ha 150 anos atrás
¨ E o ministro Jungmann confirmou: ¨150 anos atrás. ¨¨
Imaginavam, somente, a Guerra do Paraguai , mas o ministro da defesa não poderia deixar de fazer a ressalva, lembrando que, além dos conflitos internos ,as guerras de Canudos, do Contestado, onde foram mobilizados mais de dez mil homens do exército, houve a nossa participação honrosa na Segunda Grande Guerra. Foram mais de vinte mil homens, do exército enviados à Itália, um contingente da Força Aérea, a participação da marinha, os milhares de mortos, somando-se aqueles nos campos italianos aos que morreram no mar. O Brasil foi o único pais do hemisfério sul, exceto colônias inglesas e francesas, da África e Ásia, a participar da segunda guerra mundial. Da primeira também participamos, de forma modestíssima, com o envio à Europa de um contingente de saúde e navios da marinha, que, aliás, transpondo o estreito de Gibraltar, gastaram muita munição atirando contra um distante cardume de golfinhos fazendo evoluções na superfície. Imaginaram que fosse um submarino alemão.