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Questão de transporte


Publicado em 30 de julho de 2013
Por Jornal Do Dia


Havia uma expectativa ontem que o prefeito João Alves Filho (DEM) anunciasse o nome da empresa ou das empresas que vão passar a operar no sistema de transporte na grande Aracaju em substituição a Viação Cidade de Aracaju (VCA) e São Cristóvão, que foram banidas do sistema na semana passada por causar transtornos na cidade, diante da greve dos motoristas e cobradores em protesto contra os salários atrasados, não pagamento de férias e do ticket alimentação.

Ontem, João Alves frustrou os aracajuanos ao dizer que ainda não bateu o martelo com relação as empresas que vão substituir a VCA e São Cristóvão. Garantiu que ainda essa semana anunciará os nomes, uma vez que as negociações estão em processo final.

Com isso, essa semana também será de grande dificuldade para os aracajuanos e moradores da grande Aracaju usuários de ônibus coletivo. Eles continuarão enfrentando longa espera nos terminais, chegando atrasados no emprego e na escola e o que é pior, enfrentando ônibus lotados e sendo transportados como se fossem sardinhas em lata.

Nestes sete meses de gestão, João Alves deixa transparecer que não trabalha como se fosse o prefeito de Aracaju, que tem a responsabilidade de manter a cidade limpa, organizada, sem buracos, sem muriçocas, com as praças iluminadas e em bom estado, com o sistema de transporte funcionando e os abrigos protegendo os usuários do sol e da chuva.

A coluna nem vai entrar na questão da saúde, que é mais complexa porque o problema é no país como um todo. O sistema de saúde pública no Brasil encontra-se falido com falta de médicos, medicamentos e equipamentos. Até a saúde privada tem problemas, pois usuários passam até três meses para agendar uma consulta e fazer exames.

O grande problema de João Alves é que ele foi prefeito biônico da capital na década de 70, quando não havia tanta burocracia no serviço público. Depois ele foi ministro e governador por três vezes, ou seja, João Alves está acostumado a governar o Estado e ser ministro de uma pasta que vai gerir ações para todo o país, e não prefeito de uma cidade.

Por conta disso, João Alves só pensa em projetos macros como a construção de uma grande avenida que vai do município de Nossa Senhora do Socorro até a Zona de Expansão de Aracaju e de aterrar o rio Sergipe em até 40 metros para fazer a continuidade do Calçadão da 13 até o Iate Clube, inclusive, com estacionamento. O resultado desse último projeto foi a interdição em um trecho na 13 de Julho, que vem causando mais problemas de mobilidade urbana.

Trocando em miúdos, o caos no sistema de transporte nunca visto na capital sergipana vai persistir porque o prefeito eleito para ser a solução não consegue resolver os problemas básicos de uma cidade.
Acorda João!

Transporte 1
Ontem, em entrevista à imprensa, o prefeito João Alves Filho (DEM) disse que está tão preocupado quanto a população para resolver logo esse problema do sistema de transporte na grande Aracaju. Enfatiza que vem participando de reuniões dia e noite e tem esperança de dizer algo de concreto anda essa semana.

Transporte 2
Segundo João, o problema maior é que a empresa que passar a operar emergencialmente na grande Aracaju tem de colocar 150 ônibus e não ter a segurança que vai ganhar a licitação do transporte. "Estamos no caminho para uma solução e conversando com algumas empresas", disse o prefeito, ressaltando a sua angústia para resolver esse problema e reconhecendo que a situação de um modo geral não está boa e existe a necessidade de fazer um projeto adequado.

Transporte 3
Declarou João Alves que o trânsito em Aracaju foi desmoronado há anos, com a não realização de licitação do transporte e soluções paliativas. Ressaltou que já se reuniu com três prefeitos da grande Aracaju para tratar do processo de licitação e precisa da palavra oficial do governo do Estado para homologar a licitação. "Já solicitei audiência a Jackson Barreto, até porque dia 31 tenho audiência pública com o Judiciário", disse.

Saúde
João Alves também foi questionado pela imprensa com relação aos problemas na saúde. Disse que o Governo do Estado mantém atrasado um repasse de cerca de R$ 25 milhões do Governo Federal para o município, que vem tendo "dificuldade imensa" no Ministério da Saúde a ponto de não conseguir nesses sete meses de administração uma agenda com o ministro para tratar dos problemas.

É hoje
O governador em exercício Jackson Barreto (PMDB) marcou para essa terça-feira, às 17h, a audiência pleiteada pelo prefeito João Alves para tratar da licitação do sistema de transporte.      

Reajuste
Ontem de manhã Jackson Barreto recebeu em audiência representantes do Sintese e garantiu que ainda essa semana vai encaminhar para a Assembleia Legislativa o projeto que reajusta do piso de 2013 em 7,97% para os professores de todos os níveis da carreira. A audiência aconteceu no Palácio de Veraneio e contou também com as presenças do secretário de Educação, Belivaldo Chagas, da deputada estadual Ana Lúcia (PT) e do economista do Dieese, Luiz Moura.

No Valor 1
O Valor Econômico de ontem fez uma ampla reportagem mostrando que os governos estaduais estão destinando um percentual cada vez maior de suas receitas para bancar a salgada despesa com pagamento de salários dos servidores públicos. Mostra a matéria que os Estados da Paraíba, Tocantins e Alagoas, por exemplo, já ultrapassaram, no primeiro quadrimestre deste ano, o limite máximo permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) de comprometimento da Receita Corrente Líquida (RCL) com gasto com pessoal, que é de 49%.

No Valor 2
Levantamento feito pelo Valor, com base nos números divulgados pelo Tesouro Nacional do primeiro quadrimestre do ano, mostra também que Sergipe, Paraná, Rio Grande do Norte e Santa Catarina já romperam o limite prudencial (46,55%) e Acre, Goiás, Distrito Federal, Piauí, Pernambuco, Pará e Rondônia, o limite de alerta (44,1%).

No Valor 3
Desde 2011, o gasto com pessoal em relação à receita corrente líquida tem crescido consideravelmente. E o FPE tem sido afetado pela queda das receitas federais causadas pela desoneração tributária de alguns setores para estimular a economia brasileira.

Ponto de vista
Ao ser questionado ontem pela coluna como viu a decisão do secretário Silvio Santos (Casa Civil) em retirar a sua candidatura a presidente do partido no sábado, durante reunião do Diretório Estadual, o deputado federal Rogério Carvalho disse que Silvio pode ter percebido que é melhor para o PT fazer a discussão da sucessão sem candidaturas postas. "Isso facilita e abre espaço para possibilidade do entendimento", acredita.

Expectativa
De acordo com Rogério, é preciso avaliar o que vai acontecer agora, pois o lançamento da candidatura de Silvio Santos em dois momentos abriu espaço para conversas sobre as eleições para presidente estadual do PT para os próximos quatro anos, cujo pleito será em novembro. "Já criou movimentações que não podem ser desconversadas", disse.

Desafio
Revela Rogério que o seu desafio agora como presidente do PT é garantir um pleito onde todas as forças do partido possam ter a tranquilidade para a disputa política e não se desgaste com divergências na questão formal de quem está apto ou não a votar durante o Processo de Eleição Direta (PED). "Quero evitar esse tipo de problema, garantir o máximo de transparência e agilidade da elaboração dos boletos para votação dos filiados aptos".

Apoio
Rogério caminha para ser o candidato único da sua tendência: Construindo um Novo Brasil, a mesma de Silvio Santos. Ele tem o apoio de dois dos quatro deputados estaduais do PT – João Daniel e Francisco Gualberto – e de dois dos três vereadores de Aracaju – Emmanuel Nascimento e Dr. Emerson.

Veja essa…
Do prefeito João Alves Filho sobre os problemas que vem tendo na saúde e de não ser recebido em audiência pelo ministro da Saúde:  "Percebo que existe uma barreira. Até percebemos quem está fazendo a barreira. Foi um secretário importante da área de saúde e com muito prestigio no Ministério da Saúde que cria dificuldades e que não vou dizer o nome". Para bom entendedor meias palavras bastam.

Curtas
O prefeito João Alves disse ontem que já conseguiu pagar cerca de R$ 90 milhões dos R$ 150 milhões de dívidas deixadas pela administração passada.

O ex-senador Eduardo Dutra, os deputados federais Márcio Macedo e Rogério Carvalho, e o secretário Silvio Santos se reuniram na quinta-feira passada, em Aracaju, para discutir o PED. Parece que se entenderam.
Apesar de ter conseguido reunir cerca de 30 diretórios municipais na reunião do Diretório Estadual do PT, no sábado passado, Rogério Carvalho não conseguiu quorum para as deliberações sobre o PED.

Ontem à noite a Executiva do PT se reuniu para discutir o Processo de Eleição Direta do PT e aprovar algumas deliberações.

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