Domingo, 12 De Janeiro De 2025
       
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Racismo


Publicado em 21 de novembro de 2020
Por Jornal Do Dia


 

Acontece todos os dias, como se fosse a coisa 
mais natural do mundo: seguranças de um es-
tabelecimento comercial surpreendem um homem negro em suposto delito, acusam-no e o julgam de imediato, sem oferecer oportunidade de defesa. Quase sempre, a sentença é proferida ali mesmo, uma pena de humilhações, tapas, pontapés. Por vezes, no entanto, os justiceiros chegam a ponto de cometer uma execução sumária. Nos dois casos, a motivação é a mesma: Racismo.
Acontece todos os dias, em todos os lugares. Shoppings centers, lanchonetes, supermercados. Alguns casos acabam tendo grande repercussão, dando a falsa impressão de singularidade. Os brasileiros negros e pardos, no entanto, quase sempre são vistos como suspeitos, independente de conduta e comportamento.
Aconteceu também no Carrefour, em loja localizada no Rio Grande do Sul. Análises iniciais dos departamentos de Criminalística e Médico-Legal do Instituto-Geral de Perícias (IGP) apontam asfixia como provável causa da morte de João Alberto Silveira Freitas, 40, espancado por seguranças de uma unidade da rede, localizada na zona norte de Porto Alegre.
Em termos processuais, a causa do crime ainda é investigada. Sabe-se que os acusados são um segurança e um policial, homens brancos, a serviço do estabelecimento. Sabe-se que a vítima é um homem negro. Não se sabe qual violação teria reclamado a intervenção dos fiscais, nem se houve de fato alguma. Sabe-se também que homens brancos não morrem assim. No bom português, trata-se apenas, portanto, de mais um caso de racismo.

Acontece todos os dias, como se fosse a coisa  mais natural do mundo: seguranças de um es- tabelecimento comercial surpreendem um homem negro em suposto delito, acusam-no e o julgam de imediato, sem oferecer oportunidade de defesa. Quase sempre, a sentença é proferida ali mesmo, uma pena de humilhações, tapas, pontapés. Por vezes, no entanto, os justiceiros chegam a ponto de cometer uma execução sumária. Nos dois casos, a motivação é a mesma: Racismo.
Acontece todos os dias, em todos os lugares. Shoppings centers, lanchonetes, supermercados. Alguns casos acabam tendo grande repercussão, dando a falsa impressão de singularidade. Os brasileiros negros e pardos, no entanto, quase sempre são vistos como suspeitos, independente de conduta e comportamento.
Aconteceu também no Carrefour, em loja localizada no Rio Grande do Sul. Análises iniciais dos departamentos de Criminalística e Médico-Legal do Instituto-Geral de Perícias (IGP) apontam asfixia como provável causa da morte de João Alberto Silveira Freitas, 40, espancado por seguranças de uma unidade da rede, localizada na zona norte de Porto Alegre.
Em termos processuais, a causa do crime ainda é investigada. Sabe-se que os acusados são um segurança e um policial, homens brancos, a serviço do estabelecimento. Sabe-se que a vítima é um homem negro. Não se sabe qual violação teria reclamado a intervenção dos fiscais, nem se houve de fato alguma. Sabe-se também que homens brancos não morrem assim. No bom português, trata-se apenas, portanto, de mais um caso de racismo.

 

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