MARIA FELICIANA MORREU DE COMPLICAÇÕES CARDÍACAS (Divulgação)
Rainha da Altura nos anos 60, Maria Feliciana morre aos 77 anos
Publicado em 30 de abril de 2024
Por Jornal Do Dia Se
Sob intensos aplausos, foi sepultado na tarde do último domingo (28), o corpo da sergipana Maria Feliciana dos Santos. Há décadas presente no hall de ícones da sergipanidade, nos anos 1960 ela ganhou o título popular de ‘Rainha da Altura’, após participar de um concurso realizado pelo programa Hora da Buzina, conduzido pelo apresentador Chacrinha. Natural da cidade de Amparo do São Francisco, região do Baixo São Francisco Sergipano, diante do sucesso nacional, Maria Feliciana foi convidada para se apresentar em circos, shows de calouros em outras emissoras de TV, e instituições de ensino. Nos anos seguintes, em 1970, aracajuanos apelidaram o Edifício Estado de Sergipe – o mais alto, localizado no Centro de Aracaju -, com o nome de Maria Feliciana.
Com o passar das décadas este apelido foi consolidado ao ponto de virar referência, e, o verdadeiro nome do prédio, assumir o papel coadjuvante. No último ano de administração pública, conduzida pelo ex-governador Belivaldo Chagas Silva, por intermédio do Banco do Estado de Sergipe (Banese), em maio de 2022 ela foi homenageada pelo Museu da Gente Sergipana com uma estátua na entrada do local. Assinado pelo artista Elias Santos, o monumento possui exatamente os mesmos 2,25 metros de altura da homenageada. Maria Feliciana morreu aos 77 anos de idade, vítima em virtude de complicações cardíacas. O sepultamento aconteceu no Cemitério da Cruz Vermelha, no Bairro Getúlio Vargas, capital sergipana.
Pelas respectivas redes sociais o governador Fábio Mitidieri escreveu: “Recebo com pesar a notícia de falecimento de Maria Feliciana dos Santos. Sergipana de Amparo de São Francisco, ela ficou reconhecida nacionalmente como uma das mulheres mais altas do país. Maria Feliciana deixou um legado marcante, tendo seu nome eternizado no maior edifício do nosso estado. Levou o nome de Sergipe e de nossa cultura popular para o Brasil e está representada no Museu da Gente Sergipana, espaço dedicado a nossa identidade. Meus sentimentos aos familiares e amigos neste momento de dor.” Com publicações oficiais, também apresentaram nota de pesar: Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese); Tribunal de Contas do Estado (TCE/SE); Tribunal de Justiça (TJSE); e o Instituto Banese.
Histórico – Considerada por décadas como a mulher mais alta do mundo, Maria Feliciana nasceu em 1946, descendente de uma família marcada pela altura desde o século XIX. Seu pai, Antônio Tintino da Silva, tinha 2,40m; já a avó paterna, 2,30m. Até seus 16 anos, Feliciana teve um crescimento considerado normal e a partir dessa idade cresceu de forma desproporcional, chegando a atingir a marca de 2,25m. Em respeito ao legado traçado pela Rainha da Altura, o Governo de Sergipe decretou três dias de luto oficial; o mesmo ato foi protocolado pelas prefeituras de Aracaju, e Amparo do São Francisco. A expectativa é que o Edifício Estado de Sergipe seja, em definitivo, renomeado para Edifício Maria Feliciana.